Como esconder o filho do imperador - Capítulo 117
No meio disso tudo, Naen estava fazendo seriamente o que Astella havia mandado.
E Astella estava perdida em pensamentos, olhando para Naen.
‘Essa garota fará o que Florin pediu novamente?’
Florin estava tentando usar a irmã novamente.
Como Astella estava vigiando-na, sabia que ela não era idiota para não saber o que Florin estava tramando. Ela era um pouco tímida, mas fazia exatamente o que a irmã pedia.
Não parecia tão estúpida a ponto de não descobrir que Florin a usou.
‘Mas elas são família, então talvez não possa evitar.’
Um nobre impotente não pode escapar da sombra da sua família. Isso ocorre porque quando uma família cai, seu destino cai no abismo junto com eles.
E foi o mesmo com Astella no passado.
Florin fará essa garota fazer algo perigoso novamente. Se as coisas derem errado, ela será designada como a única culpada novamente.
Quando ela descobriu sobre a nota, Astella pensou em obter o plano de Florin com antecedência e observar.
No entanto, quando viu Naen, que ainda não atingiu a idade adulta, se sentiu um pouco desconfortável em agir com tamanha frieza.
─ Senhorita Naen.
Naen ergueu os olhos enquanto segurava uma caneta e escrevia com força.
─ Sim, Vossa Majestade a Imperatriz?
─ Senhorita Naen, quer voltar para a sua mansão?
─ O quê?
Naen piscou os olhos grandes em constrangimento.
─ Bem, o que quer dizer com…
─ Estou perguntando porque a sua família está na mansão, e acho que você sente saudades da senhorita Florin e seu pai, o Marquês.
Naen lutou por um longo tempo para responder à pergunta direta de Astella.
─ Sinto saudades da mansão, mas adoro morar aqui.
─ Você está bem? Não é difícil trabalhar?
─ Sim, sim.
Astella olhou diretamente para Naen, e com uma voz calma disse apressadamente :
─ Senhorita Naen. No começo eu trouxe a senhorita somente para dizer aos outros que iria puni-la.
Naen a olhou, surpresa. Trabalhava com ela desde que foi trazida aqui, mas esta era a primeira vez que tinham uma conversa tão direta.
─ Como você e eu sabemos, a questão da carta secreta era algo que eu não poderia passar por alto, mesmo que fosse um erro.
─ Ah…
─ Mas a senhorita Naen ainda não atingiu a idade adulta, e eu pensei que talvez você tenha se oferecido para tomar a culpa no lugar de sua família, para salvá-los.
Seu rosto ficou branco quando escutou isso. Era como se Astella tivesse apontado abertamente que Naen havia mentido depois de ouvir a ordem de sua irmã.
Astella falou para tranquilizá-la.
─ Mas estou feliz que você goste da vida aqui. Eu gosto da senhorita Naen, porque você é muito sincera e honesta. Se estiver tudo bem, espero que possa me ajudar sempre por aqui.
Quando Astella terminou de falar assim, seu rosto inocente ficou mais pálido do que antes.
Os olhos de Naen afundaram e hesitaram.
Mas Astella não deixou de notar a culpa que brilhou em seus olhos.
─ Sim, obrigada, Vossa Majestade a Imperatriz…
Naen inclinou a cabeça.
─ Bem, é uma honra para mim servir a Imperatriz aqui. Então… obrigada novamente por sua misericórdia.
Embora sua voz fosse fraca, suas últimas palavras estavam cheias de sinceridade. Astella assentiu.
─ Vossa Majestade a Imperatriz.
Então Hannah entrou.
─ Ah, sim. Hannah.
Hannah enviou um sinal significativo para Astella.
‘Encontrou a resposta para o código?’
Astella largou o relatório e sorriu para ela.
─ Senhorita Naen. Bom trabalho. Vá para o escritório e organize os livros lá para encontrar os registros do festival da colheita.
─ O registro do festival da colheita?
─ Sim, já faz muito tempo, então queria procurar um livro referência com antecedência para me preparar.
Claro, ela não precisava de tal livro. Astella estava tentando impedir Naen de voltar para o próprio quarto.
A inocente Naen caminhou em direção ao escritório sem hesitação. Assim que ela fechou a porta, Astella perguntou a Hannah.
─ Você encontrou?
─ Sim, era um livro, como esperado.
Hannah deixou a nota de descriptografia com a nota que encontrou no jardim.
─ Estive interpretando o conteúdo.
Astella abriu o bilhete.
Algumas palavras foram escritas em um pequeno pedaço de papel.
‘O cachorro de estimação do príncipe. Eu vou te dar veneno. Alimente-o.’
─ Deixar o cachorro tomar o veneno?
Isso foi inesperado.
Astella disse a Naen sobre o casamento de Florin de propósito, sabendo que Florin ficaria com raiva e tentaria fazer algo novo.
─ Mesmo assim, está tentando matar Panqueca…
Este foi um plano realmente inesperado. Hannah disse com um olhar pesado.
─ Enfim… porque seria difícil chegar perto da Imperatriz e do príncipe, talvez queira matar Panqueca para criar caos?
─ Parece que essa é a ideia.
Astella examinava minuciosamente tudo o que Theor comia e vestia.
Florin nem pensaria em machucar Theor. Seria muito arriscado.
Tudo o que Florin queria era garantir que Astella não retalie. Não havia necessidade de um ato tão colossal.
— Certamente, se Panqueca comer veneno, o palácio estará em apuros.
Florin estava tentando fazer com que Astella se esquecesse de tentar retaliar, entrando em pânico e procurando o assassino do cão.
