Me tornei uma criada em uma novela de romance adolescente - Capítulo 29
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- Capítulo 29 - Então Nina, não chore.
– É possível gravar mais de uma?
– Sim, mas é menos eficiente. É comum gravar sentenças que se encaixam na maioria dos atributos.
Incline a cabeça.
– Mas quais são os atributos?
– Algumas pessoas podem usar o fogo e outras o vento. Isso é chamado de atributo. Ainda existem alguns desconhecidos, então estudiosos estão pesquisando sobre isso.
Cerrei o punho. Foi isso o que eu toquei então.
‘Estava muito quente…’
O rei sempre sente calor?
‘Havia um motivo para ser tocada por ele.’
Finalmente entendi porque ele continuava me tocando dizendo que era refrescante. Eu era um ar-condicionado potente, não uma esposa de bambu.
‘É semelhante a alguém que está sempre com calor e fica tomando sorvete?’
Suspirei sem perceber. Finalmente tinha encontrado alguém para responder minhas perguntas de forma simples e fácil de entender, mas senti que meus sentimentos apenas se tornaram mais complicados.
– O poder tanto também grava sentenças.
Olhei para ele espantada. Eu não sabia, não fazia ideia.
– Dizem que é como um circuito. Para usar o poder em maior eficácia, gravam as sentenças.
– Então, a Santa tem uma sentença também?
– Não sei como é a sentença da Santa, mas ela deve ter. Não parece estar gravada nas costas. Ouvi dizer que não está à vista.
Espere, então há uma coisa que eu preciso saber.
Coloquei minha mão no meu ombro.
– Acho que eu também tenho poder santo, certo? Posso usar o mesmo poder que a santa se eu tiver uma sentença?
Beato pensou um pouco e balançou a cabeça.
– Seu poder é fraco. Se fosse realmente forte, não teria sido criada no orfanato. A Igreja valoriza os que tem poder.
Ele voltou ao livro.
– A Igreja tem uma história de ganhar dinheiro com poder santo por mais de mil anos. A pesquisa deles sobre sentenças não se compara a nossa. Já se passou muito tempo que magia foi estudada.
Ah, então significa que eu sou incrível.
Foi uma conclusão tão razoável que um sorriso amargo se formou.
Haa… Se Nina tivesse poder santo, não teria sido criada no orfanato. Teria sido forçada a me tornar uma sacerdotisa.
‘Mas, ainda assim, não fui vendida para um lugar estranho pela capacidade de detectar venenos?’
Endireitei minha postura. É um pouco triste, mas preciso viver com orgulho. Na vida, ter habilidades te torna incrível. Nem todo mundo nasce com uma colher de prata na boca.
‘Mas isso é realmente incrível?’
Uma hemorragia cerebral se curou em cinco dias, não é isso bom o suficiente? Quando vi o cabelo ruivo surpreso, pensei que havia algo mais.
‘Vou ter que perguntar ao ruivo sobre isso.’
Ele é um especialista, então deve saber algo. Não posso fazer nada se até ele não souber.
Olhei para Beato. O homem, que convidou a si mesmo para ler livros nesse lugar e se acomodou na sala de espera disse muitas coisas úteis.
Era melhor retribuir o favor inesperado.
– Obrigada. Eu não sei de muitas coisas, mas você me explicou facilmente.
Ele falou em tom gentil.
– É meu trabalho ensinar os alunos. Nina é uma criança inteligente, então é fácil de explicar.
Juntei minhas mãos e sussurrei baixinho. Não era realmente um segredo, porque Mary estava aqui. Claro que ela ouviria, mas achei que seria melhor sussurrar.
– Pode continuar me ensinando assim?
Achei que ele iria sorrir suavemente e concordaria. Mas Beato de repente olhou para mim.
– Entendo.
Então, ele subitamente concordou.
– O que, o que há de errado?
Beato olhou alternadamente para o livro e para mim e respondeu.
– Eu me sinto mal por Nina sem perceber. Talvez seja porque…
Meu coração acelerou e meu corpo congelou. Lembrei do sonho que tive da última vez. Tentei me acalmar respirando com dificuldade.
