Obsessão inofensiva pelo cativante protagonista masculino. - Capítulo 14
Rosenia manteve os lábios colados antes de gaguejar uma resposta.
— Ah, n-não, você não pode.
— …
Com medo de ter dito muito timidamente, recusou novamente mais alto.
— V-você não pode…!
Mas a voz dela voltou a falhar, então ela pareceu ainda mais tímida.
‘Droga! Por que é tão difícil rejeitar as investidas desse cara? É provavelmente por causa desse rosto absurdamente bonito. Tenho certeza!’
— Por que não?
— ….
Luellin a olhou como se realmente não entendesse. Era tão absurdo que ela não sabia como responder.
Rosenia olhou para o rosto pidão dele confusa.
— Rose, você tem me tocado indiscriminadamente. Mas eu não posso te tocar?
— O-o quê?? Quando eu fiz isso?!
Seu corpo inteiro se tremeu em negação. Porém, ela estava sentada no colo dele e não conseguia se mover totalmente porque ele a segurava firmemente.
Piscando em descrença, ele baixou o olhar como se fosse uma vítima e falou:
— No dia que você me trouxe para essa casa. Você tirou minhas roupas e sentiu meu corpo…
— Ai! Quando eu fiz isso?! Apenas tirei suas roupas!
Era tão ultrajante que Rosenia começou a pirar.
‘Quando eu fiz algo tão sem vergonha?! Apenas tirei as roupas dele porque estavam molhadas!’
— Eu realmente tirei suas roupas, mas nunca toquei seu corpo!
— Mas queria tocar, não queria?
— Não!
‘Não, espera, esse cara tava acordado naquele dia?’
Rosenia o segurou pela gola e indagou.
— Você estava acordado? Então por que não se levantou?
— Ah…
Luellin desviou o olhar dela, e novamente, atuando inocente, continuou.
— Eu estava consciente, mas não conseguia nem abrir os olhos porque era muito difícil.
— …
‘Por que isso parece mentira? Certamente… Ele está falando com os olhos sóbrios e com um rosto honesto. Mas por que isso parece tão suspeito?’
Enquanto estreitava os olhos e o observava, Luellin discretamente pegou as mãos dela e falou.
— Não estou mentindo. Pensava que fosse morrer.
— ….
As palavras dele captaram sua atenção. Por que ele, o Duque de Rayshin, desmaiou no meio da propriedade da família Hill,totalmente sozinho? Ela tinha que perguntar…
‘Devo perguntar agora?’
Observando o seu rosto, Rosenia falou.
— Ei, Duque-
Beijo.
— …?!
Uma súbita sensação na palma de sua mão fez seu corpo congelar.
Luellin começou a beijar descontroladamente a sua mão.
Beijo, beijo, beijo.
‘O-o que ele está fazendo do nada?’
Com o corpo congelado, ela tentou afastar a mão. Mas Luellin, que segurava seu pulso firme, não deixou.
Beijo~
— Ah, ah, por que de repente…?
Após beijar sua palma por um longo tempo, Luellin lambeu a mão dela levemente. Ela se remexeu no colo dele, tentando se afastar de alguma forma. Mas um dos braços dele já tinha rodeado a sua cintura.
‘Hic…!’
A premonição que ela tinha de que ele perderia a razão se tornou realidade.
E agora… O corpo dele estava tão quente quanto fogo novamente.
‘S-sem chance!’
Luellin Rayshin. Quando sua mente chegasse ao limite após aguentar o acúmulo de mana, iria instintivamente procurar alguém para suprimí-lo. Ele tinha perdido todo o controle agora.
‘Não, é muito repentino!’
Luellin, que tinha os lábios grudados na palma dela, finalmente levantou a cabeça.
Seus olhos cor de esmeralda, que Rosenia logo percebeu, estavam inundados de uma loucura mais vívida do que nunca.
-…Rose.
