A Relação simbiótica entre uma lebre e uma pantera negra - Capítulo 140
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- Capítulo 140 - Fim da história principal
O homem ficou olhando ao redor, lentamente. As únicas presenças na área do lago eram a família de panteras negras, sentadas no mato, nos observando.
Logo, ele começou a afrouxar sua gravata. Então, a mão do homem começou a descer e desabotoar seu paletó, botão por botão.
“….?”
O que ele estava fazendo?! Tapando os olhos, surpreendida, espiei pela abertura entre meus dedos.
“O que é isso?”
“Você me falou para tirar.”
Ele respondeu, suavemente, já abrindo o último botão do paletó. Só então percebi que, na minha frase, não tinha colocado explicitamente a palavra “máscara”. Então bati o pé, espalhando água ao redor.
“Não estava falando das suas roupas! Obviamente era para tirar a máscara!”
“…”
“Você…!”
“Pelo modo como falou, imaginei que seriam as roupas.”
Isso é o que ele queria…! Não conseguia esconder minha vergonha, então gritei.
“Pare de dizer besteira e tire agora mesmo!”
“Tudo?”
“Sim!… Não!! Só a máscara!!”
O pantera negro caprichoso estava definitivamente com o prestígio e dignidade em baixa por hoje. Só depois disso ele desamarrou a fita atrás de sua cabeça e finalmente tirou a máscara.
Tuk. A misteriosa máscara de coelho caiu e a identidade do homem foi revelada.
“…!”
Ainda cobrindo a cara, pisquei através dos dedos entreabertos. Por que ele parecia tão pouco familiar quando a única coisa diferente era a cor de seus olhos e cabelo? O choque visual me deixou mais sem fôlego do que tinha imaginado.
“…Abotoe a roupa outra vez.”
“Por quê?”
Ahin, fingindo não me entender, terminou de tirar o paletó. Ele se sentou na beira do lago e fizemos contato visual.
“Vivi, se vai fingir que está tapando os olhos, tape direito.”
“…”
“Não adianta fingir. Posso ver seu olhar pervertido.”
Esse era o lado de Ahin que eu mais odiava. Ele tinha que falar essas coisas quando podia muito bem fingir que não notou.
“Vai ficar aí dentro da água?”
“….Vou sair.”
Depois de uma resposta grossa, abaixei as mãos dos olhos para segurar a saia ensopada. Enquanto isso, vi que Ash estava secretamente se aproximando de Ahin por trás, e fizemos contato visual.
Ela capturou minha expressão chateada. Movi as sobrancelhas, sinalizando para Ash.
<Ash, pode empurrá-lo no lago para mim?>
Me entendendo só pelo movimento das sobrancelhas, ela levantou sua pata dianteira devagar.
Ahin, que estava me olhando, levantou o canto da boca.
“Ash, parada aí.”
Essa besta tinha olhos no pescoço? Tendo tido seu plano secreto revelado, Ash arregalou os olhos. Assim que se recuperou do susto, no entanto, ela prosseguiu com o tapa nas costas dele.
Splash!
Ahin não teve tempo de se desviar da força de uma pantera negra, tendo sido pego desprevenido. Levantei os braços para me proteger dos respingos e fiquei boquiaberta.
Enquanto isso, Ash bufava de alegria, talvez por ter acumulado muito ressentimento contra Ahin durante esse um ano e meio que passou sem mim.
A superfície do lago borbulhou, e então um homem emergiu.
“…Eu não gosto muito de nadar.”
Ahin, falando como um verdadeiro felino, jogou para trás seu cabelo prateado molhado. A peruca parecia ter se perdido das águas escuras.
“Para onde vai?”
“Ei, espera!”
Meu corpo, que estava se preparando para sair do lago, de repente foi erguido no ar. Ahin, me carregando nos braços, olhou nos meus olhos.
“Como você sabia que era eu?”
Os olhos lilás claro estavam voltando a ser vermelhos, aos poucos. Ele devia ter usado a mesma droga do clã dos guaxinins que tinha tomado no passado.
“…Não tinha como eu não saber.”
“Mas você não sabia, pelos menos até a metade da dança.”
Por que ele tem que ser tão esperto? Fiz um bico e toquei na orelha de Ahin.
“Esse brinco… Eu te enviei na minha carta. Você esqueceu de tirar, não foi?”
“…Ah.”
Ahin arregalou os olhos. Parecia que tinha mesmo se esquecido. Se eu pensar que esse desleixo parece adorável, será que sou um caso sério? Ele pareceu perdido em pensamentos, mas logo sorriu.
