Esposa Perfeita - Capítulo 17

Atenção GATILHO: Contém cenas de violência sexual, suicídio e conteúdo perturbador.

Min Yuan

Sua mãe se levantou de repente. Podiam ouvir o som de um carro parando do lado de fora. Seu pai havia chegado. Parecia que tinha trazido um convidado.

Evitou a mãe, que cheirava levemente a álcool tentou sair do quarto. No entanto, sua mãe se levantou e a agarrou pelo braço. Ela tinha o controle irritante de alguém que não estava completamente sã.

- Mãe!

Mesmo após ouvir a voz irritada de Yuan, sua mãe ainda a segurou e a enfiou no armário dentro do quarto.

- Mamãe!

- Veja e assista. Observe o que vai acontecer. Como eu tenho vivido até agora! Veja com seus próprios olhos como a verdade é. Que tipo de monstro Min DaeYup é… estou te implorando. Assista. O tipo de pessoa que eles são, estou pedindo para você presenciar suas verdadeiras cores!

Bang!

A porta do armário se fechou quando a porta do quarto se abriu. A porta do guarda roupa era como uma veneziana de madeira. Significava que aqueles de fora não podiam ver dentro, mas ela conseguia ver o exterior claramente.

‘Por que ela estava fazendo isso? Por que estava agindo como uma pessoa insana?’

Yuan queria gritar, mas era tarde demais.

Estava tremendo dentro do armário.

Chocada, espiou pelos painéis da porta. Por alguma razão sentiu um pavor insuportável que a impedia de respirar. Seu pai não estava sozinho. Estava com um homem conhecido. Ela tinha visto esse homem algumas vezes em sua casa.

‘Presidente Seo…?’

Por que o Presidente Seo estava no quarto de sua mãe com seu pai tão tarde da noite?

Os homem conversaram um pouco. Riram de alguma coisa. Ignoraram completamente sua mãe e continuaram falando. A expressão vazia da mulher enquanto os observava parecia estranha.

Não conseguia entender nada disso. No entanto, quando seu pai saiu do quarto, deixando para trás o Presidente Seo, Yuan não conseguia mais respirar.

‘Não’

Ouviu sons assustadores. Se lembrou de todos os homens estranhos que visitaram sua casa. Suas risadas, seus olhares… Se lembrou de como eles apertaram a mão de seu pai.

‘Não!’

Yuan desabou no chão.

Precisava sair do armário imediatamente. Precisava ir embora, mas… Os gritos de gelar o sangue, o som de roupas rasgando, o clique do cinto de um homem sendo desafivelado. O som da cama rangendo!

‘Não!’

Balançou a cabeça.

Suas lágrimas deslizaram silenciosamente por suas bochechas.

‘Não, não. De jeito nenhum. Como isso pode… Não. Isso não pode estar acontecendo! É mentira! Não tem forma de ser real. É tudo uma mentira.‘

Fechou os olhos e cobriu a ouvido enquanto balançava a cabeça.

‘Não é possível! É tudo mentira!’

Não sabia quanto tempo tinha se passado. Creak. A porta se abriu. Sua mãe a olhou fixamente. Sentiu como se estivesse no inferno. Não aguentava mais.

‘O que acabou de acontecer?’

Não conseguia compreender o que tinha visto e ouvido. Odiava tudo. Sua mãe, seu pai e até ela mesma por ter sido enganada.

- Não chore, Min Yuan.

Sua mãe falou friamente, como se realmente tivesse enlouquecido.

- Se você chorar, vou arrancar seus olhos.

Não conseguia acreditar.

Olhou para ela. Não sentiu pena. Não conseguiu entender porque sua mãe continuava neste lugar, apesar de estar sendo tratada assim. Por que ela não fugiu? Não conseguiu perdoá-la.

- Suja.

Com essa única palavra, empurrou sua mãe e saiu correndo. Do quarto, da sala, de todas as pessoas. Jogou tudo fora e correu descalça. Não sabia para onde estava indo. Chorou e gritou enquanto corria noite adentro como uma lunática.

Sua mãe cometeu suicídio.

Alguém viu Yuan correndo descalça na ponte do rio Han e chamou a polícia. Estava sentada na fria delegacia, completamente congelada, quando TaeKyung foi buscá-la. Foi quando ele contou a ela.

Sua mãe havia morrido. Havia cortado os pulsos no banheiro.

- Não sei o que você viu, mas não pode contar a ninguém Yuan.

TaeKyung disse a ela categoricamente enquanto colocava o paletó em cima dos ombros dela.

- Está tudo bem. Você não sabe de nada. Não precisa saber de nada. Eu farei tudo. Vou cuidar de tudo. Só precisa ficar em silêncio, Yuan. Esqueça… sobre o que aconteceu com a mamãe. Vou lidar com isso sozinho. Esqueça, Yuan.

‘Esquecer o que? Esquecer como? Quem é você? Quem é você de verdade? E quanto às palavras que a mamãe deixou escapar enquanto estava perdendo a cabeça?’

Yuan não disse nada. Não, na verdade não podia dizer nada. Devido ao choque, ficou muda, e teve que se submeter a tratamento por um ano. A verdade penetrou seu coração e tirou sua mãe e sua voz.

Foi tudo por causa dela. Era tudo culpa de Yuan. O motivo de sua mãe não suportar mais viver nesse mundo tinha sido as palavras de Yuan. Por causa do que fez. Pelo que foi feito a ela.

Quando a condenou como “suja”, sua mãe não aguentou mais.

Foi tudo culpa de Yuan… Ela suportou tudo isso por causa de sua filha…Mas com uma palavra, sua mãe desmoronou.

- Ugh!

Curvada no chão, perto do frio rio Han, vomitou toda a comida do jantar na casa do Presidente Seo. Não conseguia conter a náusea que fazia seu corpo tremer. Apenas ver o rosto de Seo JaeHyuk era difícil de suportar.

‘Então não chore.’

Yuan disse ferozmente a si mesma.

‘Nem olhe para trás.’

Sua visão estava ficando embaçada. Mesmo sentindo que ia desmaiar, usou todas as suas forças para se afastar de JoonHun.

‘Seo JoonHun é apenas o filho de Seo JaeHyuk. Meramente o filho daquele homem, cujo corpo ela queria rasgar em pedaços e mesmo assim não seria o suficiente.’

O filho da puta que quebrou sua mãe até ela ficar naquele estado. JoonHun era o filho daquele homem de duas faces.

JoonHun a via como um meio de obter um contrato comercial. Da mesma forma que Yuan o via como um meio para sua vingança.

Suportou este casamento por 2 anos. Neste tempo, surgiram centenas de mentiras entre eles, mas uma coisa permaneceu verdadeira.

Seo JoonHun e Min Yuan nunca poderiam se apaixonar um pelo outro. Não seriam capazes de se tornar um casal de verdade nesta vida. Mesmo que o céu desabasse e a terra se desfizesse, não seria capaz de amá-lo. Portanto, ele nunca devia amá-la. E nunca precisaria perdoá-la.

Poderia odiá-la e ressenti-la o quanto quisesse, mas não deveria amá-la.

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Tradutora – Holic

Revisora – Tsubaki

Esposa Perfeita - Capítulo 17

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