Como esconder o filho do imperador - Capítulo 155
Foi uma pilha de livros empilhados no chão que chamou a atenção de Gretel. Havia um pequeno livro entre os grossos dicionários de ervas.
[Cultivo de ervas básico]
Gretel pegou o livro como se estivesse possuída. Era um livro que ela não costumava ler.
Gretel, que vagava de um lugar para outro, raramente cultivava ervas.
Em vez disso, era Astella, que morava na zona rural do leste, quem precisava do livro.
Há cinco anos, ela emprestou este livro para Astella e a ensinou a cultivar ervas.
Astella cultivou e vendeu ervas básicas nos anos seguintes. Ele dava algumas para Gretel toda vez que ela a visitava.
Ao abrir o livro, haviam muitas pinturas de ervas e flores. Havia muitas maneiras de cultivá-las.
Olhando para isso, Gretel teve uma nova ideia.
Poderia cultivar as plantas desintoxicantes assim.
O primeiro antídoto foi obtido por Fritz no Território. As flores em plena floração murcharam e caíram, e novos botões se formaram.
As flores que desabrocharam estavam bem murchas e as flores recém-desabrochadas ainda não haviam desabrochado, então todos ficaram desapontados.
No entanto, quando as flores murcharam, pequenas sementes se formaram abaixo delas.
Gretel juntou as flores restantes, fez o remédio e guardou as sementes no Palácio da Imperatriz.
Se fosse uma flor comum, as sementes já deveriam ter crescido.
‘Sim. Por que não pensei nisso?’
A planta antídoto era uma flor do sul.
Quando as plantas são cultivadas em outras áreas, o solo e o clima são diferentes, por isso elas não crescem bem.
Além disso, essas ervas incomuns são difíceis de cultivar artificialmente.
Quando plantadas em superfície plana, houve muitos casos em que as flores não desabrocharam ou adoeceram e murcharam.
Não há sequer informações conhecidas sobre como cultivar esta planta.
Então, é claro, Gretel achou que seria impossível.
Mas quem precisa desta erva é o Imperador.
‘Podemos construir uma plantação nas montanhas do sul e deixá-las crescer lá.’
Seria uma boa ideia fazer uma estufa para cultivar ervas medicinais nas montanhas, se o imperador ordenasse.
Existia a possibilidade de fracasso e talvez demorassem anos para crescer adequadamente.
Ainda assim, era melhor do que apenas não tentar. Ainda havia um período de carência de vários anos, para que pudessem crescer lentamente enquanto o desempenho desta planta era estudado.
‘Em primeiro lugar, precisamos ver se há sementes.’
Se os métodos de plantio forem diferentes e nenhuma semente for produzida, seria inútil.
Mas ainda havia um raio de esperança.
Gretel cobriu o livro com uma ideia esperançosa. Mas naquele momento, ela viu uma foto na pilha de livros.
Eram pinturas brutas de ervas recém-descobertas.
‘Hum?’
Parecia igual ao que ela costumava ter, mas havia uma diferença.
Gretel sempre organizava as ervas por região. Isso porque era mais conveniente para encontrá-las novamente mais tarde.
Mesmo agora, os papeis nos quais as plantas foram desenhadas estavam empilhados na ordem em que normalmente eram dispostos.
Não havia nada de estranho nisso.
O problema é que a própria Gretel acumulou essas pinturas há poucos dias em busca de informações sobre plantas desintoxicantes.
Obviamente, houve algumas sequências misturadas no meio.
Não tive tempo de organizá-los direito, então lembrou de empilhá-los desordenadamente e com o pensamento de que ‘quando eu voltar vou organizar de novo’.
Mas agora os papeis estavam empilhados em ordem.
Estava um pouco desorganizado, mas era como se alguém tivesse deixado cair os papeis sem querer e organizado de forma semelhante novamente.
No momento em que ela verificou, ficou arrepiada.
Não teria notado se não tivesse se lembrado meticulosamente.
‘Não pode ser..’
Alguém vasculhou seus documentos.
Gretel correu para a janela. As duas janelas da sala estavam bem fechadas.
Não havia sinais de intrusão. A porta que estava trancada com a chave ainda era a mesma.
Outros itens não mudaram de lugar à primeira vista.
Mas aparentemente alguém abriu o livro. Gretel estava sozinha no quarto do andar de cima.
Mesmo assim, não voltou ali porque esteve no Palácio da Imperatriz nos últimos dias.
‘Por que vasculharam este lugar?’
A bagagem que Gretel trouxe eram todas as roupas e livros que ela carregava nas viagens, frascos de vidro com ervas e poções.
Não havia nada suspeito.
‘O que é mais importante do que ‘por que fizeram’ é quem fez isso.’
Ela não sabia as circunstâncias exatas, mas Gretel tinha uma ideia aproximada de como as coisas estavam indo.
Foi o duque de Reston, pai de Astella, quem foi capturado e confinado no palácio. Essa foi a única explicação que conseguiu encontrar.
Era estranho.
Sua Majestade o Imperador, vítima do incidente, conhecia todos os detalhes do incidente e estava tentando proteger Astella.
‘Quem diabos está me observando?’
Estavam investigando a questão do envenenamento? Quem está investigando isso agora?
Não era compreensível para ela. Ela nem sabia nada sobre a luta entre os nobres.
Gretel verificou novamente a porta fechada, ansiosa.
