Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 36
Alex podia ter acreditado que pegaria Adrian com a guarda baixa, fazendo um ataque surpresa, mas, infelizmente, um ataque desajeitado assim nunca funcionaria em Adrian Hill.
Como era de se esperar, Adrian desviou do ataque de Alex com facilidade e até mesmo lançou um contra-ataque na velocidade da luz.
Parecia que Alex não venceria esta luta mesmo que passassem muitos anos. No entanto, a chegada de duas pessoas novas podia ser a variável que ele precisava.
‘É um contra três….’
Ela não sabia a identidade das duas pessoas, mas era claro que eram reforços chamados por Alex, e agora que estavam intervindo, Adrian começaria a ter dificuldade em derrotar todos.
‘Mas, ainda assim…’
Mesmo com os três juntos, ainda seria difícil para eles derrotarem Adrian.
Afinal, ao contrário de Alex, que tinha uma constituição peculiar na qual a magia não funcionava, os outros dois não.
Ninguém seria capaz de parar Adrian se ele começasse a usar sua espada e magia ao mesmo tempo. Mesmo que seu oponente fosse imune à magia.
‘Como pensei, eu estava certa. É melhor tirar Luellin daqui do que esperar essa briga terminar. Tenho que decidir o que farei também. Deveria realmente fugir? Se eu não fugir… Adrian vai me trancar na Torre com o pretexto de me proteger de novo.’
Ela odiava isso. Confinada na Torre, tudo que podia fazer era olhar vagamente para o cenário remoto e distante.
Rosenia era grata pela preocupação de seu irmão. Sabia que ninguém no mundo se importava tanto com ela como ele. Mas era exatamente por isso que…
‘Não fizemos progresso nenhum. Se eu nasci com algum destino bizarro que constantemente põe minha vida em perigo, então eu não deveria construir forças para enfrentá-lo?’
E, para isso acontecer, Adrian tinha que deixá-la ir. Não queria se tornar uma tola que não conseguia fazer nada e estava sempre embrulhada na proteção dele.
‘E, se nos separarmos agora, provavelmente nunca verei Luellin novamente. Então, e se um dia a Sierra Oscar aparecer do nada e curar o coração ferido dele, aliviando sua dor?’
Só imaginar isso fazia o seu sangue ferver. Ela se sentia entalada e desconfortável como se tivesse engolido um espinho, sentia vontade de quebrar alguma coisa.
Tecnicamente, Luellin originalmente pertencia à Sierra. Já que ele era o homem da outra, ela nunca teria pensado em tocá-lo. Mas não teve muita escolha. Não podia deixá-lo morrer…
Além disso, Luellin gostava dela. Ele tinha sentimentos por ela por mais de oito anos!
É claro, Luellin tinha dito uns absurdos como que seria errado chamar esses sentimentos de amor e blá blá.
De qualquer modo, ele gostava dela e ela o queria também, e por isso, não podia dá-lo à outra mulher. Se isso acontecesse, poderia fazer algo errado e acabar realmente como a vilã da história.
Como esconder Luellin e trancá-lo…
‘Hm, melhor eu me acalmar.’
Depois de suprimir os pensamentos loucos em sua cabeça, Rosenia olhou para Luellin, que ainda a segurava em seus braços.
Mesmo com seus subordinados passando por dificuldades, ele não parecia ter nenhuma intenção de ajudá-los. Para ser exato, parecia que ele não a soltaria até que tivesse a convencido por completo.
Os olhos esmeralda olhavam para ela com uma esperança perceptível. Esperança de que ela aceitasse fugir com ele.
Rosenia olhou para os olhos limpos dele e abriu a boca.
— …Sim.
‘Você ganhou, Duque.’
— Vamos fugir.
‘Se Adrian declarar guerra ao ducado de Rayshin, vou pará-lo de alguma maneira.’
Luellin riu em voz alta de felicidade ao escutar as palavras dela. Ele pareceu tão feliz como se tivesse encontrado a resposta que queria.
— Como eu pensei, Rose gosta tanto de mim que não quer se separar, nem por um momento.
Luellin sussurrou, a abraçando com força. Ele a segurou tão perto como se fosse beijá-la.
— Você gosta de mim também, não é?
— …
Em vez de responder, Rosenia quietamente evitou o olhar dele.
