Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 47 (+18)
— Ah…
Sierra deu um passo para trás, piscando aturdida.
Com as mãos sobre o colo, ela lambeu os lábios com uma expressão preocupada.
— Perdão, me desculpe. Eu só fiquei surpreendida… Eu não sabia…
Bem, fazia sentido. Rosenia podia compreender. Quem não ficaria surpreso ao ver alguém pegar no coração, do nada, e colapsar?
‘Mentiria se dissesse que não me sinto mal por ela, mas…’
Rosenia assentiu para Sierra e colocou a mão no rosto de Luellin, examinando-o. O rosto dele estava quente como fogo, e sua febre estava subindo.
Os olhos que a encaravam estavam turvos pelo calor, e ele tinha uma expressão desesperada. Era como um cão que tinha sido separado de seu dono.
Rosenia se sentiu estranha ao vê-lo fazer uma expressão tão frágil quando há poucos minutos ele estava sendo grosseiro com Sierra.
‘O duque de Rayshin é um homem de duas caras.’
Com esses pensamentos na cabeça, Rosenia abraçou Luellin com força e olhou para Sierra.
— Me desculpe, senhorita Oscar, mas poderia se retirar por um instante? E diga aos empregados que não deixem ninguém entrar.
— Ah… Sim! Farei isso!
Sierra, que estava calada, se retirou apressada.
Com um clique, a porta se fechou, deixando apenas Rosenia e Luellin na sala de visitas.
Rosenia suspirou, alisando o cabelo de Luellin, enquanto ele respirava com dificuldade, a abraçando com força.
— Bem, agora…
‘O acúmulo de mana… preciso fazer algo para acalmá-lo.’
— …
Ela estava envergonhada de fazer aquilo no sofá, no meio da sala.
‘Por que teve que acontecer bem agora? Esse mana desgraçado!’
Luellin a apertou mais forte, esfregando seu rosto… Rosenia não tinha ideia de como lidar com esse homem.
— Duque.
— …
— Olhe para mim um segundo. Eu…
Antes de conseguir terminar a frase, Luellin levantou o rosto, encontrando os olhos dela. Ele obviamente sabia o que ela iria fazer. Rosenia abaixou a cabeça enquanto acariciava a bochecha de Luellin gentilmente.
Não demorou muito para que os lábios dos dois se encontrassem.
Rosenia tentou ir devagar e com cuidado, mas não conseguia porque Luellin seguia acelerando o ritmo.
Ele rapidamente passou de cãozinho abandonado na chuva para predador indomável. Ela estava claramente fazendo isso para acalmá-lo, mas acabou se transformando numa herbívora sendo devorada por ele.
— Duque… Mmmh!
No momento em que os lábios dele começaram a sugar a sensível pele de sua nuca, Rosenia sentiu calafrios em suas costas. Então, Luellin sussurrou, ainda pressionando a boca contra a pele dela.
— Me chame pelo meu nome..
— …
— Que nem daquela vez…
Não era um pedido absurdo, mas o problema é que na vez anterior, ela havia o chamado inconscientemente, e agora, com ele pedindo diretamente, a boca dela não queria se abrir.
— Não vai chamar meu nome?
Luellin falou, com uma voz ansiosa. Seu cabelo brilhava como platina sob a luz do candelabro. Rosenia, deitada no sofá, olhou para cima e abriu a boca.
— Lu…
— …
— Lu..ellin…
A voz dela saiu baixa. Ela nem sabia se ele podia escutar, mas o chamou de qualquer modo. Ela corou e olhou para baixo, se perguntando porque se sentia tão envergonhada.
— Mais uma vez.
— …
Luellin pediu que ela repetisse. Que homem insaciável! Rosenia o olhou, com os olhos úmidos, e tentou mais uma vez.
— Luellin…
Dessa vez, ela chamou o nome com a voz mais clara e alta. Só então Luellin sorriu, como se estivesse satisfeito. Suas mãos grandes acariciavam o rosto dela.
— É tão bom ouvir isso. Sério!
A voz dele estava mais forte e alegre. O que tinha demais em chamar alguém pelo nome? Sentindo o rosto queimar, ela ignorou isso.
