Como esconder o filho do imperador - Capítulo 18
A partir do momento da partida, chuva leves começaram a molhar a grama e, em poucos minutos, gotas pesadas caíram como uma cachoeira.
Astella cavalgou contra a chuva forte.
A água da chuva jorrava constantemente, e a estrada à frente não era visível. A água barrenta seguia pela estrada lamacenta.
Astella estava indo por um pequeno atalho. A floresta escura estava em ambos os lados da estrada. Neblina emergia no meio do frio.
Velian, que a seguia, gritou:
— Lady Astella, não está chovendo muito?
Astella o ignorou.
Como se não pudesse ouvir por causa do som da chuva, ela continuou correndo. Ela cavalgou por muito tempo, mas não viu nada, muito menos uma cabana de caça.
A estrada lamacenta atingiu seus tornozelos, parecia um pântano. Não importa o quão rápido ela fosse, havia um limite de velocidade por conta da chuva.
‘Quanto tempo já se passou?’
Todo o seu corpo estava encharcado de chuva. Ela puxava as rédeas sem perceber.
Gradualmente, a escuridão caiu sobre as bétulas encharcadas pela chuva.
Olhou para o céu enquanto corria na chuva fria. O céu azul escuro estava tingido de preto. Uma realidade mais fria que as gotas de chuva caiu em sua cabeça.
O tempo acabou.
O efeito da poção desaparecia quando o tempo acabava.
A essa altura, os olhos de Theor terão retornado à sua cor original.
Astella parou de repente.
Velian, que passou correndo por ela, voltou para o lado dela.
— Lady Astella? O que está errado?
Astella conseguiu voltar a si.
— ….Nada. Fiquei um pouco tonta por um momento.
— Você está bem? Gostaria de descansar debaixo daquela árvore?
Velian apontou para a árvore densa suficiente para aguentar a chuva. Astella balançou a cabeça.
— Não, é melhor ir até à cabana de caça e descansar.
Depois de seguir por mais alguns minutos pelo atalho, uma pequena cabana de caça localizada no centro da floresta apareceu.
Os dois entraram depois de passarem por uma porta cercada por um alto muro de pedra.
Os cavaleiros que guardavam a porta deixaram os dois entrarem com caras de surpresa.
Astella desceu do cavalo e entrou na cabana de caça. A cada passo que dava, a água escorria da bainha molhada. Um servo espantado rapidamente trouxe uma toalha para os dois. Astella limpou a água com uma toalha e entrou lentamente. Ela se sentiu entrando no local de execução.
Se ela pudesse voltar 30 minutos no tempo…
Astella seguiu Velian e entrou em uma sala que parecia uma biblioteca.
Um calor aconchegante circulava na sala, graças à chama acesa da lareira.
Kaizen, que estava sentado em uma poltrona lendo um livro, levantou a cabeça.
— Vossa Majestade.
— Velian? O que está acontecendo?
Velian fez uma reverência para ele, mas Astella esqueceu de ser educada e olhou para a lareira. A criança que está deitada na frente da lareira. E havia um cachorro grande deitado na barriga da criança.
***
Astella parou na porta e olhou para Theor. A criança dormia com os olhos fechados.
Ele estava deitado no chão coberto com tapetes fofos, dormindo sob um cobertor macio.
Ao lado dele estava um cão que ela nunca viu, deitado em silêncio como se estivesse guardando a criança.
Kaizen seguiu o olhar de Astella e encontrou Theor dormindo em frente à lareira.
– Ele se molhou na chuva enquanto brincava com o cão. Parece que ele adormeceu enquanto se enxugava na frente da lareira.
No momento em que Astella ouviu essas palavras ficou aliviada e se
aproximou de Theor.
Ela envolveu o corpo da criança com um cobertor e o abraçou com
cuidado para não abrir os olhos.
— Vossa Majestade, posso levar a criança para o quarto?
— …Tudo bem.
Kaizen deu permissão enquanto olhava para Astella com olhos
surpresos. Ele tentou ajudá-la, mas Astella embrulhou Theor e saiu rapidamente.
Felizmente, Theor não acordou.
Astella foi para o quarto mais próximo. Era um quarto pequeno comparado ao castelo.
Assim que Astella entrou, ela fechou a porta e colocou a criança na cama e ela deixou sair o ar que havia segurado.Ela se sentiu ficando sem energia.
Astella ergueu ligeiramente as pálpebras de Theor. Olhos carmesins surgiram entre suas pálpebras.
‘Se ele não tivesse adormecido, ele poderia ter sido pego.’
Foi realmente azar.
Astella rapidamente tirou a poção que escondia no bolso e derramou nos olhos adormecidos de Theor.
Theor, que estava dormindo tranquilamente, franziu a testa e abriu os olhos lentamente.
Olhos azuis claros olharam para Astella.
— Oh, mãe…?
— Sim, sim, está tudo bem, está tudo bem.
Astella abraçou Theor e o acalmou.
Ela teve sorte de superar o obstáculo.
Houve uma batida e a porta se abriu.
A empregada a quem foi confiada a guarda de Theor baixou a cabeça e entrou.
— Sinto muito, senhora.
A empregada pediu desculpas a Astella e contou-lhe a história.
Ela explica em detalhes e, em conclusão, o imperador de repente trouxe a criança, e não havia nada que ela pudesse fazer sobre isso.
Astella suspirou.
— Está tudo bem, não é sua culpa.
Mesmo que a criança chorasse por não querer ir, como empregada, ela deve levar a criança por ordem do imperador.
Por que Kaizen de repente trouxe a criança para este lugar?
Claro, a criança queria vir aqui também, mas o comportamento de Kaizen não fazia sentido.
Ele não gostava de crianças.
Além do mais, ele não tem irmão ou uma irmã mais novos.
— Você não notou nada estranho, não é?
Astella olhou para Theor deitado na cama.
Theor estava dormindo.
Ele murmurou com os olhos fechados.
— Urso… morto… cachorrinho… bom…
Era um longo caminho até aqui e ele estava cansado. Ele até brincou com um cão.
De qualquer forma, agora que ela colocou a poção, poderia ficar tranquila.
— Deixe a criança dormir um pouco mais.
— Sim senhora.
A empregada notou que Astella não estava com raiva, ela estava grata.
Ela inclinou a cabeça e disse educadamente:
— Vou preparar um banho e uma muda de roupa.
***
— Então, ela veio até aqui para ver a criança?
Kaizen perguntou de volta como se fosse um absurdo.
A chuva que caía diminuiu assim que Astella e Velian chegaram na cabana de caça.
O momento em que saíram não era bom.
— Sim, Lady Astella disse que ela tinha que dar o remédio à criança porque a criança está fraca.
Ao responder dessa forma, Velian sentiu que Astella estava escondendo algo.
Kaizen também sentiu algo estranho.
‘A criança realmente tem alguma doença grave?’
Ele se perguntou se a criança tinha uma doença crônica que Astella não podia dizer.
Se não, por que correr na chuva só para dar à criança um remédio?
Velian viu claramente que Astella parou surpresa durante o caminho. Obviamente, muito tempo se passou.
Existe alguma doença que se tornará grave se você não tomar o remédio na hora certa?
A criança parecia muito saudável por fora.
No entanto, mesmo as pessoas que parecem saudáveis por fora, às vezes sofrem de doenças graves por dentro.
Velian se sentiu estranho por algum motivo.
Mas que doença você está escondendo?
Tradução: Harumi.
Revisão: Michi.