Como esconder o filho do imperador - Capítulo 11
Conde Siethe, que possuía terras férteis ao oeste, era conhecido como o Grande Nobre, mas na verdade havia passado para o imperador.
‘As coisas estão indo bem.’
Velian, que achava que o imperador estava descontraído, não perdeu as emoções complexas de Kaizen passando por seus olhos vermelhos.
Isso desapareceu em um momento, mas ele apostava que era uma emoção que nunca havia sido sentida pelo jovem imperador.
Velian piscou os olhos vagamente.
‘Ah, as coisas estão realmente estranhas.’
Marianne, sentada em frente a uma penteadeira decorada com ouro e prata, despachou sua criada, que penteava o seu cabelo.
— Eu não preciso disso, saia.
Notando a impaciência da nobre, a empregada saiu rapidamente.
Seu cabelo cor de mel estava arrumado, descansando sobre seus ombros.
Marianne se olhou no espelho, mordendo suas belas unhas.
Olhos azuis profundos que brilhavam como jóias, lábios vermelhos, pele clara como pérolas.
A loira brilhava como ouro mesmo em um quarto escuro. Marianne era linda. Ela era uma das moças mais belas da capital.
No entanto, o imperador não estava interessado em Marianne. Ele não se importava se ela se juntasse a eles ou não, e nem mesmo chegou a falar com ela.
Ainda assim, Marianne estava satisfeita à sua maneira.
Porque o imperador estava incomodado com o outro nobre.
Pelo menos ela teria uma semana para conseguir falar com ele.
Acompanhar ao longo do caminho era algo que ela não poderia nem sonhar se fosse outra dama nobre.
‘Mas por que ele está tão interessado nela?’
O imperador mostrou estranho interesse pela ex-imperatriz, que foi renunciada.
Por que ele não a convidou para o jantar? Por que ele não lhe enviou jóias e vestidos?
Diz-se que ele até a forçou a comparecer ao jantar, pois a ex-imperatriz havia recusado seu convite…
Seu pai, Marquês Croychen, enviou Marianne para conquistar o coração do imperador durante a pequena busca. Esse era o pedido de seu pai.
No entanto, não foi uma mulher rural desconhecida que chamou a atenção do imperador, mas a ex-imperatriz, cujo paradeiro fora desconhecido.
A princípio, ela ficou aliviada quando foi explicado que ela os acompanhava devido à vontade da imperatriz viúva.
Por esse motivo, ela devia ser trazida pelo próprio imperador.
Mas era incomum o imperador, não importa o quanto ela pensasse, enviar um monte de presentes e forçá-la a participar do jantar.
O imperador não era uma pessoa que mandava algo para uma mulher, embora ele precisasse levá-la a favor da vontade da imperatriz viúva.
Além disso, o olhar do imperador olhando para a ex- imperatriz no jantar… Foi realmente suspeito.
Marianne viu inúmeros olhares entre amantes no mundo social desde quando era criança.
Depois de se preocupar com isso por um tempo, Marianne segurou o sininho e chamou a empregada.
— Traga a empregada chefe aqui.
***
À medida que a tarde se aproximava, o céu azul se tornou cinza pálido como se estivesse coberto por uma névoa de água.
O vento frio corria pelas folhas verdes do jardim.
Astella parou de trabalhar por um momento e olhou para o céu pela janela.
Atrás do muro de pedra coberto pela hera, o céu cinzento tocava o topo da montanha ao longe. Era uma atmosfera onde se entendia que a chuva cairia agora.
Astella sentou-se na frente da penteadeira e tirou a caixa que havia colocado na gaveta. Era uma pequena caixa decorada com folhas de flores douradas.
Quando ela abriu a tampa, no interior estava cheio de frascos de remédios grandes e pequenos.
À primeira vista, nada parecia ter mudado, mas havia um único detalhe que mudou.
Um lado do fio que ela havia anexado à dobradiça havia sido rompido.
— …
Assim que Astella chegou aqui, ela colou um fio fino o suficiente para parecer transparente na dobradiça da caixa de remédios.
Era um método clássico de monitoramento, se alguém estivesse bisbilhotando a caixa, no caso.
— Alguém abriu.
Quem foi? Devia ser uma das novas empregadas.
Como Astella havia pedido, ontem de manhã, novas empregadas foram enviadas. Eram as servas que pareciam mais calmas do que antes, talvez o chefe das servas tivesse cuidado do problema anterior.
‘Mas parece que um espião veio com elas desta vez.’
Bem, isso não importava muito.
Porque ela sempre carregava remédios para mudar a cor dos olhos consigo.
Na caixa de remédios, havia apenas alguns remédios simples e ervas medicinais secas.
Não importa o quão longe você olhe, não haverá medicamentos suspeitos.
O pior não é roubar algo de dentro, mas colocar algo.
‘Bem…’
Esta caixa estava guardada desde que Astella viveu como uma princesa, embora não fosse um item muito caro, o fecho na abertura da tampa era muito elaborado em forma de borboleta.
