Me tornei uma criada em uma novela de romance adolescente - Capítulo 51
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- Capítulo 51 - O nome do Grifo.
— Eu gosto desse Grifo também.
Ela lentamente estendeu o braço e fez carinho no pelo em seu peito. O grifo fechou os olhos, apreciando o toque como da primeira vez.
— Você gosta de coisas estranhas.
— Vossa Majestade tem seus pensamentos bem definidos. E se Vossa Majestade o escolheu, então ele é o mais forte, certo?
O rei acenou com a cabeça.
— Ele é o líder deles. A razão pela qual os Grifos estão tão comportados é que todos perderam para esse cara.
— A vida desse pássaro parece ser bem agitada.
O Grifo do Leo também se machucou sendo caçado por esse Grifo?
‘Isso é muito estranho.’
Ele estava calmo no momento. Como parecia gostar de receber carinho assim, é incrível que ele seja tão violento.
Por que ele estava agindo diferente?
Quando parei por um momento, o Grifo começou a resmungar e chorar.
— Está pedindo para que eu não pare, certo?
Ele assentiu. Sorri e voltei a acariciá-lo.
— Os Grifos possuem magia e uma constituição forte.
Era um pouco inesperado. Bem, era um pássaro que comia Mana. Esse era o motivo pelo qual só podiam ser domesticados dessa forma em Ibéria.
— É estranho que ele se sinta confortável com meu toque.
Eu não era o oposto da Magia? Supostamente, ele deveria se sentir desconfortável só por eu tocá-lo.
‘Por acaso você se sente refrescado?’
Olhei para ele de novo. Um pássaro com lindos olhos verdes estava apreciando meu toque com os olhos meio abertos.
‘É tão bom assim?
De qualquer forma, não achava que teria outra oportunidade assim, então aproveitei para tocá-lo o máximo que podia.
— O Grifo do rei possui uma sentença gravada em seu corpo.
Quando levantei a mão, o Grifo resmungou e grunhiu.
‘Espera, esse é o pássaro do rei…’
Podia tocá-lo normalmente? Por que nos demos tão bem?
— Ele compartilha minha vontade até certo ponto.
O rei tinha uma luz azul em sua mão. Logo, pedras transparentes encheram a sua mão.
— E a minha magia.
Ele o deu o Mana. Mas o pássaro recusou e virou a cabeça!
‘In-incrível.’
Fiquei profundamente impressionada com a coragem do pássaro. Ele era surpreendente. Como poderia se rebelar contra uma pessoa tão assustadora?
‘Quero usá-lo como modelo a seguir.’
Qual caminho deveria percorrer para ser forte como você?
O rei balançou a cabeça e jogou o Mana no lago. Os cristais transparentes afundaram.
— Qual o nome dele?
Continuei acariciando-o e perguntei. Então, os músculos do pássaro ficaram estranhamente rígidos.
‘Por que você ficou assim de repente?’
O pássaro reclamou duas vezes. Olhei para o rei em silêncio. Sua Majestade riu muito satisfatoriamente.
— Mosca.
Pensei ter ouvido errado.
— O quê?
— Mosca. Foi o nome que escolhi quando o encontrei pela primeira vez.
‘Um nome assim para um pássaro tão inteligente!’
Gritei internamente.
‘Vossa Majestade. Ele está zangado. Por que você o deu um nome tão estranho?’
— É um bom nome.
— O que Vossa Majestade está dizendo?
Ele ainda estava rindo. Apenas então me dei conta de que eles não se davam bem.
‘Isso foi definitivamente de propósito.’
O rei escolheu um nome ridículo porque o pássaro não o escutava. Então o pássaro narcisista vai continuar muito irritado com isso.
‘Você tem uma personalidade ruim.’
Olhei para o rei novamente. Sua beleza permanecia a mesma.
— Minha Mosca está rejeitando o Mana.
O pássaro voltou a resmungar.
— Ele parece não gostar.
— Não sei o que tem de errado com o Mosca.
Senti pena do Grifo. Então suspirei e gentilmente acariciei perto dos olhos do Grifo.
— Você enfrenta muitas dificuldades.
O pássaro olhou para mim. Encontrando seus lindos olhos, encostei minha testa com a dele. Senti um pêlo espesso, mas macio.
‘Acho que desenvolvi uma inesperada amizade com um pássaro.’
O rei me encarou e tocou meu nariz.
— Meu Grifo, o pássaro e o coelho são próximos.
Majestade, quando o chefe é cruel, os funcionários tendem a se aproximar.
