Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 18

— Não estou mentindo. Você é realmente minha primeira.

— En-entendi.

— Você é a única.

— …!

— Não existe mais ninguém.

Luellin falou confiante, com a testa contra a dela. Sua incrível íris cor esmeralda estava tão transparente e clara que ela podia ver o próprio reflexo.

Encarando a luz cintilante dos olhos dele, Rosenia concordou gentilmente.

‘Ele que falou, então seria rude da minha parte duvidar.’

Rosenia se desculpou ansiosa.

— Sinto muito. Fui rude…

— …Não. Foi uma pergunta compreensível. Olhando por outro lado, isso significa que minhas habilidades foram boas o suficiente para você suspeitar disso.

Então, Luellin sorriu orgulhosamente. Rosenia se sentiu envergonhada por algum motivo, corando e desviando o olhar.

‘Espera, por que ele está tão orgulhoso disso? Só pode ser um perfeccionista que precisa ser bom em tudo.’

Pensou que devia ser isso.

‘Quando se está na posição de Duque, se tenta fazer tudo perfeitamente.’

— Rosenia.

Luellin a chamou em um tom amigável. Felizmente, ele não parecia mais bravo. Mas por algum motivo, ele parecia inseguro.

— Não temos nada definido, então me sinto inseguro. Apesar de nossa relação ter se aprofundado.

— ….

— Não, bem, acho que foi apenas fisicamente.

Ouvindo a fala misteriosa dele, Rosenia se perdeu em pensamentos.

‘Por que ele se sentiria inseguro?’

Não entendia o motivo, mas tinha certeza de uma coisa.

‘Ele também pensa que nossa relação é apenas física. Bem, isso é verdade…’

Mas por algum motivo, o coração dela doeu. Mesmo que não tenha escutado nada que a magoasse.

‘Idiota, o que tem de errado com você?’

Rosenia suprimiu firmemente seu coração enquanto se auto criticava.

Ficou com os olhos fechados por algum tempo, até que uma grande mão tocou sua bochecha. Ela olhou para Luellin.

— Rose.

— Duque.

Após se olharem por algum tempo, os dois falaram ao mesmo tempo. Sem dar-lhe tempo para voltar atrás, Luellin falou.

— Vá em frente.

— Ah… Sim, então.

Rosenia não tinha escolha além de falar primeiro. Ela acenou com a cabeça calmamente e falou.

— Duque, por que você desmaiou sozinho na propriedade da família Hill?

Era um pouco abrupto fazer essa pergunta, mas Rosenia não sabia se teria outra oportunidade além dessa.

Tinha certeza disso, porque Luellin estava evitando esse assunto, escorregadio como sabão.

‘Ele não vai escapar dessa vez. Vou ouvir uma resposta!’

Rosenia o encarou com os olhos bem abertos. Ele estava muito quieto, a olhando sem agitação nos olhos, para não revelar nada. Ela também o olhou diretamente.

‘Há quanto tempo estamos assim ?’

Luellin finalmente falou.

— Isso importa?

—…?

Rosenia arregalou os olhos com a resposta completamente inesperada.

‘Não posso acreditar. Pensei que ele iria me contar toda a verdade porque ele pensou tanto, mas é a mesma resposta dissimulada!’

Foi assim que todas as suas tentativas falharam. Luellin sempre fugia quando ela tentava saber mais.

Portanto, Rosenia não tinha escolha além de suspeitar dele. Seu encontro acidental, e a atitude dele como se tentasse a cativar, ela suspeitava que talvez houvesse um motivo oculto…

Sem esconder sua insatisfação, ela falou.

— Claro que importa. Eu realmente quero saber. Preciso saber.

— Bem, eu não acho que importe muito.

Luellin se virou e tocou levemente a clavícula dela. Nesse momento, ela sentiu arrepios e estremeceu.

— Não mude de assunto!

— Não me lembro.

— O quê?

— De nada… Eu não me lembro. O motivo de eu estar deitado no jardim desta casa…

— …?

Rosenia o olhou incrédula.

‘Do nada ele diz que não se lembra, isso é obviamente uma mentira. Como ele ousa pensar que eu acreditaria nisso!’

— Eu não lembro de nada do que aconteceu comigo, e porque eu estava jogado na chuva com febre alta… Se não fosse por você, eu estaria morto.

‘… Isso parece plausível… Sério, e ele está falando a verdade?’

Por um momento, Luellin parou de acariciar o cabelo dela e seus olhos brilharam. Como se tivesse acabado de pensar em algo.

— Então, não quero voltar para o meu castelo até recuperar minhas memórias.

— Ah…

‘Existe alguma razão para ele continuar dizendo que não vai voltar ao seu castelo?’

Por algum motivo, Rosenia sentiu que Luellin dizia a verdade, então apenas acenou com a cabeça.

— E até agora…

—…?

A mão dele correu pelo ombro dela, descendo gradualmente. Ela estremeceu com o toque quente contra sua pele.

