Não é seu filho - Capítulo 52
Seu nível de ansiedade aumentou. Ela também sentiu que o ovo em seus braços estava tremendo levemente. Sua temperatura parecia ter caído ainda mais.
— O que raios foi isso agora?
Os empregados do lorde olhavam a Hemming com um olhar suspeito. Ela balançou sua cabeça, envergonhada, mas eles não estavam convencidos, e continuaram a encarando.
‘O que faremos, Allen?’
Allen estava igualmente envergonhado. Obviamente, a faísca saiu do ovo que se recusava a ficar aqui.
— …Heh, heh, heh, heh. Es, estou bem.
O lorde, que tinha desmaiado, levantou-se com uma aparência pálida.
Ele parecia meio desorientado, mas estava bem. Ele acenou suas mão algumas vezes para dizer que estava bem. Hemming, cuidadosamente, estudou o rosto do lorde com olhos atentos, mas não viu energia suspeita.
‘Então o que raios era aquela sombra sinistra?’
Naquele momento, Hemming, inclinando a cabeça, fez contato visual com o lorde. Os olhos do velho lorde, pararam por um momento. Hemming viu seus olhos azuis rasgarem verticalmente, fazendo as pupilas parecerem fendas, iguais aos de uma cobra.
Ela abriu sua boca sem perceber, mas os olhos do lorde voltaram ao normal no próximo piscar de olhos. Ele ainda tinha um sorriso simpático no rosto, mas sua voz estava sombria.
— Parece que o ovo não quer ficar aqui. Então…
O olhar do lorde em Hemming e Allen era profundo, como se ele os tivesse pego.
— Por que não ficam no castelo e protegem seu ovo até os magos imperiais chegarem?
‘…Não, devo estar enganada.”
Hemming engoliu em seco, sua boca estava seca.
***
‘Droga. Droga todos vocês!’
Em frente à grande mansão, com o coração em sua garganta, Derek sentou-se, puxando seus cabelos. Ele sentiu arrependimento, perguntando-se porque ele tinha que vir para este lugar medonho depois de terminar suas férias maravilhosas por vontade própria.
‘… Ah, minhas férias.’
Para escapar do aumento de tarefas esses dias, Derek gastou os dias de férias que vinha juntando arduamente pelos últimos 3 anos.
Era uma férias de 40 dias.
Derek, deliberadamente, escolheu um lugar longe da Capital, pois mesmo que houvesse algo urgente, não conseguiriam encontrá-lo. O lugar escolhido foi uma ilha resort, localizada na ponta sudeste do Império, chamada Barco. Levava 15 dias para ir e voltar da ilha. Ela era tão remota que levaria mais uma semana de viagem se não fosse pelo portal móvel, que a ilha investiu em peso. Com razão, a ilha era um fantástico escape, o suficiente para fazer Derek ir até lá de tão longe.
Pássaros exóticos, pessoas bonitas, e momentos prazerosos faziam parecer que o tempo passava mais devagar.
…Tinha aproveitado apenas 4 dias de felicidade, quando, nesta manhã…
— Derek, Derek, Derek! Temos boas notícias!
Ele recebeu uma ligação urgente do pessoal da Torre.
Ele não deveria ter atendido…
Não, ele recebeu uma ligação pela linha de contato de emergência. Ele não podia não atender.
— Um ovo de dragão foi encontrado vivo!
Essa notícia surpreendente interrompeu suas férias. A descoberta por si só era surpreendente, mas quando ouviu que o ovo estava maduro a ponto de chocar imediatamente, ele pulou da cadeira de praia em que estava deitado.
— E-eu vou voltar agora! Um ovo de dragão foi encontrado, como minhas férias poderiam ser um problema?
O animado Derek gritou para a linha de comunicação, causando um alvoroço.
— Não, Derek! O ovo não está na Torre agora. Então, huh, eu não queria te dar esta oportunidade, mas salvar o ovo é a prioridade.