“Se você só me mandou um deles, deve ter algum significado, não?”
“Isso…”
Não queria revelar para ele a razão de ter dado o brinco enquanto estava no meio de um lago, ensopada. Remexi os dedos, tentando erguer o olhar.
“Minha colega falou que, no território dos porcos, quando um casal pega um par de brincos e cada um usa um deles…”
Um sorriso tímido surgiu na minha cara vermelha.
“Significa que ficarão juntos para sempre.”
Mais uma vez nesse mesmo dia, Ahin lançou um olhar em branco. Mas, após alguns segundos, suas bochechas e orelhas começaram a ficar vermelhas, e logo ele girou o rosto para evitar o contato visual. Foi uma reação refrescante.
Percebendo que ele sabia como ficar envergonhado, estiquei a mão para virar o rosto dele em minha direção. Mas ele se esquivou, me evitando.
‘Ei…’
Logo em seguida, consegui rapidamente segurar a cara dele. Percebendo que ele tinha mordido seu lábio, envolvi as duas bochechas com as mãos. Ao contrário de Ahin, que parecia lindo estando levemente corado, tenho certeza que eu parecia um pimentão. Logo, ele perguntou com uma voz rouca.
“Por que você tem essa expressão enquanto me diz para ficarmos juntos para sempre?”
“…O que tem de errado com minha expressão?”
“Você parece que quer chorar. Suas sobrancelhas estão tremendo.”
Dava para ver no meu rosto que eu estava me sentindo para baixo. Dei de ombros e abaixei a cabeça.
“Na verdade, é que…”
“Você deve ter querido se arrumar e se declarar em um ambiente mais agradável.”
“…Como você sabia?”
“Porque é óbvio que seria a ideia de uma coelha romântica.”
Eu não estava feliz de ele ver através de todas as minhas intenções. O encarei com raiva e apertei o ombro de Ahin por reflexo enquanto ele me levantava um pouco mais alto. Podia sentir seus músculos através das roupas molhadas.
Ahin inclinou a cabeça e me olhou com um sorriso radiante. O encarei de volta sem expressão, hipnotizada. Parecia que o tempo estava passando mais devagar.
O som da música do salão de baile ressoava distante, e os barulhos dos grilos cantando nos arbustos ao redor preenchia o silêncio.
Tuk. Tuk.
Gotas d’ água caíam das minhas roupas molhadas, fazendo pequenos barulhos ao baterem na superfície do lago.
Olhei para a lua, que tinha surgido quando as nuvens se moveram. Nesta situação, estaria bem pedi-lo em casamento? Quando pensei que sim, me senti impaciente, e abri a boca.
“A-Ahin! Eu…!”
“Vivi.”
“Quê?”
“Não precisa ficar nervosa.”
“…”
“Não precisamos nos apressar. Não é como se o conselho de anciões estivesse correndo atrás de nós. Minha mãe não pretende me entregar o posto de líder tão cedo, de qualquer modo.”
Ahin acrescentou, lentamente. Por um momento, fiquei sem fala, não conseguindo responder nada.
Me senti aliviada, mas, por outro lado, estava frustrada. Era como se Ahin estivesse lendo toda a minha hesitação sobre o casamento.
“Vivi, sabe de uma coisa? O seu olhar muitas vezes ficava voltado para o lado de fora da mansão Grace, em vez de olhar para dentro.”
“…Sério?”
“Sim. Quando eu percebi, no começo, pensei que era natural que você fosse curiosa sobre o mundo, já que tinha vivido até então como um coelho bebê.”
Ahin, me encarando, continuou, após um breve silêncio.
“Mas, depois de um tempo, comecei a me sentir inseguro. Sobre se você não iria desaparecer toda vez que se humanizava temporariamente, ou se iria decidir ir embora para sempre depois de se humanizar por completo.”
“…”
“Por isso que eu não gostava quando você se humanizava.”
Escutando isso, fiquei atônita. Enquanto ele pensava isso, eu estava com medo de ser jogada fora todos os dias, porque, uma vez que me humanizasse por completo, não teria mais uma justificativa para permanecer na mansão Grace.
Parecia que nossas preocupações eram, ao mesmo tempo, parecidas e completamente opostas. Enquanto eu ficava sem saber se ria ou chorava, Ahin continuou falando, com sinceridade.