— Acho que a conexão com você ajudou.

— …A conexão comigo?

— Sim, a conexão corpo a corpo.

O rosto deve enrubesceu com a resposta direta. A forma que Luellin a tocava e a olhava, deixava claro o que ele a queria.

— Então… posso ter a sua permissão hoje?

—…

— Para te tocar, te beijar, e entrar em você…

As mãos dele escorregaram para as costas dela. Ela estava tão envergonhada com o que ele queria que não sabia o que fazer.

— V-você não pode…

Rosenia respondeu timidamente, apertando seu robe com força.

Hesitante, Luellin perguntou.

— Por que não dessa vez?

Rosenia hesitou, e então respondeu.

— B-bem, se começarmos agora… Você não vai me deixar ir até o amanhecer.

— Sim.

Luellin disse orgulhoso, concordando com a cabeça. Rosenia ficou um pouco perplexa, mas continuou.

— Mas, eu… Agora, quero dizer…

—…

— …Estou com fome.

— O quê?

— Está na hora do jantar, e apenas tive um almoço mais cedo, então…Es-estou com fome. Não posso fazer isso até o amanhecer com fome!

Não sabia porque tinha dito isso na frente do homem que tentava seduzi-la. Sentindo-se humilhada, ela gritou e escondeu o rosto contra o peito dele. Quando fechou os olhos com força, escutou uma risada acima dela.

— Ha, haha…!

—….

Luellin, que explodiu em gargalhadas, segurou o corpo trêmulo dela firmemente em seus braços. Ela queria socá-lo, então apertou as mãos trêmulas.

— Ah, sério…

— …

— Tão fofa que está me enlouquecendo.

— …!

Seu corpo que tinha esquentado, ficou mais quente. Ela estava tão envergonhada que começou a lagrimar. Luellin lambeu suas lágrimas. No entanto, as lágrimas não foram a única coisa que ele lambeu. Ela se encontrou seminua, se contorcendo e gemendo.

— D-Duque…

— Seja uma boa garota e fique parada.

— Bem, fome… Estou com fome.

‘Agh, estou com fome! Ele nunca ouviu falar de uma comilona?!’

Luellin gentilmente a acalmou, enquanto ela chorava em seus braços.

— Vamos fazer isso primeiro.

— …

— Depois disso vou te fazer o jantar. Um bem gostoso.

No escuro, os olhos verdes dele brilharam e se curvaram como luas crescentes.

Seus lábios pálidos e retos pareciam se curvar maliciosamente enquanto ele sussurrava.

— Por hora, eu vou comer algo delicioso primeiro.

***

O quarto começou a ser iluminado pela luz da manhã.

Luellin sentou-se na cama e olhou para o rosto de Rosenia.

Ela dormia profundamente, sem vestir nada. Sua pele clara estava cheia de marcas que ele tinha deixado.

Luellin olhou para as marcas com uma expressão satisfeita, então, silenciosamente, estendeu a mão para ela e alisou gentilmente os cabelos escarlates.

A suavidade entre seus dedos eram como fios de seda. Luellin sorriu, e quando estava a ponto de afastar a mão, Rosenia choramingou e agarrou a mão enquanto dormia.

— …!

— Mhmm…

Luellin então se encolheu como se tivesse sido atingido por um raio. Rosenia não soltou a mão dele, e ao invés disso, puxou o braço dele para ela e esfregou o rosto contra ele.

Ficou rígido no lugar e não conseguiu mover um músculo. Toda sua força foi levada por Rosenia. Ele achou adorável vê-la apertar sua mão e murmurar para si mesma.

Suspirou suavemente.

— Ha, sinceramente…

Acariciou a bochecha dela incansavelmente com a mão que não tinha sido capturada. Como se achasse agradável, Rosenia sorriu e esfregou a bochecha contra a mão.

Era como um gato desconfiado que tinha permitido ser tocado por um humano pela primeira vez. Por algum motivo, o coração de Luellin doeu e ele suspirou.

— Sério, você mexe comigo todas as vezes.

— Mmm…

— Mesmo quando está dormindo assim…

— Ah, estou com fome…

— Ainda?

Quando Luellin a perguntou com um sorriso, o rosto dela se contorceu enquanto respondia.

— Mmm…

— Você já comeu tanto.

— Mais…

A conversa dormida dela era tão adorável que ele sorriu para si mesmo. Estava enlouquecendo novamente, querendo abraçá-la apertado e beijar todo o corpo dela.

‘Se eu fizer isso com uma pessoa dormindo, não vou ser considerado um aproveitador?’

Luellin tentou suprimir o desejo que crescia dentro dele.

‘Ao invés disso, vamos para a cozinha fazer muita comida que Rosenia vai gostar.’

Pensando assim, enquanto se levantava, Rosenia apertou a mão dele com força e murmurou..

— Adrian…

— …

— Irmão…

Tradução: Holic.

Revisão: Nopa.