Mas quanto mais eu tentava, mais alto meus batimentos ficavam.
Não podia ser isso…
‘Você se lembra da Nina original?’
É por isso que ele me ensinou tudo isso sem perceber?
Cinquenta mil coisas vieram à minha mente e depois se dispersaram. Achei que teria uma resposta séria. Então ouvi tensa.
– Nina parece com minha sobrinha.
‘O que?’
Meu pulso caiu instantaneamente. Se isso fosse baseball, teria sido um swing perfeito.
Me senti idiota por ter ficada tão nervosa. Estiquei os ombros e soltei um pequeno suspiro.
– Vocês se parecem tanto. Minha sobrinha parece exatamente contigo.
‘Ah sim. É mesmo? Se ela parece com a Nina deve ser muito fofa. Desejo que ela cresça bem e com boa saúde.’
Me senti injustiçada. Balancei a cabeça e coloquei o queixo na mesa com os olhos fechados. Achei que ele fosse dizer algo sério, mas o que diabos é esse sentimento cálido?
– Nina, você se lembra? O mito de Ibéria que falei da última vez.
Concordei com a cabeça. Era tão intenso que não podia esquecer.
– Confio em Sua Majestade como meu senhor. Então posso seguir qualquer pedido que ele me fizer.
Foi uma confissão repentina. Por que ele de repente estava provando sua lealdade?
– Ele escolherá pelo bem de Ibéria, aconteça o que acontecer.
Que convicção firme. Abri os olhos ligeiramente o olhei para Beato. Não conseguia entender porque ele estava falando isso.
O professor sussurrou um pouco como eu tinha feito.
– Ele é o que melhor se encaixa no mito de Ibéria que eu te falei.
Fiquei assustada. Do que ele estava falando de repente? Acha que aquele rei e Sua Majestade são parecidos? Como assim?
‘Acho que isso tem um significado mais profundo.’
Não achei que deveria apenas ver um lado da história. Senti desconforto.
– Então, Nina.
Beato sussurrou em minha orelha.
– Não chore.
O que isso significava?
– Tenho muitos pensamentos inúteis. Infelizmente, as preocupações de um estudioso muitas vezes se tornam realidade. Senti isso na primeira vez que te vi. Senti que Nina vai chorar muito.
Minha mente ficou em branco. Queria perguntar o que diabos isso significava, mas meus lábios não se abriram com facilidade.
– Você realmente se parece com a minha sobrinha. Acho que é por isso que não tenho escolha a não ser me preocupar. Então Nina, com licença.
Depois de soltar a bomba, Beato recomeçou a ler. Queria agarrar seu ombro e sacudí-lo, mas não o fiz.
‘Acho que ele não vai responder.’
Achei que não daria certo. Mas podia ver uma linha clara.
Sentei-me em uma cadeira e pensei no que ele tinha dito. Mas não conseguia descobrir o motivo.
‘Vou ficar triste por causa do rei?’
Por que?
Olhei para minha mão. A sentença que eu toquei era quente. Ele gentilmente tocou minha bochecha e me forçou a tocar em sua sentença. Ainda não entendia bem a sensação, mas era inesquecível.
Não sabia onde colocar meus olhos, então olhei para a mesa. Na mesa de madeira estava a flor vermelha que eu tinha deixado cair antes mas recolhi.
Foi a flor que o rei tinha colocado em mim.
‘Por que eu trouxe isso até aqui?’
Quando ela caiu, poderia simplesmente ter deixado para lá, mas a peguei de volta e coloquei sobre a mesa.
Balancei a cabeça, mas meus pensamentos não foram embora. Levantei da cadeira com uma carranca. Houve um som áspero da cadeira sendo arrastada para trás, mas não me importei.
– Mary, estarei de volta à noite.
Ela acenou com a cabeça como se já soubesse. Caminhei e peguei a flor sobre a mesa.
‘Quero despedaçá-la e jogar fora.’
Por algum motivo estava com tanta raiva. Mas não sabia o que estava me incomodando tanto. Minha mente estava tonta de tanta frustração.
Saindo da sala de espera, continuei andando pelo corredor. Então, olhei para minha mão e vi as pétalas esmagadas.