— Queria que me chamasse pelo nome com mais frequência.
— …
— Se você pudesse… Ah, ugh…
Ele gemeu dolorosamente novamente, e apressadamente, inclinou a cabeça e a beijou. Sua língua quente escorregou dentro da boca dela, explorando todos os cantos e entrelaçando ambas as línguas. Um gemido vazou da garganta dela quando seu corpo se estremeceu. O calor subiu para o topo de sua cabeça e ela se sentiu quente e corada.
— Haa …
Luellin afastou seus lábios por um momento, soltou o fôlego pesadamente, e suavemente acariciou seu ombro exposto. Rosenia não sabia como isso havia acontecido, mas suas roupas tinham sido abaixadas pela metade. Era claro quem era o culpado.
Rosenia olhou para Luellin e se encolheu um pouco quando sentiu a mão dele entrar sob a bainha de seu vestido. Mas, quando ele a beijou novamente, esses pensamentos desapareceram completamente.
A maneira como ele lambeu, mordeu e sugou seus lábios vermelhos e inchados a fez sentir como se estivesse à beira de um delírio. Ela sentiu como se fosse um doce, não uma pessoa.
— Ah …!
Ele puxou a bainha do vestido, expondo completamente suas coxas pálidas. Rosenia estava sem acreditar nas coisas que estavam fazendo no sofá da sala de visitas. Seus olhos começaram a lacrimejar de vergonha.
Luellin lambeu as lágrimas cintilantes do canto dos olhos dela. Sua mana ainda flutuava descontroladamente, enquanto estava o canalizando em seu corpo.
— Rosenia, eu …
— … Ngg…
— Eu quero ficar assim com você pelo resto da minha vida.
— Ah, espere um min-
— Eu não quero que ninguém fique entre nós.
Luellin apertou suavemente os lábios contra sua testa suada e bochechas, um por um. Havia um sorriso doce e de derreter corações em seu rosto.
— Você também não quer isso? Não quer ninguém além de mim.
— Isso é… Ah!
—Rosenia, eu só quero fazer isso com você pelo resto de nossas vidas.
— Duque…
— Você deveria me chamar de Luellin, Rosenia.
‘Esse louco sádico … Como eu posso responder quando você não está me dando nenhuma pausa? Agora percebi que sempre que esse homem revela sua faceta sádica, ele faz cada vez menos sentido.’
— Responda-me, Rose …. Não parta meu coração.
— Oh, tudo bem…!
— Mesmo?
— Uh, umm …!
— Mas eu não consegui te ouvir bem.
— …!
‘Eu acabei de falar!’
O assédio de Luellin Rayshin durou mais de três horas, durante as quais eles continuaram migrando do sofá para a mesa, depois da mesa para a poltrona, depois para a janela… Foi realmente embaraçoso, e ela não queria recordar novamente.
Depois de ser assediada por ele, Luellin segurou-a cuidadosamente em um cobertor e a abraçou com força. Felizmente, não havia ninguém no corredor quando eles foram para fora. Parecia que os servos eram espertos e haviam se retirado.
A propósito, onde Sierra poderia estar agora? O estado como Rosenia estava agora… Ela sabia que iria estar em sérios problemas se Adrian a visse assim. Embora seu pai tivesse de mente aberta, ainda era pedir para ter problemas.
— Você está cansada?
— …Duque, você sim parece bastante energético.
— Você está me chamando de “duque” novamente. Seria bom se pudesse me chamar pelo meu nome.
Luellin, que voltou a usar um tom educado, tinha um olhar lamentável em seu rosto. Rosenia ficou estupefata.
‘Você acha que eu vou cair por esse olhar depois de ser tão assediado por você?’
— Rosenia …
— Ah, já entendi. Luellin.
O nome saiu desta vez com muita facilidade. Foi porque ela não suportava o fardo de enfrentar esses tenazes olhos esmeraldas.
‘Eu deveria ter fechado os olhos e fingir ter adormecido.’
Rosenia suspirou profundamente e aconchegou-se um pouco mais no cobertor. De alguma forma, ela podia ouvir a risada de Luellin de cima de sua cabeça.