Luellin chamou o nome dela com uma voz embargada. Ela expirou nervosa. E seu coração acelerou.
-Rose, Rosenia.
– Es-pera…
– Minha Rose.
Luellin baixou a cabeça até o seu ombro e beijou a nuca dela enquanto acariciava sua bochecha. Ele repetiu seu nome como um louco.
— Duque, por favor, pare com isso.
— Ro… Ah, ugh!
Enquanto tentava acalmá-lo de alguma forma, ele soltou um gemido com o rosto distorcido.
Rosenia pode sentir os braços que a abraçavam tremerem. Com uma respiração irregular, ele a envolveu mais. Como se fosse um animal ferido.
‘O-o que devo fazer…’
E então, Rosenia percebeu que a condição dele tinha piorado bastante. Ela era a única que poderia salvá-lo…
Havia apenas os dois na casa. Claro, havia também o familiar, mas ele era inútil.
—Ugh…
Assim que Rosenia o viu a agarrando para salvar a própria vida enquanto gemia em agonia, foi tomada pelo medo.
‘Desse jeito, ele pode realmente morrer. Isso não pode acontecer…’
Seu coração disparou. Estava assustada. Tinha medo de que ele morresse. Não porque ele era o protagonista, mas porque ele agora fazia parte da sua rotina diária, mesmo que fosse por um curto período de tempo.
Luellin era alguém que tinha invadido seu coração, chacoalhando-a.
Rosenia nunca tinha conhecido ninguém assim em sua vida. Então, inexplicavelmente, o considerava especial.
Talvez por causa disso, não podia deixá-lo simplesmente morrer.
— Ah, você não pode, não pode morrer.
— …
— Não morra, Duque…
Abraçando-o com força, Rosenia beijou-o ansiosamente na bochecha.
Então, como se sentisse cócegas, Luellin se mexeu e se virou. Enxugando o suor da testa dele com as costas de sua mão, ela moveu a cabeça dele para encontrar seus lábios.
Luellin soltou um suave gemido assim que seus lábios se encontraram. Não demorou muito até que sua respiração, mais quente do que nunca, a atingisse.
Confortando-o com suas mãos acariciando as costas dele, ela o beijou desajeitadamente. O corpo dele estava tão quente que teve a sensação de estar sendo queimada.
O mana, que estava descontrolado dentro dele, começou a fluir para ela, que continuou a absorvê-lo lentamente.
‘Há quanto tempo estamos nos beijamos apaixonadamente?’
Antes de perceber, Rosenia estava deitada sob o corpo dele.
Presa em seus braços, ela estava sem ar graças ao beijo que tornava-se cada vez mais intenso. Decidiu que iria até o fim. Pensou que, ao invés de deixá-lo sofrendo e beijá-lo ocasionalmente para aliviar, era melhor suprimir o mana dele adequadamente.
‘Assim que sua condição melhorar, entrarei em contato com a família dele.’
Uma noite, ou talvez algumas vezes… Ela estava bem com isso. Não pensava em se casar de qualquer forma.
Mas estranhamente, pensar nisso fez seu coração apertar. Tentou pensar em qual seria o motivo, mas sua mente ficou em branco com o som de suas roupas sendo retiradas.
—Ah…
Luellin a olhou gentilmente. Em algum momento, a luz da lamparina se extinguiu, e o fraco luar o iluminava.
Era como um homem pitoresco que só aparecia em mitos.O luar tornava a atmosfera mais encantadora e Rosenia o olhou como se estivesse possuída.
— Rose…
Luellin a chamou como se tivesse recuperado a razão de alguma forma. Gentilmente acariciando a bochecha dela, ele a olhou com olhos afetuosos tão doces quanto o mel.
Por algum motivo, o coração dela estava agitado.
— Gostaria de ter seu consentimento.
A mão dele se moveu, penteando os cabelos dela. Como se estivesse saboreando o contato, ele movia as mãos muito lentamente.