‘À propósito, Seraphie já viu o Mosca?’
Fiquei um pouco curiosa.
— Vossa Majestade, a Santa também conhece esse Grifo?
— Eu trouxe o pássaro no Mosca.
O Grifo soluçou novamente. Não importava como olhasse, ele realmente odiava esse nome
‘Ah, por isso que ela o conhece.’
Olhei para o Mosca novamente. Era realmente um pássaro muito bonito e elegante para ter um nome assim.
— O Mosca gosta de coisas bonitas.
O grifo voltou a chorar. O rei não parou de chamá-lo pelo nome mesmo que o pobrezinho odiasse isso.
‘Uma pessoa má.’
Não estava sendo muito cruel?
O Grifo parecia ser uma criança sensível, como o rei poderia continuar o atormentando assim?
De repente, ele me colocou bem na frente do Grifo.
— Esse coelho é meu.
O pássaro soltou um breve grito.
— Ele disse que gosta de você.
— Como Vossa Majestade sabe disso?
— Viajei com ele por um longo tempo. Houveram muitas vezes em que eu era um príncipe e nós quase morremos de fome porque ainda não conseguia produzir Mana.
Inclinei a cabeça olhando para o Mosca. O Grifo parecia duas vezes maior que os outros. Foi mesmo difícil conseguir comida mesmo ele sendo assim?
— Esse cara foi rejeitado pelo seu bando por ter uma cor diferente. E era constantemente atacado por espécies macho.
— Por qual razão?
— Grifos são inteligentes e têm boa memória. Os que têm a cor diferente ficam maiores e mais fortes. Os machos sabiam disso.
Afaguei os pelos do peito do pássaro novamente.
— Você também sofreu muito.
Quantas dificuldades o rei e o Mosca enfrentaram na fronteira? Olhei para o homem que continuava impecavelmente lindo. Ele parecia bem forte, uma pessoa que conseguia me segurar no braço por muito tempo.
‘Não consigo acreditar que essa pessoa um dia já foi fraca.’
Parecia ser alguém que não queimaria mesmo no fogo e conseguiria mastigar ferro. Não seria esperado que alguém assim desviasse de qualquer lâmina que surgisse, não importava quem fosse o inimigo?
— Bem, se ele gosta do coelho então você pode montá-lo.
O rei balançou o polegar para o Grifo que dobrou o joelho.
Ele me colocou em cima do pássaro.
— Ma-majestade, posso realmente fazer isso?
— Fique calma.
Não sabia o que fazer com as minhas pernas. Enquanto me movia para frente e para trás, o rei chamou alguns homens. Os soldados vieram em nossa direção com uma corda de ouro.
— Sente-se apropriadamente.
— Como faço isso?
— Abra mais suas pernas, e encoste a parte superior de seu corpo no Grifo.
Eu me movi como ele me disse para fazer. No entanto, suas instruções eram um pouco estranhas.
— Es-estou fazendo certo?
Era realmente assim que tinha que ser? Não era um pouco demais?
— Está certo. Meu coelho é muito inteligente.
Os soldados se aproximaram com a corda e a colocaram no Grifo. Ele bateu as asas para medir o quão firmemente elas estavam amarradas.
— Solte um pouco.
Então, eles afrouxaram um pouco a corda. Enterrei meu rosto contra o Grifo por algum motivo envergonhada.
‘Parece uma pose de sapo.’
Pensei que seria uma experiência de cavalgar graciosamente. Mas eu tinha que ficar nessa pose de sapo…
‘A realidade é dura.’
Nos filmes, as pessoas sempre cavalgam com dignidade e braços abertos! Claro, tinha que pensar na segurança, mas essa pose já era demais!
O Grifo bateu as asas enquanto os soldados recuavam após acabar o trabalho. Foi tão forte que foi difícil abrir os olhos imediatamente.
A gravidade sumiu em um instante. O chão se moveu e o lugar para apoiar os pés desapareceu.
‘Ele está voando!
Não conseguia mais ver o chão, apenas o céu além das muralhas cinzentas.
— Não voe muito rápido. Pode assustar o coelho.
O Grifo resmungou, mas ajustou sua velocidade.
‘Ah, meu Deus…’
Os pelos do Grifo e o meu cabelo se agitavam muito. Mas não tive problemas para apreciar a vista. Lembrei de quando andei em uma montanha russa. Dessa vez, não havia um dispositivo de segurança, mas o sentimento era parecido.
‘Incrível..’