— …Por que você está rindo?
— Porque você é uma graça.
Quando ela perguntou com um olhar maligno, Luellin respondeu com um sorriso brilhante. Ela não conseguia ficar com raiva de seu rosto sorridente, então suspirou de novo. Luellin continuou rindo em silêncio, por seja lá o que for que ele achou bastante engraçado.
O sol já podia ser visto se pondo pela janela.
***
No banheiro, cheio de vapor quente, Rosenia colocou uma bomba de banho na água da banheira, que era conhecida por rejuvenescer e aliviar a fadiga, mas ela se perguntou se poderia servir ao seu propósito hoje.
Ela provavelmente iria se cansar à noite novamente de qualquer maneira.
— Luellin, mantenha as mãos longe.
— Você não gosta?
— Não, não é que eu não goste… Você disse que só iríamos tomar banho.
Suas mãos, que já haviam corrido por todo o corpo dela antes, inconfundivelmente tinham intenções perversas. Por causa disso, ela não conseguia descansar o suficiente e sofreria se continuasse, então ela teimosamente o empurrou.
‘Além disso, preciso ver o meu pai e Adrian novamente! Adrian continua se opondo ao nosso noivado, mas então Sierra apareceu e a questão de alguma forma ficou de lado… ‘
A empregada informou que a Sierra decidiu ficar em um quarto de hóspedes do Anexo, onde os servos dormiam. Ela poderia conversar com Sierra novamente amanhã, mas queria claramente resolver a situação de uma vez por todas com seu pai e Adrian ainda hoje.
‘Meu pai permitiu o noivado, mas se Adrian continuar a se opor, ele pode mudar de ideia…’
De jeito nenhum! Ela não podia deixar seu pai sozinho com Adrian! Talvez o pai dela estivesse sendo persuadido pelas palavras de Adrian nesse momento!
— Eu deveria tomar banho e ir ver esses dois.
Como Rosenia saiu da banheira, a água deslizou por suas curvas. Depois que ela saiu, secou a água de seu corpo e se envolveu em um roupão. Luellin a seguiu e depois a abraçou por trás.
— Vamos ficar assim um pouco mais …
— Eu não posso. Eu tenho que ir ver meu pai e meu irmão.
Luellin suspirou profundamente com sua resposta firme. Ele rapidamente notou que ela estava falando sério e a soltou imediatamente.
— Não tem o que fazer, então. Só posso esperar ansioso pela noite.
— …
Como esperado, ele pretendia assediá-la novamente à noite.
Balançando a cabeça diante da sem-vergonhice de Luellin, Rosenia secou o cabelo e trocou de roupa. As empregadas amarraram o cabelo dela perfeitamente como o de uma elegante senhora. Isso lhe deu uma sensação bastante nova, mas ela sabia que ia ficar bagunçada depois de qualquer maneira.
Pelas próprias mãos do duque Rayshin, que era conhecido por ser um asceta.
— Que asceta…
— Perdão?
— Ah, nada.
Luellin perguntou o que ela estava murmurando, mas Rosenia ignorou com um sorriso e depois colocou um xale de verão, trazido pelas empregadas, em seu ombro.
Depois que ambos acabaram de se vestir, Luellin e Rosenia se dirigiram para o quarto de hóspedes, de mãos dadas.
Adrian e seu pai estavam hospedados em dois quartos conectados com uma ampla sala entre eles.
Uma refeição para os dois havia sido entregue à sala de estar, então eles provavelmente estavam comendo ali. Mas Adrian provavelmente não devia estar querendo comer nem uma mordida..
‘Como devo convencer esse teimoso do Adrian …’
Rosenia tinha pensamentos profundos se agitando enquanto caminhava, mas o corredor de repente ficou barulhento.
Imaginando o que estava acontecendo, ela rapidamente se aproximou da cena com Luellin.
—Todos, por favor, saiam do caminho.
Ela andou através da multidão e o que finalmente veio em sua visão era…
Henry, sentado no chão no corredor, e Adrian, que estava segurando Alex.
Tradução: Nopa.
Revisão: Holic.