— E eu posso… sentir você…
—…
— Posso entrar em você?
— …
Dessa vez, ela não conseguiu negar. Assentindo, respondeu em voz baixa.
—…Sim.
Então, Luellin deu um sorriso brilhante deslumbrante. Mesmo o luar pareceu ofuscado com tal sorriso.
Completamente possuída pelos lábios que se aproximavam, Rosenia aceitou em silêncio a mão que começou a tocar o seu corpo.
—… Já que você me deu consentimento…
—…
— Eu nunca vou te soltar.
Como ela era a única que podia suprimir o acúmulo de mana, pensou que ele estava falando isso em um estado meio atordoado. Com um suspiro profundo e movimentos rígidos, ela o abraçou gentilmente.
Sendo beijada e tocada em todo lugar, a temperatura de seu corpo aumentou com a excitação.
A dor que sentiu pela sua primeira vez foi logo engolida pelo calor que começou a agitá-la.
Rosenia se tornou uma com ele enquanto era devorada completamente.
A noite, com a luz crescente brilhando no céu, se tornou um tanto sombria e aconchegante. Uma memória que ela jamais esqueceria e que permaneceria gravada em seu corpo.
***
Na manhã seguinte, não, já era meio-dia.
Rosenia acordou com fortes dores.
‘Ah, ai… Parece que as minhas costas vão se partir!’
A noite que passou com Luellin foi realmente incrível. Não, não tinha sido apenas a noite. Porque durou até o amanhecer!
‘Inimaginável, sério… Como uma pessoa consegue fazer isso sem descanso?’
Até o amanhecer, Rosenia foi simplesmente usada indefinidamente.
Quando ficou irritada e disse que estava cansada, Luellin a convenceu com uma voz doce.
—Ainda há mais por vir… Rose. Vamos fazer só mais um pouco, por favor?
A voz, o sorriso, e o rosto bonito a pressionaram. Em lágrimas, ela concordou de novo e de novo.
‘O autor tinha dito que ele era impossível de parar… E acabou sendo verdade. Isso é uma loucura, sério… Quanto mais vou ter que aguentar no futuro? Claro, foi bom, mas foi muito cansativo! A resistência dele é monstruosa!’
— Devo contactar a família do Duque hoje?
Luellin apareceu bem no momento em que ela murmurava seus pensamentos em voz alta.
— O que você está falando?
— Hic.
Rosenia não tinha cometido nenhum crime, mas mesmo assim se encolheu como um ladrão pego em flagrante. Com o cobertor de verão puxado até o peito, olhou para Luellin. Ele lentamente se aproximou.
— Quem você vai contactar?
Luellin perguntou com um sorriso. Mas era um sorriso incomum. Rosenia sorriu desajeitadamente de volta.
‘Por que ele está perguntando? Teremos que entrar em contatá-los algum dia de qualquer forma. Ele não vai para casa?’
O olhar dele era tão intenso que ela não conseguia olhá-lo diretamente. Desviou o olhar e disse a explicação mais plausível que conseguia pensar.
— Sua… família, você não vai voltar? Sua família vai se preocupar.
— Não vou voltar.
— O quê?
Luellin respondeu com tanta naturalidade que ela ficou sem fala.
Com a boca aberta, olhou para Luellin, que tinha cuidadosamente levantado-a nos braços, bem embrulhada com o cobertor.
Sem respondê-la, ele sorriu e perguntou:
— Então, o que você quer primeiro?
— O quê…?
Nesse ponto, parecia que ela só conseguia repetir “o quê”.
— Banho? Café da manhã? Ou…
‘Espera um pouco… Não é o que estou pensando, é?
Seus pensamentos se tornaram realidade.
— Ou, eu primeiro?
‘Isso é loucura. Gente do céu, o que eu supostamente devo fazer ?! Esse cara só pode ter enlouquecido!’
Tradução: Holic.
Revisão: Nopa