Carlo, que estava do outro lado da linha de comunicação, disse com um longo suspiro. Seu tom parecia exagerado, mas Derek, que estava super animado no momento, ficou maluco e não percebeu a anormalidade.
— Onde ele está?
— O ovo foi encontrado, mas não foi recuperado ainda. Desculpe te incomodar nas suas férias, mas poderia ir buscá-lo para nós? Acontece que o ovo não está longe do seu local de férias.
— Ai meu Deus!
Ele seria o primeiro a ver o ovo!
Era uma pena que Derek estava tão animado que não escutou direito as próximas palavras de Carlo, que dispararam como um canhão.
— Ah, é claro, você não irá sozinho. Eu acho que é melhor você ir com outro mago. Você conhece Arno, não? Não é longe de onde você está. Passe pela filial da torre e busque o outro mago. O quê, por que está levando outro mago? Não seja estúpido, Derek. Se esqueceu que um ovo de dragão perto de chocar precisa ser alimentado com um monte de mana? O quê? Tem um mago capaz disso lá? Uh, uh… não, ele só está passando por lá, por coincidência. Se você o conhece? Oh, hahahaha. Bem, vai descobrir quando chegar lá. De qualquer maneira, se apresse! o ovo está morrendo! Rápido!
Com a insistência, Derek arrumou suas malas apressado, como se estivesse sendo perseguido e correu para Arno pelo portal de teletransporte.
Uma série de teletransporte de longa distância fizeram sua cabeça doer, mas isso não o impediria de se apressar para a filial de Arno com pensamentos do filhote morrendo pairando sobre ele.
— Por que de repente, Vice-ministro Derek? …Ah! Você veio ver o ministro! O ministro está atualmente morando em uma residência temporária. Vou guiá-lo!
‘…Por que ele mencionou o ministro aqui?’
Antes que o assustado Derek pudesse julgar a situação, ele foi arrastado até a residência temporária de Sheyman. Ele só conseguiu alguns segundos para rolar sua tensa cabeça para frente da porta. Depois de entender a situação, Derek se sentou e xingou seus colegas.
‘Se eles me falassem que o mago que eu estava indo buscar era o Sheyman, eu não teria encurtado minhas férias e vindo aqui.’
…Mas se ele soubesse, provavelmente ainda viria. Porque a vida do ovo de dragão dependia disso.
— Ha. Ah. Eu não sei. Aham, é melhor se for com o Sheyman. Eu não tenho que me preocupar com o dragão chocando. Aham, está tudo bem. Quem sabe? Ele ou eu podemos ser marcados pelo filhote quando ele nascer, certo?
Marcações eram um evento único em vida. Diziam que dragões colocavam uma “marca” naquele em quem mais confiavam. Mesmo que ele e o “marcado” estivessem longe, a “marca espiritual” permitia que eles sintam a vida ou morte um do outro. Se necessário, eles podiam até compartilhar seu mana e força de vida.
A maioria dos dragões eram conhecidos por marcar sua mãe ao nascer. Dragões que não o faziam até adultos, de vez em quando, marcavam seu companheiro.
Derek tentou acalmar seu coração animado.
Mas, poderia ser?
Derek cerrou seus punhos e fungou enquanto pensava.
‘Não há chances de eu encontrar uma oportunidade como essa de novo! Eu preciso chocá-lo com meu mana e fazê-lo me seguir como a uma mãe! Eu cedi o título de Arquimago mais jovem, mas definitivamente vou pegar o título de primeiro mago dragão!’
Cheio de um repentino espírito de luta, ele correu para segurar a maçaneta da porta da mansão, Seus olhos de águia brilhavam com todos os tipos de planos.
Naquele momento, a porta foi escancarada por dentro.
Pow!
Derek, que colidiu com o rosto na porta, caiu no lugar, gritando de dor.
— Argh!
‘Dói tanto!’
Uma longa sombra pairou sobre ele, segurando sua testa e lamentando. Um familiar homem bonito, vestido em uma camisa solta que flutuava ao vento e com sua característica meia-luva de couro preto, olhou para baixo casualmente.
