A Vilã, Cecilia Sylvie, decidiu se travestir - V2 01 - Onde está a Terceira Candidata à Donzela Sagrada?! (5)
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‘Oh não. Eu não estou com meu uniforme…’
Ela fugiu sem um plano, apenas com as roupas que vestia, então, naturalmente, Cecilia não tinha um uniforme para se trocar. Como ela não queria que o país inteiro a visse com esse traje, ela definitivamente também não queria que ninguém na escola visse. Especialmente as fãs de Cecil – se elas vissem “ele” assim, tudo estaria acabado.
‘Se eu voltar, vou acabar batendo de frente com Lean…’
A roupa devia estar na sala de aula da qual ela acabara de fugir. Se ela voltasse, seria o mesmo que entrar em território inimigo.
E no momento, sua arqui-inimiga era sua melhor amiga, Lean.
‘Melhor amiga significa a amiga mais próxima de você no mundo inteiro, não é?’
Um sorriso amargo curvou seus lábios. Ela sabia que Lean tinha uma personalidade extrema, mas não pensava que fosse tão extrema. Mesmo assim, Cecilia nunca conseguiu desgostar da garota por isso, já que ela era muito divertida.
‘De qualquer forma, minha primeira tarefa é sair dessa coisa.’
Apenas depósitos e salas de aula vazias ocupavam o corredor, talvez por isso estivesse tão deserto, apesar de ser hora do almoço. Mas como Cecilia não sabia quando alguém poderia aparecer, ela precisava encontrar rapidamente algo que pudesse servir ou traçar um plano para pegar de volta suas roupas.
‘O que devo fazer?’
“Ei,” veio uma voz atrás dela de repente, arrancando-a de seus pensamentos. Ela se levantou num salto.
“Quem quer que você seja, com essa roupa estrangeira. Você parece muito suspeito. De onde você veio?” a pessoa a repreendeu.
Quando ela se virou, viu que era Oscar. No momento em que seus olhos se encontraram, os dele se arregalaram.
“O que você está fazendo aqui?! E o que você está vestindo??”
“É uma história muito longa…” Cecilia murmurou, desviando o olhar, enquanto tentava se cobrir.
O vestido era incomum. O olhar do príncipe herdeiro percorreu-a da cabeça aos pés, o que era humilhante demais para suportar.
Mas era um alívio que fosse apenas ele. Seu coração já teria parado se alguma estudante que ela não conhecesse a tivesse encontrado.
“Lord Cecil! Isso é o suficiente, apareça!” gritou uma voz distante. Cecília se encolheu. A voz de Lean adquiriu um tom de falsidade porque ela não sabia quem estava ouvindo.
“É Lean! Precisamos nos esconder!”
“Ei!”
Cecilia agarrou o braço de Oscar e o arrastou para a sala de aula vazia mais próxima, fechou a porta e se agachou, para não ser vista pelas janelas do corredor.
“Oh, Lord Cecil!” chamou Lean, caminhando pelo corredor antes de passar pelo local onde Cecilia e Oscar tinham acabado de estar.
Cecilia se curvou ainda mais para que Lean não a notasse ao passar.
‘Que medo!’
Ela nunca poderia ter imaginado que chegaria o dia em que ela teria medo do som da voz de sua melhor amiga.
“Ei”, disse Oscar, irritado.
“Shhh!” ela sibilou, colocando a mão sobre sua boca. Seu resmungo baixo ainda era audível, mas os dois permaneceram perfeitamente imóveis até que Lean se foi. Cecilia não conseguia nem prestar atenção suficiente para perceber o quão forte seu coração batia em seus ouvidos.
Depois de um tempo, Lean se afastou e toda a energia foi drenada do corpo de Cecilia. “Ufa!”
“Ei… Cecil.”
“Ah, sim, desculpe por tudo.”
“Você poderia se afastar de mim…?”
A declaração de Oscar a fez perceber pela primeira vez em que posição eles estavam. Cecilia estava em cima dele, pressionada contra ele e prendendo-o com seu peso corporal. A cabeça dela estava apoiada no peito dele. Ele empurrou a mão dela para longe de sua boca para olhar para ela, vermelho até o pescoço.
“Por favor…!”, ele gritou com a voz tensa, e Cecilia instantaneamente ficou vermelha,
também.
* * *
“É Lean! Precisamos nos esconder!”
“Ei!”
De repente, Oscar foi arrastado pelo pulso para dentro de uma sala de aula. O impulso o fez perder o equilíbrio e cair de costas. Antes que ele pudesse descobrir o que estava acontecendo, Cecil empurrou os ombros dele para baixo, até ele ficar deitado no chão. Cecil caiu em cima dele.
Com um grito silencioso, Oscar congelou. Um perfume doce e feminino emanou do topo da cabeça de Cecil.
‘O que diabos…?’
Seus pensamentos estavam confusos, no meio da na situação impensável em que se encontravam. Depois de um tempo, ele ouviu uma voz familiar soar: “Lord Cecil!” e tudo finalmente fez sentido.
Cecil estava se escondendo de Lean, o que significava que aquele vestido estranho e estrangeiro que ele usava devia ser algum esquema dela.
‘Mas mesmo com tudo isso…’
Oscar olhou para Cecil. Os braços que saiam da roupa de cetim vermelho eram tão frágeis que pareciam prestes a quebrar, finos e delicados. As fendas consideráveis nas laterais da saia deixavam suas coxas brancas como marfim completamente nuas; suas pernas estavam entre as de Oscar, separando-as. A maneira como Cecil estava pressionado contra ele, além da suavidade das coxas roçando seus joelhos – tudo isso estava fazendo seu coração bater forte no peito.
‘Se acalme! Essa pessoa é um cara!’
Ele gritou consigo mesmo. Contudo, sem saber da agitação interna de Oscar, Cecil apenas se aproximou ainda mais.
‘Esse idiota!’
“Ei,” ele sussurrou, incapaz de aguentar mais, mas Cecil apenas cobriu a boca de Oscar impiedosamente. Com uma expressão séria no rosto, ele sibilou: “Shhh!” Claro, era mais fácil falar do que fazer.
‘Mas se eu fizer barulho aqui, Lean provavelmente nos encontrará…’
E se ela o fizesse, quem sabia o que ela escreveria ou criaria a seguir.
Mordendo a língua e o lábio inferior, Oscar ficou em silêncio. Mas tudo o que ele conseguia pensar era no corpo macio em cima do seu, então ele recitou desesperadamente números primos em sua mente. Apesar disso, a respiração de Cecil e seu cheiro desnecessariamente doce causaram um curto-circuito no cérebro de Oscar repetidas vezes.
Depois de um tempo, Lean recuou.
Com um suspiro, toda a tensão foi drenada do corpo de Cecil.
“Ufa!”
“Ei… Cecil.”
“Ah, sim, desculpe por tudo.”
“Você poderia se afastar de mim…?” Oscar conseguiu dizer, com a garganta ridiculamente seca. “Por favor…!”
No momento em que fez seu pedido, Cecil ficou vermelho, como se só agora percebesse a posição comprometedora em que se encontravam. Então ele pareceu perder a compostura, exatamente como se fosse uma garota jovem e inocente.