Não é seu filho - Capítulo 91
[<Relatório 1 – Sobre a ‘Doença Demoníaca’ se espalhando rapidamente pela capital.
O relatório é resultado da investigação de tendências entre o presente e os últimos seis meses.
Atualmente, uma estranha doença de pele chamada ‘Doença do Diabo’ está se espalhando no Império (a principal área de propagação é a capital).
As principais pessoas afetadas são soldados e veteranos ou membros de suas famílias.
Suspeita-se que a doença possa ter-se propagado no Palácio Imperial ou foi transmitida durante a guerra, e se manifestou no momento presente.
Os principais sintomas incluem: pontos vermelhos; coceira; sensibilidade à dor; e sintomas de febre baixa.
Foi determinado que a doença não é contagiosa, mas ainda é necessária mais investigação, uma vez que os sintomas se encontram principalmente em famílias que vivem na mesma casa.
A razão para o nome “doença do diabo” é que as pessoas que desenvolvem a doença se tornam mais violentas. E a pele escurece.
Atualmente, o único tratamento que consegue aliviar temporariamente a doença é a pomada de Akan.
A procura explosiva pela pomada tornou impossível suprir a demanda.>]
<Referência.>
O país, Akan, irá fornecer 3.000 caixas de pomada Akan.
Também manifestou o seu desejo de participar na ‘Conferência Imperial’ com cerca de 2.000 caixas adicionais da pomada.
“O Príncipe do Reino Akan, Borph, participou como representante do Rei”
“Minha nossa!”
O rapaz estava correndo.
Uma tarde com o sol brilhando forte.
O rapaz retirou suas roupas de corte e corria freneticamente em seus trapos.
“Rápido …… mais rápido! Não sejas pego.”
Um campo largado que ninguém cuidava.
Medo estampado no rosto do rapaz enquanto ele corria através daquela relva.
“Minha nossa!”
No dia em que a criança entrou pela primeira vez no palácio real.
Este era o local de encontro das senhoras nobres que tomavam chá com vista para a bela floresta de fadas no horizonte.
Este lugar, que sempre esteve repleto de chá cheiroso, borboletas e flores, agora está devastado.
Esta mudança aconteceu há apenas quatro anos.
O pequeno garoto, que tinha entrado para cuidar dos belos nobres, tinha-se tornado um rapaz, e no seu rosto, que estava cheio de inveja, havia um claro sinal de morte.
O rapaz corria desesperadamente para fugir do palácio real, que agora se tinha tornado um pesadelo.
“Lá, só preciso chegar lá”.
Com os dentes cerrados, o rapaz correu com o corpo abaixado.
Se ele fosse pego, morreria. Também será comido por aqueles demônios e morrerá terrivelmente.
“Eles vão me fazer de picadinho. O médico maluco vai despedaçar o meu corpo em pedaços e atirar àqueles demônios horríveis para os alimentar!
O rapaz fechou os olhos, tentando esquecer as cenas cruéis que não paravam de passar diante dos seus olhos.
Mas foi em vão.
Em vez disso, a cena que havia visto a alguns dias atrás se tornou mais vívida.
Dezenas de enormes banheiras cheias de sangue.
E dezenas de cadáveres pendurados de cabeça para baixo.
Humanos, demônios e fadas estavam todos pendurados e sangrando.
O médico real, Lyric, e o Rei deste país, andavam calmamente entre eles.
— Como esperado, o corpo das fadas não é compatível com o dos demônios. Se os juntar, necrosam.
— Para uní-los, precisamos de um núcleo de fada maior, que possa suportar a junção.
— Mas sabe como é difícil conseguir um núcleo de fada maior, não?
— Bem, não há outra maneira para juntar fadas e demônios.
— Deixe as fadas em paz por enquanto. Como prometido, a primeira coisa que devemos fazer é derrubar o Império. Você disse que queria ver um reino humano sem Deus.
— Sim.
— Vossa Majestade.
— Bem, isso é algo bom de se ouvir. Seria por isso que os humanos vendem sua alma para os demônios?
Com uma risada brutal, o rei puxou um dos jovens cadáveres humanos pendurados na parede e começou a mastigar os dedos.
O menino quase fez xixi ao ouvir o estalar de ossos.
— Por que estou aqui…
Em algum momento, o Rei, que parecia um cadáver, reviveu e caminhou pelo palácio real.
A partir desse dia, os servos reais começaram a desaparecer e, a certa altura, restavam apenas 40 ou mais das centenas originais.
O menino era um deles.
Um servo que limpava o palácio real sem ser visto pelo Rei e nobres, cozinhava e os servia.
Daquele dia em diante, ele apenas trabalhou sem questionar sobre seus colegas que desapareciam um a um.
Por instinto, ele sabia que se perguntasse, coisas terríveis aconteceriam. Então o menino se poupou e, como uma máquina de verdade, concentrou-se em seus afazeres.
— Você, traga isso aqui.
“Eu só parei no porão por um instante para pegar algo para um nobre que passava naquele dia.”
Entretanto, a porta foi aberta e era pecado olhar para dentro com curiosidade.
“Eu não conseguia sair, pois a força das minhas pernas estava acabando.”
A estranha cena de cadáveres pendurados de cabeça para baixo abalou o menino e o impediu de se mover. Nesse estado, ele ouviu a presença de alguém, o menino, assustou-se e escondeu-se atrás do cadáver esculpido, ofegante.