A flor era fraca e não tão grande quanto eu pensava. Era muito fácil jogar fora se eu realmente quisesse.
Além disso, ela estava esmagada e não era mais bonita.
Mas não consegui jogá-la fora.
No final, a única coisa que soltei foi um suspiro. Caminhei fracamente, sentindo o cheiro da fragrância que se espalhava pela minha mão. O cheiro me deixou triste.
***
Minha mente não estava bem organizada. Mas isso também não era novidade. Pensando bem, não consegui pensar com clareza desde que cheguei em Ibéria. Apenas me tornei uma criada detectora de venenos e estava cheia de dúvidas.
‘Nina, sinto muito. Mas não sabia que as coisas iriam ficar tão complicadas.’
Poucos dias depois, as coisas continuam as mesmas. Fui ao laboratório pela manhã, e depois provava a comida.
‘Ah, vi Seraphei pouco.’
O rei estava ocupado com assuntos políticos e não o vi desde então. Portanto, não tive muitos motivos para ir ao quarto interno.
‘O rei não sentia dor 365 dias no ano.’
Quando li o livro, achei que era difícil sentir dor todos os dias, mas se ele não usasse magia tudo ficaria bem.
Suspirei e olhei pela janela. O sol brilhou através das cortinas verdes.
A sala de espera estava quieta. O professor não tinha aparecido para ler os livros hoje. Era apenas eu mais uma vez após um longo tempo. A sardenta e Mary estavam atendendo a Santa.
– Então vamos pensar sobre isso.
Tirei dos meus pensamentos desorganizados o mais importante do momento: como iria sobreviver.
Não houve nenhum progresso entre o rei e Seraphie, já que não fui levada para a prisão. A história parecia muito diferente da original agora.
‘Não é bom, mas também não é ruim.’
O alívio poderia ser mantido de lado por enquanto. Coloquei minha sobrevivência em espera.
– O próximo é o rei…
Um longo suspiro escapou. Se não fosse pelo rei, minha agonia poderia ser reduzida pela metade.
‘Por que vou chorar pelo rei?’
O professor Beato me amaldiçoou?
‘O que há para lamentar sobre o rei?’
Ele é o empregador que oferece os melhores salários, o presidente que me usa como ar condicionado humano. Bem, o corpo dele cheio de feromônios era do meu agrado. No entanto, sentia ele mais como uma pessoa que eu queria evitar.
‘Além de ser a pessoa que mata Nina, ele só diz coisas estranhas!’
O que devo fazer com ele aparecendo do nada, me chamando de coelho e me dizendo para não morrer?
Devo me curvar e dizer: “me sinto honrada”?
Pensar nisso me deixou com raiva. Por que diabos deveria me preocupar com isso? Enquanto esfriava meu rosto aquecido abanando com a mão, a porta da sala de espera se abriu e uma pessoa entrou.
– Hã, cavaleiro?
Achei que pudesse ser Mary ou a sardenta, mas quem entrou foi o cavaleiro de cabelos curtos. Ele caminhou, acariciando a cabeça, sentindo-se estranho.
– Por que está aqui?
– Ah, não é grande coisa. Garotinha, você tem um tempinho?
Concordei. As orações noturnas de Seraphei já tinham acabado, ouvi dizer que hoje o rei não viria ao quarto interno.
– Venha comigo.
– Onde?
O cavaleiro olhou para mim e baixou a cabeça. Então bateu levemente no meu ombro.
– Apenas dar uma volta?
Por que eles não respondiam claramente? O cavaleiro sussurrou quando o olhei desconfiada.
– Você não pode simplesmente sair comigo?
– Por que deveria acreditar?
– Sou tão pouco confiável?
‘Sim, você é.’
Balancei a cabeça lentamente. Sei que você não é uma pessoa má, mas fizemos algo que pudesse construir uma confiança?
– Por favor criança. Confie em mim e venha comigo.
Ele parecia muito desesperado. Quando vi a cena, decidi parar.
Eu assumi a liderança na caminhada.
– Então vamos.
Tradução: Holic.
Revisão: Holic.