Eu estava voando. O céu azul e as nuvens brancas se aproximaram. O Grifo sobrevoando as árvores, virou levemente para a esquerda.
— Uau…
Um rio apareceu à distância. Olhei para esse novo mundo sedenta por informações. O que eu via enquanto caminhava e o que eu via voando eram tão diferentes.
Senti o cheiro do rio. Ele corria seu curso vagarosamente.
‘Existem terras agrícolas.’
Observei um fazendeiro cultivando trigo. A casa, o feno empilhado e os sinos de cerâmicas transmitiam uma visão pacífica.
— Surpreendentemente, você não está assustada.
— Eu gosto disso. Então é assim que se sente voar pelos céus.
Estava firmemente amarrada para ter medo. Minha cintura e meus quadris estavam bem presos, dificultando as chances de queda.
O vento que roçava a ponta do meu nariz era frio. E acima de tudo, o rei estava atrás de mim.
Eu sorri, talvez por estar me sentindo segura. Ele estava preocupado?
— Se eu cair, Vossa Majestade vai me salvar, certo?
Não pude ver sua expressão porque ele estava atrás de mim. Talvez por causa disso me senti mais à vontade para fazer um comentário assim. Mas a presença dele me fazia sentir estranhamente segura.
— Agora você acredita em mim.
Concordei ligeiramente. Na verdade, eu não acreditava totalmente. Mas achava que ele me salvaria.
‘Porque sou o seu coelho.’
Quais coisas que ele dizia eram verdadeiras e quais eram inventadas? O que significava dizer que eu seria valorizada e que minha vida seria salva?
— Vossa Majestade percebeu?
Olhei para o rio profundo. O Grifo se aproximou mais e deixou que a água tocasse seus pés para depois agitá-los.
— Vossa Majestade estava dizendo a verdade quando falou que ia me proteger. Eu fui muito fria.
Eles eram personagens de livros, mas não conseguia mais enxergá-los apenas assim.
Em “Pássaro enjaulado”, só aparecia o Rei e a Santa. Não havia enfermeira, as criadas ou o Leo. Eles não foram mencionados em nem uma única linha.
‘Mas eles existem.’
Então devo tratá-los como pessoas de verdade. Eles estão vivos. Não queria me arrepender como fiz com Alex.
Fechei os olhos por um instante e os abri novamente. O vento fez cócegas em minha orelha.
— Eu lhe imploro.
Estava muito preocupada se devia ou não falar isso. Mas não tinha outra escolha.
— Deixe-me ver a Santa.
Ainda não sabia o porquê de ela ser tão gentil comigo. Porém, Seraphie era tão boa quanto no livro.
‘Ela vai se sentir feliz de me ter por perto?’
Lembrei-me dela se divertindo enquanto me vestia com uma pilha de roupas. Não importava o quanto ela ficasse presa, um dia haveria um limite.
— E deixe-a sair.
Ouvi o som do bater das asas do Grifo. Um breve silêncio caiu. Esperei pelas suas palavras.
— Diga-me o porquê.
— Assim como os grifos que precisam voar às vezes, os pássaros também não deveriam sair um pouco da gaiola?
Parecia que estava me referindo à Seraphie, mas, na verdade, era mais para mim. Se as coisas continuarem como estão, algum dia meu final chegará. Sua força não era apenas devido ao seu poder santo, mas também a sua honestidade, beleza e bondade.
Quantas pessoas recusariam um pedido de uma Santa assim?
‘Você não pode ficar presa.’
Uma linda e lamentável jovem que não tinha liberdade. Era natural que as pessoas sentissem pena. Então, alguém tentará ajudá-la.
‘É melhor dar a ela até mesmo um pouco de liberdade para aliviar a culpa das pessoas ao seu redor.’
Era uma atitude maldosa. Mas era assim que Lee Hwa-yoon agia, como uma pessoa egoísta.
— Você está pedindo um favor estranho.
Eu sorri. Sua Majestade estava certa. Era um pedido estranho.
— Eu disse que se ela não fugisse, poderia ser livre, mas o pássaro recusou.
— Ela é uma Santa.
Era típico dos santos não se curvar até o fim.
— Você está certa. Não podemos mantê-la trancada.
Concordei com a cabeça.
‘Isso mesmo, Vossa Majestade. Precisa ser pacífico agora, mas não seja assim no futuro. Não baixe a guarda.’
No livro original, ela escapou com a ajuda da Nina e do Grão-Duque. Era assim que Seraphie era.
— Se eu ouvir seu pedido, o que ganho em troca?
Tradução: Holic.
Revisão: Yenny.