Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 32
— Duque, levante-se. Agora!
— Rose…?
Luellin, que abriu os olhos vagarosamente, olhou para ela sorrindo distraidamente.
Em meio à emergência, Rosenia ficou momentaneamente congelada pela beleza deslumbrante dele.
Ao vê-lo assim, perguntou-se se era uma ilusão. Ele puxou o corpo dela para seus braços quando a viu.
Muack.
Apenas quando Luellin a beijou na bochecha que ela recobrou a consciência.
— Lu, não, Duque. Não é hora para isso. Vamos, levante-se…”
— Você estava prestes a chamar meu nome? Ia dizer Luellin?
Ele perguntou em deleite, mas Rosenia ignorou suas palavras e se levantou. Então, pegou as roupas novas de uma sacola e jogou com violência nele. Era o conjunto de roupas que tinha comprado no primeiro dia que ele chegara.
— Rápido, tome um banho e se vista. Então saia daqui imediatamente.
— O que você está dizendo…
Luellin perguntou piscando surpreso enquanto segurava as roupas nas mãos. Então, seus olhos brilharam e ele falou:
— Seu irmão voltou.
— …Sim. Então você precisa ir embora.
Rosenia suspirou pesadamente. O navio já devia ter atracado no porto, então não demoraria muito para ele chegar.
Adrian odiava o Ducado de Rayshin. Então Rosenia sabia que se ele visse o Duque de Rayshin, Luellin, na casa deles, iria enlouquecer.
Além disso, se ele descobrisse sobre esse relacionamento… Rosenia não queria nem imaginar o quão louco Adrian ficaria. Portanto, precisava enviar Luellin de volta para sua casa.
— Apresse-se e se vista. Então, deixe essa casa e vá para a estação. Vou te dar dinheiro para o trem. Em vez de chamar seus ajudantes, é melhor você fugir. O sexto sentido do Adrian é absurdamente preciso…
— Rose.
Luellin a chamou com a voz pesada enquanto ela falava rapidamente.
Rosenia parou e o olhou. Ele a encarava seriamente.
— Está me dizendo para ir embora sozinho? Você vai continuar aqui?
— Claro…
Rosenia respondeu distraidamente. Luellin suspirou, se levantou e se aproximou dela. Ele não vestia nenhuma roupa. Surpresa, ela se encolheu.
‘Pelo menos vista-se primeiro!’
Rosenia se sentiu muito depravada por sentir vontade de dar uma espiada no corpo dele brilhando no sol da manhã. Quando ela virou a cabeça com o rosto queimando, ele puxou suavemente o queixo dela para si.
— Rose. Como você bem sabe, eu sofro com acúmulo de mana frequentemente. Então preciso que alguém se conecte comigo para suprimi-lo.
Seu tom alegre estava sério novamente. Por alguma razão, Rosenia ficou tensa quando ele começou a falar de maneira tão cortês… Na verdade, ela sempre ficava tensa na frente desse homem. Por vários motivos.
— E desejo que apenas você faça isso. Não quero outra pessoa. Não é o mesmo para você? Tem certeza que não se importará se for outra mulher?
Outra mulher.
Assim que Rosenia ouviu essas palavras, seu corpo enrijeceu. Sua expressão se tornou fria, e na janela dava pra ver sua raiva refletida.
Seu sangue congelou e seus pés e mãos petrificaram. Apenas seu coração batendo descontroladamente estava quente.
Rosenia conseguiu identificar a emoção que estava sentindo sem dificuldade. Era ciúme.
Ou obsessão, ou raiva. Era um sentimento tão feroz que todas essas emoções negativas se entrelaçavam.
Achou a sensação tão estranha um pouco ridícula. Pensou consigo mesma que, tecnicamente, Luellin Rayshin era o homem da protagonista Sierra, não dela. E na verdade, Rosenia quem tinha o tomado de Sierra
Naturalmente, não tinha sido sua intenção original, e não era sua culpa que Luellin gostasse dela. Em todo caso, tinha destruído o casal original. Devia aceitar os resultados.
‘Mas, ciúmes…’
Rosenia estava com raiva do pensamento de que Sierra Oscar, alguém cujo rosto sequer conhecia, pudesse aparecer um dia e capturar Luellin em seus braços.