“Na verdade, meu nervosismo não desapareceu, mesmo agora. Afinal, há poucos minutos, você estava me traindo ao dançar com um homem mascarado desconhecido.”
“…Mas Ahin, esse homem era você.”
“É verdade.”
Respondendo com a voz rouca, ele deu um riso baixo.
“Você pode fazer o que quiser. Vá para onde queira ir, e se tiver algo que queira fazer, faça. Academia ou seja o que for.”
No fim, as lágrimas que eu tinha conseguido segurar até agora transbordaram e começaram a cair.
Ahin estava certo de que esse casamento seria algo ruim para mim, e estava dizendo essas coisas pelo meu bem. O que eu faço com essa besta, maligna e adorável? Depois de engolir em seco, consegui abrir a boca.
“…Mas e você, Ahin?”
“…Eu vou te esperar.”
“Você já esperou por um ano e meio.”
“Não há o que fazer.”
Depois de responder suavemente, ele, então, franziu as sobrancelhas.
“Não… Para ser honesto, eu não posso esperar.”
“Então o que quer fazer?”
“Vou fazer o que você queira junto com você. Mas na verdade, o que eu queria mesmo era te carregar na minha boca.”
Paf.
Dei um tapa para calar essa boca profana. Enquanto pensava se deveria dar um segundo, passei o polegar devagar naqueles lábios vermelhos. Imaginei que seria ok perdoá-lo, porque tinha dito muitas coisas bonitas hoje.
Sempre tive medo por não ter ninguém ao meu redor. E agora, havia alguém na minha frente, que me oferecia a sua mão, me dando uma indescritível sensação de felicidade.
“…Você não precisa se preocupar.”
Dei um largo sorriso, lembrando-me das palmas ásperas que sempre me seguraram com estabilidade.
“Porque o único lugar para onde voltarei é para o lado de Ahin.”
Com o coração cheio de emoções, beijei seus lábios, sem hesitar.
“Gente, shh, por favor, fiquem quietos. Por favor.”
Nos arbustos ao redor da lagoa, Lile conseguiu tapar a boca de dois frenéticos filhotes de pantera negra. Ele não podia ousar deixá-los arruinar uma cena como a que se desdobrava no meio do lago, que mais parecia uma pintura.
Enquanto o gorila ficava com o trabalho pesado, Barra, vendo Lile ter sua mão mordida, se aproximou de Ash, sentando-se ao lado dela.
Quando ele inclinou sua cabeça e a encarou, Ash assentiu, voltando o seu olhar para a frente outra vez. Normalmente, ela teria lhe dado uma patada, o achando irritante por se aproximar. Ela parecia ter cedido por causa do clima romântico que rodeava o lago.
<Ash, você sabe o quão grandes são meus sentimentos? São muito maiores que a pata dessa coelha.>
Seja qual fosse a resposta de Ash, ela permitiu que Barra se encostasse em seu ombro. Foi uma noite que estava tão escura quanto uma pantera negra, mas o lago estava coberto de felicidade.
***
Na mansão Grace, eu estava sentada na mesa da Senhora Valence, relutantemente segurando uma mochila com estampa de cenoura.
Já que ela tinha dito sentir saudades de me ver como uma lebre, eu estava voltando à minha forma verdadeira com frequência para agradá-la.
<Bem, isso não é necessariamente mau.>
Como para me mostrar que ir ali tinha um propósito, a Senhora Valence estava me ensinando a processar a papelada de administração do território quando tinha tempo livre.
Olhei para os documentos na minha frente, relativos à abertura de uma grande clínica para tratamentos de saúde.
“Você leu o jornal de hoje, bebê?”
Ouvi a Senhora Valence perguntar. Quando neguei com a cabeça, Meimi, que estava ao meu lado, sacou o jornal, tão rápido como faria com uma adaga. Sentindo um pressentimento sombrio, abri o jornal com as patas.
[A febre do coelho.]
O que há com essa manchete bizarra? Surpreendida, passei a página. Um artigo continha ilustrações de Rune caminhando na rua com uma coelha nas mãos, e da Professora Janna e de Russell, visitando um coelhário e parecendo alegres.
Olhando vários nobres que pareciam ter desenvolvido um apreço por coelhos, de uma forma ou de outra, rasguei o jornal depois de acabar de ler o artigo, que dizia que coelhos eram a nova moda que estava assolando o continente.
“Bebê, a primeira página deveria ter uma imagem sua.”
Eu não era uma coelha de estimação, mas sim, originalmente, um lanche de emergência. Com raiva, sinalizei para a Senhora Valence, gesticulando com as patas dianteiras.