Vendo Derek sentado no chão, ele perguntou secamente, sem mudar de expressão.
— O que está fazendo aí?
À voz apática, Derek respondeu com lágrimas nos olhos.
— Estou sentado, Sheyman.
— Não foi isso que perguntei, Derek.
Um pequeno cachorro com o corpo translúcido e uma cobra do tamanho da palma da mão, apareceram com suas cabeças pelo ombro de Sheymon, e balançaram suas cabeças à cena bagunçada diante deles. Tinha até um pequeno pássaro, feito de água, sentado na cabeça de Sheyman.
— Huh? Isso é…
Depois de reconhecer os espíritos, os olhos de Derek se arregalaram, instantaneamente se esquecendo da dor na sua testa.
— Hey, por que esses espíritos estão aqui?
— Porque eles assinaram um contrato comigo.
Como se fosse um encontro engraçado, o pequeno cachorro, Airu, e Fuego, a cobra de fogo, escorregaram pelo corpo de Sheyman e foram em direção à Derek.
[Au?]
Abanando seu curto rabo assiduamente, Airu soprou na testa vermelha de Derek. O sopro passou pelo machucado como uma brisa gentil.
Sheyman, que olhava a cena com indiferença, estendeu sua mão à Derek, que ainda estava sentado no chão. Agarrando a mão que lhe foi inesperadamente estendida, Derek se ergueu com a ajuda.
— Você sabe como lidar com espíritos? Desde quando?
À surpresa de Derek. Sheyman respondeu indiferente.
— Bem, um ou dois meses atrás?
‘Não, ele aprendeu a arte dos espíritos em um ou dois meses?’
Derek se desconcentrou com a surpresa. Sem se importar com a reação de Derek, Sheyman andou além dele, deixando Derek encarando erráticamente as suas costas. Apenas depois de ver Airu, que estava brincando na cabeça de Derek, seguir Sheyman, que ele também o seguiu.
— Onde está indo?
— O ovo do dragão, não ia buscá-lo?
— Oh, sim. É verdade. Eu disse que ia. Sim, ah, sim. Oh! Mas vai comigo sozinho? Por que não leva pessoas desta filial?
— São irritantes.
Bem, se um monte de pessoas fosse, não haveria nada para eles fazerem. Além do mais, um número pequeno de pessoas era mais vantajoso para reduzir o tempo de viagem. Não importava o quão perto fosse, ainda havia mais 500 Km de distância. Logo, os dois chegaram ao portal de teletransporte.
Era possível viajar com o próprio mana deles, mas era melhor usar as comodidades da filial para economizar mana. Era melhor conservar o suprimento de mana para o ovo de dragão.
— Recupere o ovo em um dia e volte para a Torre sozinho amanhã, Derek.
— …O quê?
— Não terminei meu trabalho ainda.
Nos últimos meses, Sheymon vinha e ia, investigando algo. Já fazia 3 meses. Ele encarregou os magos da Torre de Magia de inspecionar os corpos de quimeras de fadas que encontrava, deixando a investigação para eles. Enquanto estava afastado, o vice-ministro era encarregado de cuidar da Torre e do trabalho do Ministério de Magia. Ninguém sabia o que estava acontecendo, mas Derek estava convencido de que a investigação de Sheyman tinha a ver com a General Kalia.
Já fazia 8 meses desde que ela anunciou sua aposentadoria e desapareceu. Durante os 3 primeiros meses, Derek nem ousava olhar o rosto de Sheyman. Ele era, em termos simples, um mago possesso por loucura.
Naquela hora, a Torre não era a torre, lar dos magos imperiais, mas, do contrário, era o castelo do demônio. É claro que Sheyman não incomodava ninguém enquanto andava por aí, mas era difícil de olhar o rosto de alguém cujo todo o corpo emanava gelo, muito menos encontrar os olhos malucos do chefe.
‘…Eu espero que ela volte o quanto antes.’
Tradução: Kaon.
Revisão: Holic.