Os anéis nas asas da borboleta eram tão pequenos e detalhados que não podiam ser abertos facilmente sem abri-los com as mãos nuas.
Astella olhou para o laço de arame, fechou a caixa e colocou-a de volta na gaveta.
E ela deixou a gaveta um pouco aberta.
***
— Porque o tempo não está bom.
Velian explicou a Astella o porquê deles permaneceram no local por mais alguns dias.
— Como você pode ver, parece que vai chover. Moradores locais dizem que quando o tempo está assim, logo vem uma tempestade. Talvez seja melhor esperar um pouco por segurança. E… A Srta. Marianne também está com uma forte dor de cabeça, então ela não vai poder nos acompanhar, mesmo que o tempo esteja bom.
Velian pausou por um momento com uma expressão muito agitada e continuou novamente.
— Então vamos ficar aqui até que o dia esteja claro e a Senhorita Marianne esteja curada. Mesmo se você se sentir frustrada, por favor, seja paciente.
Originalmente, ela ficaria aqui por cerca de um dia e retomaria a viagem imediatamente.
Ontem de manhã, Velian disse para ela esperar sem dizer o motivo, e agora ele explica o porquê.
Astella sorriu como se entendesse tudo.
— Está tudo bem. Não se preocupe.
Na verdade, nada ia bem. Ela estava tão aborrecida pelo atraso que sua cabeça doía. Astella queria ir ao castelo onde seu avô estava o mais rápido possível. Dessa forma, ela poderia entregar Theor ao avô e mandá-lo de volta para casa. Ela não podia deixar a criança com alguém que ela não conhecia e mandá-lo de volta para casa, e não podia nem se comunicar com o avô nesse local. O avô dela está a poucos dias daqui.
Astella pensou muito em sua cabeça e esboçou um sorriso calmo.
Após uma breve reflexão, Astella, após organizar seus pensamentos, perguntou a Velian.
— Eu… Posso escrever uma carta para meu avô materno no Castelo de Dentsu? Acho que ele está muito preocupado conosco.
— Ah, claro, apenas me envie a carta primeiro e eu a enviarei para ele imediatamente.
* * *
Foi esta manhã que ela obteve permissão para escrever uma carta. Astella foi até a estufa e fez Theor brincar perto do canteiro de flores enquanto escrevia a carta.
A chuva caía lá fora. O som da chuva atingia e escorregava sobre o vidro da estufa.
Sobre a parede de vidro, uma câmara de água repousava sobre suaves pétalas roxas que lembravam as asas de um martim-pescador.
A grama do jardim estava umedecida pela água da chuva.
Theor estava brincando enquanto ela observava a água da chuva escorrer pela parede de vidro.
Depois de um tempo, Velian veio ver Astella.
— Você terminou de escrever a carta?
— Sim, acabei de terminar.
Velian perguntou cuidadosamente com uma expressão muito triste quando viu Astella dobrar a carta e colocá-la no envelope.
— Com a sua licença, posso ler?
— Perdão?
— Oh, me desculpe, não é como se eu não acreditasse na Srta. Astella, é só porque Sua Majestade está aqui, então…
Vendo Astella assustada, Velian se desculpou com pesar.
‘O que é isso? Você provavelmente está tentando ter certeza de que eu agi de forma estranha.’
Ela fugiu e foi pega, e não é uma posição que seria agradável para o imperador.
Astella suspirou e entregou a carta como se entendesse tudo.
— Está tudo bem, você pode ler.
Não importava quem a lê. Ninguém sabe o verdadeiro motivo dessa carta de qualquer maneira.
— Muito obrigado pela compreensão.
Velian pegou a carta educadamente com as mãos e a leu com atenção.
Havia apenas uma mensagem.
O pequeno texto continha o conteúdo de que ela encontrou o imperador e entendeu as circunstâncias, e que ela está indo para a capital, mas está atrasada devido ao tempo ruim.
Depois disso, ela disse que a criança estava bem e estava preocupada com ele.
[Você estava tendo muitos problemas com dor de cabeça há algum tempo, mas estou preocupada que sua doença possa ter piorado porque você estava em um lugar desconhecido.
Nós estamos bem, então relaxe sua mente e cuide de sua saúde.]
— Oh, o avô de Srta. está doente?
— Às vezes ele não se sente bem. Talvez deva ser por causa da idade.
Velian mais uma vez se desculpou depois de ler a carta até o fim.
— Nada de especial, sinto muito, vou enviar para ele imediatamente.
— Sim, obrigada.
Astella acreditava que seu avô entenderia o que estava escrito na carta.
Explique a situação aqui e ele entenderá com o que Astella está preocupada.
Theor vagou pelo canteiro de flores e correu para encontrar Velian.
Ele disse olá para Velian, enquanto segurava o ursinho de pelúcia.
— Olá.
— Você é o pequeno mestre. Você gosta de brincar aqui?
Tradução: Olimir.
Revisão: Michi.