“Quando seus bracinhos de algodão se agitam, você fica ainda mais fofa. Parando para pensar, onde está Ahin? A essa altura, ele já teria aparecido para interromper.”
“Ele saiu de casa.”
Evelyn, que estava catando os fragmentos do jornal do chão, respondeu.
“Como assim?”
“Estamos no processo de selecionar um secretário particular para atender a Senhorita Coelha. Mas ela indicou Alan Fredian, da família Fredian, e por isso o Lorde ficou muito chateado e fugiu de casa.”
“É mesmo? Bebê, porque você recomendou esse garoto Fredian?”
Evitando o olhar inquisidor da Senhora Valence, massageei as têmporas. Escutei rumores que Alan estava querendo ser o secretário pessoal do próximo líder do clã, então o recomendei porque queria me vingar dele, o atormentando, tanto quanto ele fez comigo.
Como minhas intenções não eram puras, as escondi, não dizendo nenhuma razão para a indicação, mas Ahin, entendendo tudo errado, chegou ao ponto de fugir.
<Será que devo ir buscá-lo…?>
Enquanto eu suspirava, olhei para Evelyn, que estava me rondando.
<O que diabos você está fazendo aqui?>
Imediatamente interpretando meu gesto, Evelyn colocou a mão no peito.
“Também sou um candidato a secretário pessoal da Senhorita Coelha.”
<E quanto a servir o Ahin?>
“Este Evelyn é uma pessoa talentosa que não tem nada faltando, desde sua aparência excepcional até sua competência no trabalho. Senhorita Coelha, por favor, me roube do Lorde Ahin.”
Fingi não ter ouvido a apresentação de Evelyn, a qual não me fez ter vontade nenhuma de contratá-lo, acenando para Meimi.
<Meimi, vamos procurar Ahin.>
“Senhorita Coelha, precisa me contratar. Na verdade eu já enviei uma carta de demissão para o Lorde Ahin noite passada.”
<Esse pantera astuto.>
Evelyn implorou, grudando-se em minha cauda, mas eu o chutei e ele foi levado para fora do escritório da Senhora Valence. Como sempre, o meu relacionamento com ele era uma bagunça.
***
A carruagem diminuiu de velocidade até parar na entrada da floresta fronteiriça.
Vestida com calças leves, saltei do veículo, usando uma capa. Naturalmente, Ash e Barra me seguiram.
“Está frio…”
O vento que soprava estava gelado, e, por isso, abri a capa para envolver Ash e Barra, e olhei para trás.
“Meimi, vai esperar aí dentro?”
“Sim. Não acho que seja bom para Shu e Bion se encontrar com as panteras negras da floresta.”
Meimi, segurando os filhotes dentro da carruagem, acenou para mim.
“Então vou encontrar o Ahin rapidamente e já volto.”
Me despedi de Lile e Meimi e entrei direto na floresta fronteiriça. Ash e Barra caminhavam ao meu lado, e só se ouvia o som de nossos passos.
Cheguei ao centro da floresta e parei. Logo, várias panteras negras que guardavam o local e estavam nos seguindo em segredo apareceram, uma por uma.
“Ei, vocês…”
Da última vez que tínhamos nos visto, eu tinha colocado todos para dormir. Pisei com força no chão, enquanto via que eles formavam um círculo ao meu redor.
Mas, inesperadamente, as panteras negras estavam apenas me olhando com curiosidade, sem nenhum sinal de que iriam atacar.
Será que Ahin tinha chegado antes e dado alguma ordem a eles? Imaginando isso, olhei para o céu. Quinn estava dando círculos por ali, como para me indicar a direção.
Pensei que encontrar um único pantera fujão não deveria ser difícil, e então comecei a andar na mesma direção na qual Quinn voava. Ash, Barra e os outros panteras negras me seguiram, tornando o grupo uma verdadeira manada.
Enquanto caminhava pelo chão de terra, de repente percebi que ali era o ponto onde tudo havia começado.
“Mais um pouquinho e entraremos no território das panteras negras.”
“Fomos ordenados a deixá-la morrer na mão das panteras negras.”
Um vento gelado moveu os arbustos e as árvores.
“Um coelho filhote?”
“Você está chorando? Chore mais.”
Uma besta aterrorizante. Mesmo que eu tentasse romantizar o passado, minha primeira impressão de Ahin ainda tinha sido terrível.
