Como esconder o filho do imperador - Capítulo 17
Felizmente, um salvador apareceu antes que a criança chorasse.
Lyndon, que observava os dois, interviu na situação .
— Vossa Majestade, aqui tem cães de caça.
— Certo. Theor, quer ver os cachorros?
— Cachorrinho…? Tem cachorrinhos ?
Felizmente, a criança se recompôs.
Kaizen levou Theor até a biblioteca e ordenou que um servo trouxesse um dos cães.
O servo escolheu o cachorro mais dócil, com o pêlo bege e macio.
Apesar da aparência amigável, era um cão de caça. Era maior que cães normais mas Theor se aproximou dele sem medo.
Quando Theor esticou o braço, o cachorro se aproximou e tocou com o focinho a mão dele. Depois lambeu os dedos de Theor e balançou a cauda fofa.
Theor afagou a cabeça do cachorro e soltou gargalhadas.
— Hahaha… faz cosquinha!
— Ele é seguro para crianças? – Kaizen perguntou a Lyndon.
— Sim, vossa majestade, esse é um cão bem treinado.
Theor mostrou a mão para o cachorro com a palma para cima e o cachorro colocou a pata em cima. Theor fez carinho no pescoço.
“Ele é fofo!”
— Você tem um cachorro?
— Não, eu nunca tive. Theor pareceu triste com a pergunta e tinha um olhar distante.
— Uma vez o tio trouxe um cachorro, ele era grande e cinza. A…tia Astella me ensinou como brincar com ele.
” O tio?”
Alguém que ele conhecia trouxe um cachorro para Theor brincar, mas Kaizen não sabia quem era.
“Eu também gostava dos cães de caça do meu pai quando era mais novo.”
Ele costumava correr atrás dos cachorros e brincar com o gato da ex imperatriz, sua avó.
— Vou te dar ele como presente.
— Mesmo? Posso levar ele pra minha casa?
— Claro.
— Eu gostei dele! – disse Theor, abraçando o cachorro.
Lyndon se perguntou se ele não deveria falar com Astela antes, mas o garoto estava tão feliz assim como Kaizen que ele apenas assentiu silenciosamente.
Theor estava alegre ao infinito e agradeceu Kaizen.
— Obrigado, vossa majestade.
Kaizen fitou a figura pequena à sua frente curvando a cabeça educadamente e soltou uma risada.
Theor correu pelo quarto com o cachorro.
Ao ver Theor, o assistente avisou:
— Jovem mestre, é melhor não correr.
Theor parou no mesmo instante.
Kaizen franziu o cenho.
“Astella parece ter o educado estritamente. Bem, apesar da família Carlenberg estar arruinada, ele ainda é o sucessor.”
— Pode brincar lá fora se quiser.
Kaizen observou Theor correr ordenou ao servo:
— Deixe a criança fazer oque quiser.
***
A cabana de caça era pequena em tamanho mas era muito luxuosa.
Em particular, o prédio principal e o anexo na parte de trás são ligados por longos corredores em ambas as extremidades, e entre esses corredores, havia um jardim corredor externo com teto aberto.
Theor atravessou o corredor enquanto jogava uma bolinha para o cachorro, que passava correndo por Theor.
Ele estava assustado depos de vee urso, mas o imperador lhe deu um cachorro. Era um cão grande e fofo com pelo dourado. Ele se sentia um pouco cansado, mas não queria descansar porque gostava muito de brincar com seu novo cão.
Cavaleiros e servos iam e vinham nas duas extremidades do corredor, mas ninguém prestou atenção em Theor nem o impedia de brincar.
Theor, que estava acariciando os pelos do cão, olhou despreocupado para o céu nublado e lembrou do pedido de Astella.
“Mamãe me disse para voltar antes do jantar…será um problema se eu ficar aqui?”
Por outro lado, Sua Majestade o Imperador é um homem muito importante.
Astella disse que ele tinha que ouvir o que Sua Majestade lhe dissesse para fazer.
“Bem… então devo fazer o que Sua Majestade falou e ficar…?'”