Mas não seria um grande caso porque a vítima seria um animal.
Não é como se o príncipe estivesse envevenado, e a dose não seria o suficiente para matar um homem.
Ela parecia ter bolado esse plano porque pensou em investigar silenciosamente apenas dentro do palácio da imperatriz.
‘Ela não parece querer a opção de vir pessoalmente se desculpar.’
Hannah perguntou ansiosamente.
─ O que devo fazer?
─ Claro que Panqueca não deve ser envenenado.
Originalmente, Astella faria as coisas funcionarem como Florin planejou, e então pegaria a evidência no flagra.
Mas não podia deixar Panqueca ser envenenado. Astella decidiu-se depois de um breve pensamento.
─ Primeiro, coloque a nota de volta onde ela pertence e deixe Naen encontrá-la. Também dobra a vigilância sobre Naen.
─ Sim.
* * *
Naen dirigiu-se à biblioteca para encontrar o livro pedido por Astella.
O Palácio da Imperatriz era espaçoso e esplêndido e a estrutura era complexa.
No começo, demorou para conseguir se localizar. Agora que estava acostumada, já sabia para onde ir.
A hospitalidade ali era boa. As criadas eram todas simpáticas e educadas.
Sua Majestade parecia rígida, mas era gentil com ela sempre que estava fazendo bem seu trabalho.
‘Voltarei para a mansão?’
As palavras de Astella a asseguraram que poderia continuar trabalhando ali se estivesse tudo bem para ela.
‘Realmente?’
Na verdade, era incrível.
Sua mãe foi exilada enquanto tentava ferir a Imperatriz, e sua irmã mais velha foi expulsa enquanto tentava incriminá-la.
A Imperatriz disse que sabia que Naen se sacrificou por sua família de propósito.
Parece que, por isso, tinha recebido a sua misericórdia e gentileza.
‘…Se estiver tudo bem com ela, acho que não é ruim ficar aqui.’
Quando voltasse, não havia nada para fazer e ninguém para recebê-la na mansão.
Enquanto caminhava pelo corredor, de repente viu uma bola redonda rolando do lado oposto.
Quando pegou a bola que veio aos seus pés, viu um garotinho na sua frente.
─ Príncipe?
─ Isso é meu.
Um garotinho de cabelo preto estava correndo. Havia um grande cão dourado preso a ele, e alguns passos depois havia um jovem servo.
Naen curvou-se e o saudou.
─ Saudações, príncipe.
Theor, o príncipe, pegou a bola rolando aos pés de Naen com as duas mãos.
Então ele olhou para ela com curiosidade. Naen estava um pouco nervosa.
Apesar de ter morado no Palácio da Imperatriz por um tempo, era a primeira vez que via o príncipe tão de perto.
O principezinho olhou atentamente e falou com um sorriso.
─ Olá, senhorita.
─ Sim?
O criado que o seguia falava em tom amigável.
─ O príncipe é filho de Sua Majestade o Imperador, não há necessidade de usar discurso formal com essa senhorita.
─ Príncipe, tudo bem falar comigo confortavelmente.
Naen sorriu e curvou-se novamente.
─ Apenas me chame de Naen.
Ela nunca o conheceu de perto, mas já ouviu falar muito sobre o jovem príncipe das criadas. A maioria das histórias era sobre como era fofo, gentil e obediente.
─ Naen.
O príncipe sorriu novamente, como se gostasse de seu nome. Pequenas covinhas se formaram nas bochechas brancas.
‘Que adorável.’
Os olhos vermelhos incomuns também eram incríveis e bonitos.
Em contraste, os olhos vermelhos de sua majestade o imperador eram tão assustadores que lhe estremecia todo o seu corpo, mas os olhos vermelhos do jovem príncipe brilhavam como joias.
─ Au, Au!
O cão dourado ao lado de Theor latiu e balançou o rabo, como se quisesse chamar a atenção.
Theor acariciou o pêlo dourado com sua mãozinha delicada.
─ Ele é o Panqueca.
─ Então ele é Panqueca. É lindo.
─ Para onde vai, Naen?
─ Estou a caminho da biblioteca por ordem da Imperatriz.
─ Por que a biblioteca?
Theor achou curioso e quis conversar mais, mas o criado interveio e os separou.
─ Vossa Alteza, deve ir com o Marquês agora, ele o está esperando.
─ Sim.
Theor se virou e caminhou para o outro lado com seu servo. Logo depois se virou e se despediu de Naen.
─ Adeus Naen. Nos vemos mais tarde.
─ Sim, príncipe.
Naen permaneceu em silêncio no corredor observando desaparecer o jovem príncipe.
Havia uma amargura no rosto do servo que tentou separar o príncipe dela.
Todo mundo foi tão gentil que Naen esqueceu completamente que estava sendo punida aqui.
Era uma ideia inútil querer permanecer ali.
Naen encontrou o livro e, sem energia, voltou para onde estava Astella.
Astella não estava mais lá porque algo mais surgiu. Então, Naen colocou o livro sobre a mesa e saiu.
Estava quase escuro e todos pareciam ocupados se preparando para o jantar.
Naen saiu do pátio e caminhou em direção ao jardim dos fundos do palácio. Florin usou aquele lugar para trocar notas com Naen.
Cada vez havia uma nota em uma posição fixa sob uma árvore, mas Naen não podia verificar com frequência.
Se viesse todos os dias, haveria suspeitas. Por isso, somente às vezes vinha ver se havia uma nota nova.
Hoje, havia uma nota estava escondida no lugar. Depois de verificar os arredores, Naen agarrou o papel e saiu apressadamente.