Me tornei uma criada em uma novela de romance adolescente - Capítulo 46
- Home
- Me tornei uma criada em uma novela de romance adolescente
- Capítulo 46 - Se você não precisa, dê para mim.
Seus lindos olhos mostravam descontentamento. O coelho tinha tratado bem seus ferimentos e foi para o jardim, mas desmaiou porque estava fraca.
– Qual é a razão?
– Dio disse que ela colapsou por causa do estresse, ela estava simplesmente com muitas preocupações na cabeça.
– Não sei que tantas preocupações ela guarda naquela cabecinha.
O rei baixou os braços e recostou-se na cadeira.
– Eu consigo imaginar…
– Conte-me.
– Teve o problema com a Rainha Sol, e com o Grão-Duque Alexon. Nina tem muito o que pensar.
Ele sorriu sarcasticamente com as palavras da criada. Mas concordava com Sabina até certo ponto.
‘Você deve estar com medo.’
Ele pensou que por mais que Nina parecesse bem agora, quando acordou, estava tremendo. Quase morrer deixava uma grande cicatriz na vida da pessoa.
Lembrou-se de quando tinha sido ferido na fronteira por soldados que usavam alucinógenos. Certamente tinha cortado outras pessoas desesperadamente porque não queria morrer. E depois disso, algo dentro dele se quebrou.
– Onde ela está agora?
– Está na enfermaria.
O rei apoiou o queixo na mão. Seu cabelo preto roçou em seu pulso.
– Ela continua se machucando. Desde quando meu castelo é um lugar tão difícil?
– Acho que é apenas azar.
– O coelho é inteligente, mas parece que sempre se envolve em algum acidente.
Sabina riu um pouco. Palavras similares circulavam pelas bocas das criadas. Quando mais de uma pessoa estava reunida, sempre diziam isso. A pequena criada era inteligente e tinha uma personalidade brilhante, então por que continuava se machucando?
– Acho que entendo um pouco.
O rei olhou para sua ajudante fiel. Sabina respondeu com um encolher de ombros.
– Ela se destaca.
Seus olhos se estreitaram.
– O coelho?
– Ela é bonita. E é intensa. Seu cabelo loiro platinado se destaca, e seus olhos vermelhos a tornam ainda mais atrativa. Quando a vi pela primeira vez, fiquei maravilhada com sua aparência.
Ela não conseguia se manter sem expressão em frente àquele rosto. A própria Sabina era tão vulnerável à Nina. Era difícil odiar uma criança que mostrava seu afeto com as bochechas vermelhas.
– Até mesmo o Grão-Duque se apaixonou.
O rei franziu a testa ligeiramente. Sabina abaixou um pouco a cabeça, se desculpando.
– Ela também é inteligente.
– Você está falando muito.
Ele se lembrou da criança naquela noite. Ela estava tremendo, mas não se acanhou em nenhum momento.
– Foi fantástico.
A empregada se manteve bem. Parecia simples, mas não era fácil manter a compostura diante de alguém muito poderoso. Era comum concordar com qualquer coisa e se deixar levar.
Mas Nina Cage nunca baixou a cabeça.
Pensando bem, a criança tinha sido assim desde a primeira vez que a conheceu. Ela ficou envergonhada, mas não se deixou levar.
– Quando lhe ofereci algo, ela disse que o queria. Eu não podia dar..
Ele não pôde dizer nada porque foi um pedido infantil. Mas foi fofo.
– Vossa Majestade, acha interessante?
Quando questionado por Sabina, ele concordou prontamente.
– Se isso não é interessante, então o que é?
Sabina baixou ligeiramente a cabeça. Era o que esperava. O rei tinha sentimentos especiais pela criança, mas não havia se dado conta.
Preocupações maiores estavam por vir.
‘Mas você já caiu.’
Por quanto tempo o interesse do rei duraria? Três ou cinco anos? Era a primeira vez que isso acontecia, então não podia chegar a uma conclusão.
Mas havia algo que ela precisava verificar. Sabina cautelosamente apostou em sua sorte.
– Nina Cage é um coelho?
O rei respondeu sem pensar muito.
– Sim, ela é um coelho.
– Sim. Entendido.
Nesse caso ela não precisava relatar o resto.
Era um problema muito vago.
Não parecia necessário informar ao rei que Sir Leo voou em um Grifo até o Grão-Duque e espalhou flores. Se ele pensava que Nina Cage era um coelho, essa informação não era realmente importante.
O rei pegou uma folha do monte organizado. O conteúdo era o mesmo de sempre.
– Eles dizem que vai haver uma seca no Oeste.