Se isso acontecesse, mesmo que Rosenia não quisesse, sabia que seu papel seria recuar. Estava envergonhada de si mesma. Sabia que Luellin Rayshin era uma existência muito perigosa, mas o que poderia fazer? Não queria entregá-lo para outra mulher.
— …!
Luellin estremeceu quando ela inconscientemente o abraçou. Ela estava surpresa com as próprias ações também, mas não queria deixá-lo ir e soltar sua cintura.
— Rose….
— …
— Como esperado, você também não quer? Não quer que mais ninguém me abrace?
Rosenia concordou em silêncio. Ele gentilmente passou os dedos pelos cabelos dela.
Com lágrimas nos olhos, ele abaixou o rosto e beijou sua testa, bochecha e lábios, um após o outro. Os lábios dele se curvaram num sorriso amável.
— Não quero ter relações com ninguém além de você. Por isso, não podemos nos afastar por nem mesmo por um segundo.
Rosenia se sentiu hipnotizada novamente por sua voz sedutoramente suave. Recuperando os sentidos, ela o agarrou pelo pulso e o arrastou para o banheiro. Abrindo a torneira e enchendo a pia, falou:
— Lave-se e vista-se primeiro. Rápido.
— Bem… Ok.
Enquanto Luellin se lavava e se trocava obedientemente no banheiro, Rosenia correu para o outro banheiro, lavou o rosto rudemente e endireitou sua aparência.
Esperava que Adrian não suspeitasse de nada, no entanto, quando se olhou no espelho percebeu um grave problema: marcas vermelhas que Luellin tinha deixado por todo o seu corpo.
‘Droga… O que devo fazer com isso?’
Não existia uma mágica para apagar marcas de chupões. Pensou que magia de cura para tratar ferimentos pudesse resolver, mas para isso, precisaria ter poder divino.
Como ela não tinha poder divino, naturalmente não podia usar magia divina. Por isso, a única forma de esconder as marcas seria as cobrindo. Em outras palavras, teria que cobrí-las com roupas.
‘Um vestido de renda com mangas compridas e sem decote… Acho que tenho um assim.’
Rosenia correu para o ático e vasculhou o armário, que estava arruinado por Luellin ter sido bruto com ela, mas não tinha tempo de organizá-lo. Finalmente encontrou o vestido de renda e o vestiu alegremente.
Em frente ao espelho, rendas grossas a cobriam do pescoço até o pulso, e nenhuma marca vermelha estava visível.
O vestido ia até os tornozelos, então cobria as marcas que Luellin havia deixado no interior de suas panturrilhas.
‘Por que diabos até minhas panturrilhas??’
Apesar de tudo, após colocar o vestido perfeito e amarrar o cabelo com capricho, se dirigiu ao quarto que Luellin estava.
Quando chegou, ele estava sentado calmamente no sofá, a esperando como se estivesse pronto. Ela sorriu porque parecia exatamente como um cachorro esperando seu dono.
Afastando o familiar próximo que se agarrava em seus pés, ela se aproximou de Luellin. Sorrindo e olhando para ela, ele falou:
— Esse vestido ficou bom em você.
— Estou usando isso por sua causa.
— Ah, você queria mostrá-lo para mim?
Sua sobrancelha se levantou com a ilusão ridícula, e logo retrucou:
— O Adrian vai pirar se vir os rastros que você deixou no meu corpo.
— Haha…
Achou estranho ver Luellin estreitando os olhos. Mas não se preocupou em entender os pensamentos obscuros que ele tinha e trouxe à tona o tópico principal.
— Precisamos de um álibi para quando o Adrian chegar.
— …Um álibi para mim?
— Você veio para Brindos porque estava preocupado com o Mar do Sul, mas desmaiou por causa do acúmulo de mana e eu te salvei por coincidência. Mas nós apenas ficamos de mãos dadas e nada mais!
— ….
Luellin a olhou com uma expressão insatisfeita. Franzindo a testa, falou com dificuldade.
— Então você e eu, para sermos fiéis a esse álibi, vamos apenas dar as mãos de agora em diante.
— …!
Sem ter pensado nesse desenvolvimento, os olhos dela piscaram largamente de vergonha. Não conseguia acreditar que teria que apenas segurar as mãos dele…
‘Isso é um pouco…’
— Rosenia.
Enquanto ela agonizava com a grave situação, Luellin levantou-se lentamente e esticou a mão para tocar no ombro dela.