Ela olhou pela janela escura e a cobriu para que nada pudesse ser visto.
* * *
Gretel foi ao Palácio da Imperatriz na manhã seguinte para confirmar o vaso.
No dia em que Fritz trouxe do Território leste, a planta do antídoto permaneceu porque só tinha caules e folhas.
As flores murcharam e todas as pétalas secas caíram em poucos dias.
Gretel estudou o local onde as flores haviam caído. Como esperado, pequenas sementes prateadas se formaram.
Gretel correu rapidamente para Astella e compartilhou seus pensamentos.
─ Você quer cultivar as ervas?
Gretel assentiu com a cabeça.
─ Se fizermos uma plantação nas montanhas do sul, seremos capazes de cultivá-la.
Ela explicou sua ideia para Astella.
Astella ficou feliz ao ouvir sua explicação, dizendo que era uma boa ideia.
─ Espero que funcione. Não importa o que for necessário, eu prepararei
Com um olhar confiante, Astella tentou dar ordens para construir a plantação da erva antídoto imediatamente.
Gretel a confortou com um olhar preocupado.
─ Primeiro vou descobrir mais sobre isso. Não tenha muita esperança. Pode levar muito tempo, talvez para sempre.
─ Astella assentiu como se entendesse.
─ Eu sei, mas é melhor do que não fazer nada e ficar apenas observando.
─ É verdade.
Gretel também concordou com isso.
─ Eu… Vossa Majestade a Imperatriz. Na verdade, algo mais aconteceu ontem à noite.
Gretel teve muito cuidado desta vez ao anunciar o que aconteceu ontem à noite. Disse que alguém pareceu ter entrado em seu quarto.
─ Alguém olhou os documentos de Gretel?
Astella tinha um olhar chocado. Gretel acenou com a cabeça com um olhar ansioso.
─ Não sei quem, mas tenho certeza que alguém entrou e procurou minhas coisas.
Astella perguntou com um olhar desconfortável.
Ela parecia ter alguém para quem apontar.
─ Algumas pessoas não sabem ao certo quem foi o responsável pelo envenenamento. Mas acho que algumas pessoas desconfiam de mim e estão de olho em Gretel porque você é minha apotecária.
Astella olhou para Gretel com olhos calmos e gentis.
─ Vou pedir a Fritz para ficar de olho no seu quarto secretamente. Seja quem for, desde que a pessoa suspeita se aproxime, ela poderá ser capturada.
* * *
─ Serbel.
Velian engasgou e correu pelo jardim.
Serbel, que caminhava rapidamente em direção ao canto do jardim, parou de andar.
Quando Velian se aproximou, ele se virou.
Embora calmo, Velian não perdeu a sensação de consternação em seu rosto elegante.
─ Ah, já faz um tempo.
─ Quanto tempo faz sem… te ver?… haa, haa.
Velian estava respirando pesadamente enquanto se dirigia a Serbel com um olhar irritado.
─ Quanto tempo faz que não te vejo? Você tem me evitado, não é?
─ Eu não evitei você. Só não tive tempo de ir ao palácio porque estava ocupado com o trabalho.
Serbel calmamente deu uma desculpa. Velian conteve sua raiva diante da voz calma.
Os dois eram muito próximos desde a infância.
Isso porque eram nobres de status semelhante e suas casas estavam muito próximas.
Na verdade, não havia muitos motivos para se aproximar, exceto isso.
Os dois tinham personalidades e hobbies completamente diferentes.
Porém, foi o suficiente para que os jovens aristocratas se tornassem amigos.
Mas ele mentiu para ela depois de serem amigos por muito tempo. Velian perguntou novamente, sentindo-se traído.
─ O que diabos aconteceu com esta situação? Por que você não me contou e moveu os cavaleiros de maneira estranha?
─ Eu estava com pressa.
Serbel lamentou um pouco e explicou a situação.
─ Meu pai me enviou um telegrama urgente. O imperador estava em estado crítico, então corri de volta para a capital.
Ele contou como voltou à capital após receber um recado de seu pai, o conde Ecklen.
─ Ele me disse que eu deveria ter cuidado pois havia uma movimentação perigosa na capital devido à doença de sua majestade. Quando ouvi isso, decidi trazer os cavaleiros secretamente. Por isso não pude te contar…
Serbel olhou para Velian e respirou fundo.
─ Você está sempre no palácio. Fiquei preocupado que, se tivesse enviado uma mensagem para você, alguém pudesse interceptar e descobrir nossa localização.
─ Isso é verdade…
Velian não teve escolha senão aceitar as palavras de Serbel.
Na verdade, não havia razão para ele contatar primeiro Velian, que era apenas um assessor do imperador.
Velian retirou o conteúdo que mais precisava saber.
─ Então, o que aconteceu na capital? Por que os nobres atacaram você?
Os aristocratas que atacaram Serbel também conheciam Velian.
Essas pessoas eram as que visitavam o duque de Reston. Velian não esperou pela resposta de Serbel, mas perguntou:
─ Tem a ver com o ex-duque? Foi por isso que o ex-duque foi levado ao palácio?
Sem esse motivo, não conseguiria explicar a situação atual. Serbel evitou isso até agora por causa da Imperatriz.
Velian olhou para Serbel triunfantemente, como se seu palpite fosse verdadeiro.
Mas Serbel balançou a cabeça calmamente.
─ Do que você está falando? Sua Majestade a imperatriz não tem nada a ver com isso.