Lembrar do dia em que o conheci me fez rir, mas então parei de andar. A uma distância, podia ver um pantera negra sentado sozinho no meio dos arbustos.
“…?”
Franzindo a testa, me aproximei com cautela. Quando a distância diminuiu, pude identificar imediatamente o pantera negra solitário.
Era o mesmo pantera que tinha fugido da mansão Grace naquela manhã. Cheguei ao lado dele e arregalei os olhos, perguntando.
“Ahin, o que está fazendo aqui? Por que voltou à sua forma original?”
O que estava acontecendo? Ele não apenas tinha voltado a sua forma animal, mas estava com a pata dianteira enfiada dentro de uma cesta de vime.
Olhei sem expressão para ela, até me lembrar que dia era hoje. O tempo estava gelado cedo de manhã e depois que caia a noite, e o céu era claro. Era o mesmo dia que Ahin tinha me recolhido de dentro de uma cesta.
Acho que somente um louco iria criar um evento surpresa assim. Ainda assim, me sentindo emocionada, me agachei.
“Um coelho filhote?”
“Uma pantera negra?”
Fiz uma voz rouca de propósito, para imitar Ahin naquele dia. Ele assentiu e ergueu a pata, como se pedisse que eu o carregasse.
Eu não tinha pedido para ser levada daquela maneira, no entanto. Ri quando vi que a cesta tinha sido quebrada pela pata enorme dele.
“Chore mais.”
“Se você chorar, eu te recolherei.”
Ahin esfregou as patas dianteiras nos olhos, para forçar lágrimas. O esforço dele foi recompensado por uma única gota.
“Te falta coragem. Eu vou te comer depois de amanhã, então faça o que puder.”
“Te falta coragem. Deveria te comer?”
Por que diabos ele estava assentindo com tanto entusiasmo? A ideia da cesta tinha sido boa, mas as atitudes posteriores estavam reprovadas.
Quando fui puxar um bigode dele como punição, Ahin esfregou a bochecha contra minha mão, fingindo não perceber nada.
“Vou ter que te levar comigo como meu lanche emergencial.”
Depois de sacudir a capa, cuja barra estava suja pela grama, peguei a cesta e me levantei. Apesar de não saber o que tinha de bom em ser levado com a premissa de virar um lanche, Ahin alegremente enrolou sua cauda em torno do meu pulso.
Quando começamos a andar, Ash e Barra e as outras panteras negras saíram do caminho. Parei por um momento, olhando para a direção do território das lebres. Então, devagar, olhei para a direção onde ficava a mansão Grace.
“Sou Evelyn Rudd, o secretário pessoal e braço direito do Lorde Ahin.”
“Então, Meimi, isso é a comida de Ahin?”
“Bebê. Me dê a pata.”
A Senhora Valence, Evelyn e Meimi.
“Ela é uma mulher-besta, não é?”
“Ela é muito inteligente para um coelho. Consegue entender o que estou dizendo.”
“Como eu pensei, não era uma coelha normal, e sim uma mulher-besta.”
“Coelha maldita.”
Rune, o vovô e Quinn.
E Ash e Barra, que me protegiam silenciosamente. O lugar onde eu encontrei todos eles era a casa Grace, cujo estandarte voava ao vento.
“Ahin.”
Sorri alegremente para Ahin enquanto visualizava a bela mansão, que não podia ser vista daquele ponto da floresta fronteiriça.
“Vamos para casa.”
O lugar onde iremos viver, juntos.
A Relação Simbiótica entre uma Lebre e uma Pantera Negra.
Fim.
<Continua nos capítulos extras>
Tradução: Nopa.
Revisão: Holic.
Xicalina
Eu estou tão emocionada!
Essa estória maravilhosa deixará saudades!
Obrigada, pela tradução PERFEITA scan!
<3 <3 <3
Gabriela
Como assim? Já acabo tudo tudo? Não faz isso comigooooo
Bruna
Vocês vão postar as histórias extras tbm??
Undy
Já acabou tão rápido? Essa é a melhor história que eu já li em muitos anos.
Vivi e Ahin vai deixar saudades no meu coração.
Muito obrigada Scan por traduzir ❤️
Lyha
Divertida e emocionante, uma novel realmente incrível. Obrigada pela tradução!
Geovane
Vou sentir saudades dessa história 😔
Pamela
Que perfeição!
Lucien
Ahhhhhhhgggg achei lindo o q ahin falou pra vivi, MAS eu quero o casamento logo! E os babys tbm!