– É um problema frequente, mas ouvi dizer que este ano as notícias são excepcionalmente ruins.
– Farei tudo que estiver ao meu alcance, mas na pior das hipóteses, mandarei ajuda quando acontecer.
Sabina olhou para o rei preocupada.
– Vossa Majestade, está se sentindo bem?
– Estou bem. Tenho um coelho e um pássaro para quando precisar.
– Deixarei tudo pronto para quando for necessário.
Sua ajudante fiel se inclinou silenciosamente. Ele a olhou e se levantou do assento ruidosamente.
– Estou indo para a enfermaria.
A escolta seguiu o rei rapidamente. Sabina olhou para suas costas enquanto ele se afastava.
Nenhuma mulher jamais tinha movido o rei. Se tivesse que escolher uma, seria a mulher presa no quarto interno, mas ele nunca a colocou na frente dos deveres políticos.
‘Quer você saiba ou não, está mudando…’
Ele realmente pensava nela apenas como um coelho?
Sabina balançou a cabeça ligeiramente. Precisava estar preparada para o que viesse, mas não funcionaria se ele nem estivesse consciente do que sentia.
‘Seria melhor se você soubesse, mas não posso te dizer.’
Não é que ela não quisesse, simplesmente não podia. Ele não entenderia mesmo que ela falasse.
Sabina olhou os documentos na mesa. Como o rei tinha dito, estava cheio de relatórios sobre a seca no Oeste. Ela olhou pela janela. O céu estava com uma tonalidade azul claro.
Este lado do país era tão bonito que era difícil de acreditar em como o Oeste estava passando por tantas dificuldades. Mas definitivamente era verdade. Sobre a mesa, também havia uma verdade que eles não sabiam.
***
Era início da noite, mas a enfermaria estava vazia. A enfermeira baixou a cabeça consternada com a visita repentina do rei.
– Onde está?
A enfermeira o guiou apressadamente. Na verdade, não era necessário que ela o guiasse. Havia apenas uma divisória armada no grande espaço.
Ele entrou sem hesitação. Então riu um pouco. Havia uma pessoa familiar e inesperada no pequeno espaço.
– Vossa Majestade.
O médico com o cabelo preso em uma bagunça estava lendo um livro de medicina. Pelo que era do conhecimento do rei, o homem não precisava estar neste espaço também.
– E o coelho?
– Está bem.
O rei olhou para a criança. A criança dormia como quando estava em seu quarto. Mas o cenário era diferente.
Ela segurava com força a mão enluvada do médico.
As mãos unidas chamaram sua atenção.
– É por isso que você está aqui?
– Ela não me soltou.
O rei se sentou casualmente na cama com o coelho. A criança era pequena, então havia muito espaço sobrando.
Ele olhou para Dio, jogando o cabelo para trás. O amigo que encontrou depois de bastante tempo estava quieto. Seu cabelo, mãos enluvadas e monóculos eram sempre os mesmos.
Então o rei perguntou.
– Desde quando você é tão gentil?
– Meu coração é assim, Majestade.
– Não achei que o Diomede que conheci fosse assim.
O médico cobriu o livro e disse:
– As pessoas mudam.
O rei sorriu brevemente. Então olhou para a criança corada dormindo. Seu cabelo loiro estava um pouco maior do que quando se conheceram, mas continuava curto.
Depois de ouvir Sabina, prestou atenção na aparência da garota.
Seus cílios eram platinados, da mesma cor do cabelo. Suas bochechas estavam um pouco vermelhas e seus lábios eram rosa pálido.
‘Seus olhos são da mesma cor que os meus.’
Mas também era um pouco diferente. Os olhos da criança estavam sempre brilhando.
‘Acho que o corvo vai adorar.’
Às vezes, olhar para esses olhos o fazia sentir-se bem. Talvez fosse por isso que queria mantê-la ao seu lado.
Ele tocou gentilmente os lábios da criança. A criada murmurou um pouco dormindo como se estivesse incomodada.
-Hung!
Também moveu o braço como se fosse afastar a mão dela. O rei riu porque era engraçado.
Dio balançou a cabeça e disse:
– Não a toque enquanto dorme.
– Você a deu pílulas para dormir?
– Tive que dar 3 vezes a dose. Do contrário, não faria efeito.
Era uma boa quantidade de droga.
– Por que ela está doente?
Dio olhou para o rei. Não esperava que ele perguntasse isso.
– Não entendo o motivo.
– Ainda há muita especulação. Informarei quando tiver certeza.
– Está bem. Diga-me.
O rei bateu levemente no nariz da criança. A criada franziu a testa como se não gostasse.
– É o meu coelho, então deveria saber tudo sobre ela.
