Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 43
— E todos os outros lugares…
— …
— Estão tão quentes que mal consigo aguentar.
Ele sussurrou enquanto lentamente deslizou a mão dela para baixo, passando sobre seu abdômen musculoso, e mais abaixo…
Enquanto descia, o rosto de Rosenia começou a queimar, e ela rapidamente afastou a mão.
Surpreendentemente, Luellin deixou a mão dela ir. Ele olhou para ela com um sorriso malicioso e a beijou brevemente na bochecha.
— Do que está tão envergonhada? Você já viu tudo. E muito.
— …Fique quieto antes que eu morda a sua língua.
— Hmm? Você gosta disso?
Ao invés de ser ferido pelas palavras dela, a forma que ele sorria e apreciava a situação era realmente sem vergonha.
Ela sorriu da forma absurda que ele agia, mas não conseguia tirar os olhos dele.
Não havia nenhum outro homem no mundo que podia sorrir tão lindamente quanto ele. Ninguém era uma competição à altura.
— Hoje você decide.
— …
— Como posso servi-la, Rosenia?
Ele sorriu após perguntar.
‘No fim, você vai fazer o que quiser. Por que se importar em perguntar?’
Rosenia o olhou, sem palavras.
— Não importa como você fizer, mas por favor, não me prenda por muito tempo.
Enquanto ela falava timidamente, os olhos de Luellin se arregalaram, e ele respondeu rapidamente com um olhar decepcionado.
— Uma vez não é suficiente…
— …E eles dizem que o Duque de Rayshin é ascético. Quem acreditaria se eu dissesse o contrário?
Talvez porque estivesse gostando, Luellin continuou sorrindo gentilmente das reclamações dele. Ele a apressou apertadamente como se ela fosse um urso de pelúcia e então começou a plantar beijos em todo o rosto dela.
— Eu gosto tanto de você, Rosenia Hill.
— … Sim, acho que eu também.
— E o fato que eu olharei sempre apenas para você…
— …
— Por favor, não se esqueça disso.
Então os lábios dele cobriram os dela.
Uma longa noite começou… De novo.
***
O pai de Rosenia, o cabeça da família Hill, prontamente aceitou o convite do Duque.
A visita deles rapidamente foi marcada para a sexta-feira seguinte. Essas notícias rapidamente se espalharam pelo império.
Mas como ambos os lados não tinham feito nenhum anúncio oficial, rumores e especulações correram soltas.
— Ninguém esperava por isso, mas o propósito deste convite é de realizar uma reunião matrimonial entre as famílias dos noivos.
Reunião matrimonial.
Não era uma palavra que poderia ser associada entre os Hills e os Rayshins.
‘Aparentemente, a família Lovick expressou sua oposição numa carta sobre isso…’
Assim que as notícias se espalharam, cartas de parabenização vieram de vários lugares, mas nenhuma delas importava além da resposta dos Lovicks e da família imperial.
A família imperial parecia pensar muito positivamente sobre a reunião, já que esperavam há bastante tempo que os Hills e os Rayshins pudessem se dar bem e resolver seus conflitos de uma vez por todas.
Mas a opinião dos Lovicks foi diferente.
Os Lovicks e os Rayshins eram amigos de longa data. Para ser exato, os Lovicks seguiram os Rayshins como vassalos e se beneficiaram deles.
No entanto, nos anos recentes, a família Lovick havia se tornado tão poderosa que não precisava mais da ajuda dos Rayshin, pois haviam conseguido expandir suas rendas e bens.
Apesar disso, continuaram leais como aliados confiáveis dos Rayshin por admirar sua nobre linhagem e longa história.
Mas e se essa nobre linhagem fosse manchada?
Hipoteticamente, se o sangue de um mago, que os Lovicks detestam tanto, misturasse com o sangue dos Rayshin…
‘A relação entre as duas famílias ficaria tensa…’
Pensando nisso, Rosenia percebeu que o escândalo entre ela e Luellin era muito maior do que esperava.
Mas bem, ainda era melhor que os Hills e os Rayhins indo para a guerra.
‘Se o relacionamento entre os Hills e os Rayshins melhorar, isso vai nos beneficiar muito.’
Isso significava que eles poderiam compartilhar os benefícios que não podiam antes por conta das intrigas entre as duas famílias no passado.
Adrian foi contra o noivado dela com Luellin, mas talvez seu pai e os outros tivessem um ponto de vista diferente sobre a questão. Magos eram geralmente inclinados a ver o lado prático de todas as coisas.
‘Por falar nisso, quero falar com o Alex um pouco mais.’
Rosenia podia entender porque o garoto odiava os magos.
Mas como eles iriam se ver frequentemente… Não seria meio inconveniente de muitas formas se ele continuasse a odiá-la?
Mesmo que ele odiasse os magos, fazia sentido odiá-la também?
‘Estou meio preocupada e com as mãos atadas.’
Como o tempo estava mais frio que o dia anterior, Rosenia saiu com um xale enrolado ao redor do corpo.
Conforme caminhava preguiçosamente pelo jardim, se deparou com alguém segurando uma espada em um espaço aberto.
‘Hã?’
Esse alguém era Alex.
‘Nos encontramos coincidentemente num lugar assim.’
O que era isso? Um encontro de inimigos numa ponte suspensa? Claro, eles dois não eram exatamente inimigos.