Antes que ela percebesse, suas testas estavam uma contra a outra, e o olhar dele no seu. Como sempre, o corpo dele estava muito mais quente que o dela.
— Vamos apenas fugir.
— O quê?
— Estou confiante na minha habilidade de me esconder. Por que não fugimos juntos?
Pela sua expressão séria, Rosenia não sabia dizer se ele estava brincando ou não. Embora se sentisse um pouco mal por Adrian, era uma proposta bastante tentadora.
Se fugisse de seu irmão louco por pelo menos uma semana… De muitas maneiras, seria uma libertação…
‘Ah, mas…’
Seria o mesmo se ela estivesse com o louco do Luellin Rayshin.
‘Fugir de um cara pirado apenas para ficar com outro cara pirado?’
Rosenia pensou que sua vida era muito infeliz. Passou sua infância tentando desesperadamente treinar um maluco, e agora que tinha crescido, não conseguia acreditar que estava presa a outro maluco.
No entanto, um era o irmão dela, e o outro o cara por quem tinha se apaixonado. Então, não poderia fugir deles para sempre.
‘Haa… Essa minha vida…’
Rosenia se perguntou como as coisas tinham se complicado tanto. Suspirando tristemente, olhou para Luellin e falou:
— Não acho que seja uma boa ideia…
Antes que conseguisse terminar a frase, o familiar de repente começou a latir. Ela facilmente reconheceu que era um aviso.
O familiar correu para fora e continuou latindo. Adrian deveria ter chegado na casa. O familiar inteligente estava deliberadamente fingindo estar dando as boas-vindas ao seu dono. Para esconder o fato de que tinha sido subornado…
‘Que esperto.’
Já que tinha chegado a esse ponto, Rosenia não teve outra escolha além de esconder Luellin. Ela o agarrou pelo pulso e seu dirigiu ao grande armário.
Então, rapidamente abriu a porta e empurrou o corpo grande dele para dentro. No armário apertado e escuro, ele a olhou perplexo.
— Rose….
Pegando as bochechas dele, o beijou rapidamente.
Muack.
Assim que Rosenia o soltou, Luellin cujos olhos estavam arregalados, enrubesceu.
— Duque, você precisa se esconder aqui um pouco. Vou tentar encontrar uma abertura para você fugir.
— … Sozinho?
— …Deixe-me pensar nisso um pouco mais. Esconda-se aqui por enquanto. Tenho certeza que o Adrian vai enlouquecer se te ver.
— …Certo.
Luellin respondeu com um suspiro de desaprovação. Rosenia o deu um último abraço antes de fechar o armário.
Antes que a porta fechasse completamente, os olhos verdes aparecendo pela lacuna pareceram piscar com um brilho estranho.
‘Esses lindos olhos.’
Rosenia se perguntou porque os olhos que ela viu entre a abertura da porta a estavam incomodando tanto. Percebeu que era porque os olhos que a olhavam com amor tinham desaparecido.
Uma estranha inquietação habitava o canto de sua mente. Pensou que poderia tirar Luellin da casa em segurança.
‘Que pressentimento é esse de que o plano não vai funcionar?’
— Au, au!
O familiar latiu entusiasmante abanando o rabo quando o portão da casa se abriu. Rosenia pensou que era ridículo fingir ser legal ao dono que acabara de voltar quando na verdade tinha sido subornado o tempo todo por bolas de mana.
Escondendo o riso, ela olhou pelo portão de ferro. Sapatos pretos impecavelmente limpos pisavam no jardim.
Levantando um pouco mais os olhos, viu Adrian, que vestia um terno preto monocromático, meias luvas de couro, e carregava uma bengala cravejada de diamantes, inclinando a cabeça com o olhar apático.
Seus olhos vermelhos continuavam indiferentes, mas seus lábios pálidos se curvaram em um arco quando ele a viu.
Adrian tinha uma pele muito pálida, então quando ele sorria de tal forma, era como se a própria morte estivesse sorrindo.
Ele segurou a bengala frouxamente, e a girou conforme se aproximava lentamente. Tentando sorrir o mais naturalmente possível, Rosenia o cumprimentou.
— Oi, irmão.
Tradução: Holic.
Revisão: Nopa.
ABlossom
Coitada ta destinada a atrair gente louca kkkkkk
Obrigada pela tradução 😙😙😙