Enquanto Theor inclinou a cabeça, imerso em pensamentos, a bola à sua frente foi soprada pelo vento e rolada em direção ao jardim.
O cão seguiu a bola e correu para o jardim.
— Ah! Me espera!
Theor seguiu o cão.
A chuva caiu sobre sua cabeça antes de dar alguns passos. Suas roupas ficaram molhadas em um instante.
— Que frio…- Theor murmurou.
Um empregado que estava perto dali, correu para acudir ao ver Theor se encharcando na chuva. Então, Theor voltou para a cabana de caça.
***
Depois que a criança saiu, a biblioteca rapidamente ficou silenciosa.
Kaizen não podia ir caçar, e por isso não tinha nada para fazer. Ele sentou-se à janela e apreciou o tempo de lazer.
Havia um som leve de chuva do lado de fora da janela.
A floresta estava imersa na escuridão silenciosa.
Uma pessoa igualmente quieta veio à mente numa paisagem calma e tranquila.
Astella sempre era quieta até onde ele se lembrava.
“Eu não sabia que você era tão teimoso no passado.”
Ainda assim, ele não odiava a nova Astelle.
Assim como a paisagem na floresta molhada pela chuva era refrescante, a nova Astella tinha um charme que acalmava a mente.
Depois de se encontrar novamente, Kaizen continuou a pensar para Astella e seu coração foi tocado.
Mesmo incomodado, ele continua pensando em postar.
Olhando pela janela por um tempo e pensando nela, Theor que brincava com o cão do lado de fora voltou sem energia.
Enquanto ele observava, o cabelo e as roupas da criança estavam meio molhados na chuva.
“O que aconteceu?”.
Depois de se encontrar novamente, Kaizen eu
Theor respondeu, abaixando a cabeça: “Eu corri com o cachorrinho… não havia teto.”
Há uma colunata clássica na área ligando o edifício principal e o anexo aqui.
A colunata não tinha teto no meio. Isto parece que ele foi lá.
— Oh não, você tem alguma roupa para trocar?”
— Peço desculpas, Sua Majestade. Não há roupas do tamanho de um jovem mestre aqui- o servo respondeu.
Como esperado. Mesmo os imperadores predecessores nunca trouxeram uma criança aqui.
O servo continuou: “Não temos escolha mas para secar as roupas do jovem mestre.” Theor foi e sentou-se em frente à lareira.
Um cão molhado o seguiu também.
O servo pegou uma toalha e enxugou a corpo da criança.
Theor levantou a mão silenciosamente e aproximou-o da lareira.
Kaizen sorriu quando o viu.
Ele nunca gostou de crianças em toda a sua vida e esse garotinho era muito fofo.
O que ele fez foi muito fofo.
Ele não era viril, ele estava quieto e ouvia bem, mas não foi só por isso.
Kaizen estava familiarizado com a forma como a criança estava falando ou rindo.
Kaizen olhou atentamente para o rosto de Theor e percebeu a sensação familiar.
“Ele se parece com Astella.”
Alem do mais ele é um parente, não tem como não se parecer com ela.
O Primo de Astelle, Sigmund também era assim. Ele era educado e quieto.
Mas a criança foi criada por Astella. Então parece que ele aprendeu os hábitos e comportamento de Astella.
“A Astella era parecida com a mãe?*
Kaizen nunca pensou em tal coisa antes.
Ele sentiu como se tivesse visto mais Astelle nesta criança do que em 10 anos como sua noiva.
Um pensamento amargo encheu o fundo de seu coração.
‘Não me arrependo de nada irreversível, mas…
O servo olhou nos olhos do imperador e tentou trazer a criança para o quarto.
“Jovem Mestre. Vou guiá-lo para o quarto.”
Kaizen parou o servo.
— Pode deixá-lo aqui.
Theor sentou-se em frente à lareira para observar a lenha queimando nas chamas.
O cão que estava brincando com ele sentou-se ao lado dele e deitou-se.
Theor enxugou o cão encharcado com a toalha.
— Está com frio? Eu vou secar você.
Tradução: Harumi.
Revisão: Bússola.