‘Pra que perguntar algo tão óbvio? Que vergonha. ‘Parando pra pensar, eu já falei que gosto dele?… Deveria falar agora?’
Enquanto ela pensava sobre isso, ouviu o barulho forte de alguém sendo jogado contra a parede.
BANG!
Luellin imediatamente a abraçou para protegê-la. Na sua frente, ela sentiu uma energia sinistra se aproximando. Era ninguém mais que Adrian, que, em algum momento, tinha derrotado os três subordinados de Luellin.
— Argh…
Atrás dele, os decaídos gemiam com dor. Adrian andava devagar, como uma besta encurralando sua presa, encarando Luellin com um olhar assassino.
Os olhos dele estavam estranhos enquanto olhava os braços de Luellin a abraçando. Era como se fosse cortar tais braços imediatamente.
Uma voz que soava como lava fervente fluiu da boca de Adrian.
— Passa ela pra cá.
— ….
— Minha irmã, passe ela pra mim.
‘…Estou com problemas. O que faço com esse lunático?’
Adrian parecia ter perdido toda a razão ao ver Luellin a abraçando.
A essa altura, parecia que um grande incidente iria acontecer, então Rosenia se desvencilhou dos braços de Luellin e ficou na frente de Adrian.
Quando ela abriu os braços protetoramente e balançou a cabeça, Luellin a encarou com um olhar que chegava a cortar. Rosenia ficou um pouco assustada, mas tendo lidado com Adrian por tantos anos, tinha se acostumado ao lado ameaçador dele. Então, relativamente calma, falou:
— Irmão, não faça nada do que possa se arrepender.
— Sai da frente.
— Não, eu não quero.
— Saia da frente, Rosenia.
Uma corrente azul afiada fluiu da mão de Adrian. Parecendo um chicote, era tão perigosa que podia perfurar o coração de Luellin se ele não desviasse a tempo.
Rosenia ficou horrorizada quando percebeu que Adrian estava seriamente tentando matar Luellin.
‘Ele realmente quer declarar guerra ao Duque de Rayshin?’
Ela falou, com a voz trêmula?
— Irmão, se controle. Por favor, não faça nada da qual vá se arrepender. Realmente vai matar o Duque de Rayshin?
— Por que me arrependeria?
Adrian desdenhou ao ouvir as palavras dela e murumurou, com seus olhos vermelhos brilhando.
— Vou me arrepender se não matar esse desgraçado com minhas próprias mãos, aqui e agora.
— …!
‘Esse cara é louco….’
Se isso fosse a Terra moderna, ela postaria isso na internet:
[Acho que meu irmão é psicopata. Meu pai está viajando e minha mãe está desaparecida. O que devo fazer….?]
‘Que tipo de resposta eu receberia?’
Rosenia suspirou alto, afastando sua imaginação louca. Ela era a única que podia trazer Adrian de volta nessa situação. Depois de acalmar o próprio coração, falou devagar:
— Me desculpe, irmão…
— ….
— Mas eu não gosto da sua superproteção.
Então decidiu aplicar uma terapia de choque.
Sabia que Adrian não aguentaria se ela o culpasse diretamente. Sentia pena de ferir seu irmão desse jeito, mas não conseguia pensar em nenhum método que funcionasse sem ser esse. Então continuou:
— Por sua causa, eu odeio ficar trancada na Torre dos Magos.
— …
— Não quero viver uma vida na qual eu não possa nem sair em encontros.
— …
— Não gosto quando você faz isso comigo. Odeio quando você tenta me controlar e não escuta o que eu tenho a dizer.
O corpo de Adrian enrijeceu, e ele pareceu chocado pela última frase. Os olhos dele estavam arregalados pelo choque, e os lábios estavam fechados com força.
Rosenia pensou que estava tendo sucesso, então planejou seu próximo passo. Agora, que Adrian havia parado, seria bom se Luellin ou o trio conseguissem contê-lo…
— Ha…
Mas ela havia esquecido uma coisa.
O fato de que seu irmão vilão era mais louco do que ela imaginava.
— Você me odeia…?
Enquanto Adrian esboçava um sorriso distorcido, uma energia negra fluiu dele. Naquele momento, Rosenia só tinha um pensamento em sua cabeça.
‘Eu f*** tudo.’
— A pessoa que praticamente te criou.
— …
— Vamos conversar em casa.