Rosenia caminhou lentamente em direção a ele. Ela poderia apenas ter se virado e andando na direção oposta, mas queria aproveitar a oportunidade para falar com ele.
Conforme a distância entre os dois diminuiu, Alex parou de balançar a espada. Parecia ter notado uma presença em suas costas.
— Olá? Não esperava te encontrar num lugar assim.
— …
Alex não respondeu e a encarou duramente.
Ela esperava por isso. No entanto, ficou envergonhada porque a atitude dele era pior do que tinha imaginado.
‘Sempre que o vejo, uma imagem de um gato irritado ou de um Maltês vem à minha mente.’
Ambos eram parecidos: gostavam apenas de seus mestres.
Mas a pergunta era: quem era o mestre de Alex?… Não parecia ser Luellin.
‘Ele não escuta realmente o Luellin…’
Alex virou as costas para ela e começou a se afastar, como se estivesse apressado. Rosenia perguntou enquanto o seguia.
— Você se importaria de conversar comigo por um momento? Receio que… houve um mal-entendido.
— Mal-entendido?
Alex, que parou abruptamente, virou e perguntou. Ele parecia enfurecido.
— Que mal-entendido? Não é verdade que magos usam pessoas como material para os experimentos?
— Bem, no caso da Torre dos Magos, nós conseguimos voluntários e então obtemos um seguro para eles. Fazemos vários tipos de testes… Ambos arriscados e seguros. Não fazemos nada desumano.
Claro, essas medidas começaram apenas na geração do pai dela. E antes disso… a Torre dos Magos era o ponto de encontro dos lunáticos que realizavam experimentos cruéis.
Alex riu alto, olhando friamente e retrucou.
— Engraçado. Mesmo que isso seja o que vocês alegam ao público, secretamente, vocês fazem esses tipos de experimentos. Não fazem?
— …
Um mago degenerado foi realmente descoberto realizando experimentos ilegais pelas costas de Adrian e dos outros.
O mago escondeu o laboratório ao longo de seis meses, devido à sua habilidade em lidar com crias de magia negra, popularmente conhecidas como “sombras”.
Eventualmente ele foi descoberto por Adrian e como consequência, não pôde escapar de uma punição terrível.
‘É difícil dizer que não, já que isso realmente aconteceu.’
Rosenia falou num tom desconfortável enquanto coçava a nuca.
— Às vezes, aparecem pessoas que quebram as regras, mas o Adrian é extremamente estrito. A Torre nunca permite experimentos desumanos.
— …
Alex, que a encarou por um momento, perguntou suavemente.
— E daí? Você e a sua família são diferentes. O que isso prova?
— Eu apreciaria se você pensasse assim, mas não vou forçar nada. Já que depois de tudo, você é uma vítima…
— …
— Eu sei. Entre todas as pessoas, eu, que sou uma maga, não deveria estar dizendo isso a você, a vítima. Eu apenas… não queria ser odiada e queria falar com você. Sinto muito se te irritei.
Rosenia deu um passo atrás com um olhar arrependido.
No entanto, suas costas bateram em alguém. Ela foi pega de surpresa e ficou chocada com como uma pessoa estava localizada atrás dela.
— O, o quê? Quem…
O corpo da pessoa era incrivelmente rígido. Ao ponto de ela pensar que tinha se chocado com uma pedra.
Quando olhou para trás perplexa, um homem com um rosto inexpressivo e contundente a olhou sem expressão. Rosenia perguntou confusa.
— Ei, por que você está tão perto…?
— Ah…
O homem abriu os olhos azuis levemente, e falou olhando para a cabeça dela ao invés do rosto.
— Tem um inseto na sua cabeça, ia tirá-lo para você.
— Um in… inseto?
Rosenia pulou arrepiada, sem saber o que fazer. Ela odiava veemente insetos. Ela realmente, realmente os odiava. Especialmente os que tinham muitas pernas!
Saber que tinha um inseto na cabeça dela quase a fez desmaiar. Claro, não havia como ela conseguir matar um inseto com as mãos vazias.
Chorando, olhou para Alex sem perceber. Quando os olhos deles se encontraram, Alex estremeceu levemente. Ele franziu as sobrancelhas com um olhar irritado, mas ao mesmo tempo, também parecia confuso.
— O, o que você quer que eu faça? Lide com o inseto sozinha!
— O que você quer dizer com “lide sozinha”… Não posso matar o inseto…!
— Você… Qual a sua idade?…
Alex a olhou com um rosto estupefato. Mas no momento, Rosenia estava mais preocupada com o inseto em sua cabeça do que o que ele pensava dela.
‘Alguém, por favor…’
— …Você pode apenas usar magia. Odeia tanto insetos que o pensamento nem passou pela sua cabeça?
Rosenia estava a ponto de desmaiar quando ouviu uma voz pesada, seguida por um larga mão em direção à sua cabeça.
A mão afastou o inseto com um movimento simples, jogando para longe. O movimento foi tão rápido que Rosenia nem conseguiu ver o inseto.
Tudo aconteceu num instante. Rosenia piscou repetidamente e olhou para o dono da mão, o homem com cabelos pretos e olhos azuis.
O homem apenas a encarava com um rosto inexpressivo e terrivelmente indiferente.
Tradução: Holic.
Revisão: Nopa.