O médico sorriu amargamente e balançou a cabeça.
– Ela é fofa.
– Sabina disse algo semelhante.
– Se até mesmo Sabina disse isso, então é verdade.
O relacionamento dos dois homens era antigo e não precisava de explicações. O rei sorriu e olhou para o amigo. Dio suspirou e tirou os óculos.
– No início, pensei que Vossa Majestade estava deliberadamente tentando tirar o foco de atenção sobre a Santa. Mas percebi que estava falando sério quando ela foi ferida pela Rainha Sol.
– É um coelho raro. Não posso perdê-la.
– Mesmo que fosse por causa da sensação ao tocá-la, ainda foi uma reação excessiva.
O rei apoiou o queixo. Ficou um pouco surpreso de pensar nisso. A partir de algum momento, começou a ficar muito preocupado com ela.
A colocou em uma gaiola enorme de propósito (N/T: o quarto dela, ou o palácio interno), mas mesmo assim, o coelho se feriu e adoeceu todos os dias.
– Foi a primeira vez que vi uma reação assim.
Talvez o problema fosse que o coelho foi colocado em uma gaiola feita para pássaros? Ele estava profundamente pertubado.
‘Posso separá-las, mas o pássaro vai ficar com raiva.’
O pássaro gostava do coelho. Mas o coelho parecia agir friamente em relação ao pássaro.
– A acha interessante Majestade?
Essa tinha sido a mesma pergunta que ouviu de Sabina.
– É o meu coelho.
– Ela tem uma constituição física única.
A criança dormia, respirando suavemente. Já tinha dormido por bastante tempo mas ainda não acordava, era a prova de que estava realmente cansada.
– Não consigo imaginar o motivo de Vossa Majestade se sentir refrescado ao tocá-la. Mas soube que a resiliência da criança aumentou drasticamente depois que a Santa curou o coração dela.
– Mas por que ela continua desmaiando?
– Acho que está passando por um pequeno conflito entre sua resiliência e o poder santo.
O rei franziu a testa. Ninguém jamais reagiu negativamente ao poder da Santa. Era efetivo até mesmo em restaurar a vitalidade dos usuários de magia.
– Não consigo entender.
– Sua constituição é rara. E tem mais uma coisa.
– Conte-me.
– Por que a Catedral não sabia disso?
O rei se perdeu em pensamentos. Se eles soubessem disso, a teriam usado.
Eles eram mais astutos que a Rainha Sol. Eram tão persistentes que chegava a ser cansativo.
– A Catedral a enviou de propósito?
– Eu não sei muito. O que Vossa Majestade gostaria de fazer?
O rei olhou para a criança que dormia sem saber de nada.
Acariciou a bochecha da garota. A sensação fresca ainda era agradável.
– Vou correr o risco.
Desde o princípio, o correto era se afastar. Mas ele queria mantê-la ao seu lado.
– Ela é minha.
– Mesmo que se torne um incômodo?
– É só um coelho. Coelhos são fofos, e não há nada que eu não possa fazer.
Dio baixou a cabeça. A decisão do rei tinha sido tomada, então tudo que ele precisava era segui-la.
– Isso é um alívio. Assim vou poder continuar a estudá-la.
– Que engraçado.
O rei acariciou a testa da criança. Sentiu uma sensação fria na ponta dos seus dedos.
– As pessoas ao redor são gentis com essa criança.
– Vossa Majestade é o mais gentil.
– O coelho não vai ser mandado a lugar nenhum. Decidi que quero mantê-la por perto.
– Posso perguntar o porquê?
– Precisa de um motivo? Eu sou o rei.
Então olhou a mão de Dio que a criança estava segurando. A menina parecia ser uma pessoa que gostava de tocar os outros.
Ele se lembrou dela tentando afastar a mão dele durante o sono. Mas quando ele a tocava consciente, ela sempre ficava surpresa e envergonhada.
Era engraçado de se observar.
‘Mas não gosto disso.’
Era um coelho que vagava mais do que ele pensava. Leo, Dio e Alexon. Já eram três.
Ela seguiria apenas a ele se a alimentasse melhor?
Imaginou a garotinha o seguindo, sempre cantando.
‘Acho que não.’
Era uma criança com uma cabeça brilhante. E como um coelho, sempre procurava uma maneira de fugir.
Então Dio disse algo inesperado.
– Se não precisar mais dela, então a dê para mim.
N/T: Que é isso? Festa dos lolicons?
N/R: Tô passada com esse harém reverso.
Tradução: Holic.
Revisão: Yenny.
Nao chan
Oooo…. 😲 como assim, Dio?