Porcaria, como esperado, Adrian não era um personagem de apoio fracote contra o qual ela pudesse lutar!
‘Espera, isso não é exagero? Não acredito que ele ignorou meus ataques verbais como se fossem a birra de uma adolecente. Ai, eu estraguei tudo…’
Ela olhou sem expressão para a magia de restrição de Adrian que voava na direção dela, mas, por sorte, alguém a bloqueou e rompeu a magia a tempo.
— …!
Uma pálida luz branca encheu a visão dela. Quando olhou pra frente, um cabelo loiro platinado flutuou na luz cegante,
Luellin olhou para trás e sorriu para ela. Enquanto ela encarava a figura dele, embrulhada em luz, ouviu a voz ameaçadora de Adrian.
— Luellin Rayshin! Veio para cá porque queria morrer?
— Não, eu não morrerei.
Adrian sorriu friamente perante a resposta ridícula de Luellin. Logo, os dois homens colidiram, e um som alto como um trovão ressoou. Era um rugido como se o céu estivesse desabando.
‘Isso, isso é uma loucura!’
Rosenia correu para o trio caído e lançou um feitiço protetivo. Enquanto lançava o feitiço neles, eles a encararam como se não esperassem isso. Alex, em particular, parecia muito envergonhado.
Mas não importava se Alex tinha vergonha ou não. A casa estava desabando. Ela se aproximou do trio e sussurrou em voz baixa.
— Tem alguma maneira de fugir daqui?
— Tem uma, mas…
A pessoa que respondeu era o homem de cabelo cinza. Ele a olhou sem expressão e então virou o olhar para Luellin.
— Temos um instrumento mágico de teletransporte. Mas Sua Graça está longe demais para ativar.
— Ah…
Luellin e Adrian lutavam com força suficiente para pulverizar a casa inteira. Era a casa de férias preferida da mãe dela. Adrian, esse lunático… De qualquer modo, só havia uma maneira de proteger Luellin nessa situação.
‘Pode ser um pouco perigoso por causa do Adrian, mas…’
Rosenia decidiu rapidamente, sem pensar muito.
— Lançarei um feitiço em vocês todos, para conectá-los a mim.
— Quê? O que está fazendo?
— Alex, calado.
Enquanto Alex latia como um maltês zangado, o homem de cabelos pretos ao seu lado o conteve. Quando viu Alex abaixar a cauda de imediato, não pôde esconder o espanto em seu rosto. Tinha ouvido que não existem cães sem mestre nesse mundo, mas era algo assim?
Olhou Alex com o canto do olho e continuou falando.
— Se eu conectar vocês todos a mim, poderão se teletransportar comigo usando o instrumento mágico. É claro que, para que isso funcione, Alex não pode repelir minha magia. É possível?
— …
Ela perguntou a Alex, mas ele não respondeu. Rosenia entendeu esse silêncio como um “sim” e continuou falando.
— Vou dar um jeito de entrar naquela confusão e tocar Luellin, então usaremos o instrumento de teletransporte nesse exato segundo.
Não havia muito tempo, então ela precisava correr. O homem de cabelos cinzas assentiu, sentindo a urgência na voz dela. Ela levantou e correu para Luellin.
Como se percebendo isso, Adrian parou de lançar ataques na direção de Luellin. Ele deve ter parado por medo que ela fosse atingida.
Doía o coração ver o irmão dela desse jeito, mas não importava o quanto pensasse nisso, não queria ficar na Torre dos Magos pelo resto da vida. Não queria se separar de Luellin, também. A vida era dela, e ela queria vivê-la do jeito que quisesse.
— Me desculpe, irmão.
Ela sussurrou, olhando para Adrian. Então, ela abraçou Luellin com força na cintura, e conectou ambos pelo feitiço.
— Estou cansada de viver sobre a sua superproteção.
— Você…
— Irmão, eu menti quando disse que te odiava. Eu não te odeio.
Os olhos de Adrian estremeceram com as palavras dela. Os lábios finos e trêmulos dele pareciam que iam dizer algo, mas ela não pôde escutar.
Rosenia sentiu o mana da magia de teletransporte em torno de seu corpo. Uma sensação flutuante a tomou. Ela sentiu-se tonta e sua visão escureceu.
Tradução: Nopa.
Revisão: Holic.