Ele estava tremendo entre os corpos frios completamente drenados, esperando que o Rei e o médico fossem embora.
Mesmo quando o rosto de Ahin, que esteve com ele até o mês passado, surgiu em seus olhos como um menino deitado e incapaz de respirar…
Ele cerrou os dentes e conteve o barulho.
E quando finalmente ficou sozinho, o menino subiu desesperado para seu quarto.
— Temos que sair daqui agora.
“Minha maior preocupação era não conseguir o remédio que o palácio real fornecia.”
“Uma prova de lealdade.”
Nobres ou servos, todos tinham que beber o remédio.
Sem aquele remédio, a cabeça doía o dia todo, e surgia uma vontade de quebrar tudo.
Na verdade, aqueles que recusaram o remédio nos estágios iniciais causaram problemas e mataram muitas pessoas.
No entanto, se tomar o remédio, todos os sintomas desaparecem em um instante.
“Minha cabeça estava um pouco tonta, mas minha força física e força aumentaram.”
Todos estavam viciados no remédio e, sem ele, ficavam nervosos. A lealdade dos servos era mais pelo remédio do que pelo dinheiro.
O menino também era viciado nele, mas menos que os outros.
O menino vomitou a noite toda na primeira vez que tomou o remédio, que diziam ser bom para ‘recuperar da fadiga’.
Por estar com pressa, comeu tudo que tinha.
No entanto, vomitou algo estranho.
Era para ter saído sua comida, porém uma água preta saiu. Sem mencionar o cheiro nojento.
“Foi estranho. Eu não tinha comido nada daquela cor naquele dia…”
Graças a isso, o menino hesitou em tomar o remédio mesmo quando recebeu outro no mês seguinte.
“Eu nem o bebi, mas senti que ia regurgitar.”
Mesmo assim, havia tantas pessoas que acreditavam na eficácia do remédio, que ele começou a tomá-lo de pouco em pouco.
“Por isso minha dependência era menor do que a de outras pessoas.”
“Está bem. Tenho bastante remédio.”
O menino correu, consciente da pequena garrafa em seu bolso, e finalmente chegou perto da Floresta de Fadas.
— Minha nossa!
Expirando, o menino olhou para o palácio real de dentro da Floresta de Fadas.
“Não pensei nisso enquanto estava correndo, mas havia algo estranho nisso.”
“Por que foi tão fácil?”
A fuga foi muito mais fácil do que ele imaginou.
Não importa se o príncipe e Lyric estavam fora da cidade, havia aqueles cavaleiros suspeitos que ele comandava. Cavaleiros sem olhos humanos guardando o palácio.
No entanto, o menino nunca os encontrou enquanto deixava o palácio. Como se alguém tivesse limpado o caminho para ele.
“Não pode ser…”
Ele se livrou de seus pensamentos ruins.
Parado sob a luz do sol, o palácio real era tão esplêndido e belo como em um conto de fadas.
Mas, mesmo assim, parecia sombrio como um cemitério.
O menino olhou para trás, para o castelo e voltou correndo para a Floresta de Fadas.
* * *
— Estou com sede.
Mais dois dias se passaram.
O menino levou o cantil que carregava aos lábios, mas não caiu uma gota d’água.
“… Vou morrer assim?”
Ele riu em desespero.
“Devo dizer que é sorte não ter morrido cortado em pedaços depois de ter o sangue de todo o meu corpo drenado?”
“Foi difícil porque eu estava com sede, mas não foi doloroso.”
Segurando sua cabeça pesada, o menino se moveu devagar.
O estranho é que a Floresta de Fadas era muito quieta.
Não havia névoa que mostrasse ilusões, e nenhum espírito malicioso.
Mesmo sendo tarde da noite, não havia nem mesmo o espírito da escuridão.
O silêncio era assustador.
Houve um silêncio sem fim, como se tudo tivesse desaparecido sem respirar.
Além disso, o caminho para sair da floresta desapareceu porque ele entrou muito fundo nela.
“Parece que me perdi.”
“…Eu não quero morrer.”
O menino deitou-se, mastigando as raízes de grama.
Ele estava com fome, sua cabeça doía e não tinha energia.
“Devo tomar remédio?”
No primeiro dia, ele aguentou sem tomar o remédio.
Ao anoitecer, sentiu o efeito do remédio passar e sua cabeça começou a ferver de raiva.
Surgiu a loucura de querer quebrar tudo. Suas mãos e pés estavam todos dormentes.
Mas conforme continuou andando pela floresta, a sensação foi diminuindo.
Se ele pudesse aguentar sem tomar remédio, ele queria continuar assim.
No entanto, ele não conseguiu identificar quando sua mente ficou clara.
“Parece que estou dando voltas e mais voltas no mesmo lugar.”
Parecia estar preso em um labirinto invisível.
Pensou que encontraria algo dentro, mas não conseguiu encontrar a entrada.
Nesse ponto, perdeu sua força e motivação.
“Mas, se eu tomar aquele remédio, acho que vou me recuperar um pouco…”
O menino tirou o frasco de remédio do bolso.
“Vou comer só um.”
Depois de hesitar, o menino abriu o frasco e pegou um comprimido.
Quando ele estava prestes a colocá-lo na boca, alguém agarrou o pulso do menino com força.
kijarinha
o nome do príncipe me lembra a onomatopéia do vômito HAHAHAHAHAHAAH Bhur Bhur Bhur Bhur Bhur